O livro “Contos Filosóficos do Mundo Inteiro”, de Jean-Claude Carrière, acaba de ser lançado pela Ediouro, e traz algumas histórias tão boas que não consigo deixar de reproduzir pelo menos uma.
Uma história judaica de grande sabedoria conta que um homem pobre encontrou uma bolsa contendo quinhentos rublos, o que era, então, uma soma considerável. Ao saber que o homem mais rico da vila havia perdido sua bolsa, e que tinha oferecido cinquenta rublos a quem a devolvesse, ele devolveu a bolsa.
O homem rico verificou o conteúdo da bolsa e assumiu um ar severo para dizer ao homem pobre:
--Vejo que você já pegou sua recompensa, porque minha bolsa continha quinhentos e cinquenta rublos, e não encontro aqui senão quinhentos. Então, não lhe devo nada.
Muito encolerizado, o homem pobre arrastou o rico até diante do rabino, a quem foi contar o incidente.
--Estou certo –disse o rabino ao homem rico—de que você diz a verdade. Um homem como você seria incapaz de mentir.
O homem rico começou a se alegrar, e o homem pobre, a se indignar, quando o rabino se virou para o pobre, estendendo-lhe a bolsa, dizendo:
--Você, por sua vez, não é desonesto. Porque, se fosse desonesto, teria guardado toda a bolsa para si mesmo.
Depois, virando-se para o homem rico, ele concluiu:
--Assim, não foi a sua bolsa que ele encontrou. Que ele a guarde, esperando que o verdadeiro proprietário a reclame.
Uma história judaica de grande sabedoria conta que um homem pobre encontrou uma bolsa contendo quinhentos rublos, o que era, então, uma soma considerável. Ao saber que o homem mais rico da vila havia perdido sua bolsa, e que tinha oferecido cinquenta rublos a quem a devolvesse, ele devolveu a bolsa.
O homem rico verificou o conteúdo da bolsa e assumiu um ar severo para dizer ao homem pobre:
--Vejo que você já pegou sua recompensa, porque minha bolsa continha quinhentos e cinquenta rublos, e não encontro aqui senão quinhentos. Então, não lhe devo nada.
Muito encolerizado, o homem pobre arrastou o rico até diante do rabino, a quem foi contar o incidente.
--Estou certo –disse o rabino ao homem rico—de que você diz a verdade. Um homem como você seria incapaz de mentir.
O homem rico começou a se alegrar, e o homem pobre, a se indignar, quando o rabino se virou para o pobre, estendendo-lhe a bolsa, dizendo:
--Você, por sua vez, não é desonesto. Porque, se fosse desonesto, teria guardado toda a bolsa para si mesmo.
Depois, virando-se para o homem rico, ele concluiu:
--Assim, não foi a sua bolsa que ele encontrou. Que ele a guarde, esperando que o verdadeiro proprietário a reclame.
- Do blog Marcelo Coelho, Folha Online. Acessado 12/06/2009
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