Patrícia Bispo*
Quando se busca um profissional para compor uma equipe, uma das competências comportamentais que mais as lideranças valorizam é a capacidade do colaborador em se adaptar aos inevitáveis processos de inovação que se estabelecem, diariamente, no ambiente corporativa. E é notório que nem todas as pessoas estão prontas para enfrentar essa realidade com naturalidade. Afinal, lidar com o "novo" faz com que a maioria precise vencer barreiras e sair da conhecida zona de conforto. Por outro lado, o que alguns gestores esquecem é de que assim como os seus liderados, eles também precisam quebrar paradigmas. Confira abaixo 10 razões para as lideranças "quebrarem" conceitos que se encontram enraizados em sua bagagem comportamental.
1 - Um líder que deseja contar com uma equipe apta a vencer desafios, deve estar apto a superar obstáculos e a encarar as mudanças um processo natural. Ou seja, ele precisa ser o primeiro a se dispor a quebrar paradigmas e servir de exemplo para os demais profissionais da sua equipe. Quem dá o exemplo, consegue ótimos argumentos para convencer os demais a seguirem caminhos semelhantes.
2 - Por mais experiente e reconhecido que seja o profissional ele nunca será o detentor da verdade e deve ter consciência disso. Quando uma liderança necessitar de ajuda, não existe vergonha alguma em trocar ideias com algum membro de sua equipe. Pelo contrário, recorrer a uma fonte segura é sinal de maturidade e de profissionalismo.
3 - Da mesma forma que o líder pode aprender com o liderado, ele não deve se negar à oportunidade repassar ou trocar conhecimento com outros profissionais. Há quem acredite que a troca de experiência é sinônimo de perigo à sua colocação, mas esquece que em algum momento será preciso delegar atividades a terceiros e isso, consequentemente, pode garantir-lhe um bom desempenho.
4 - Quem está pronto a quebrar paradigmas também estimula seu potencial criativo. De uma forma grotesca, podemos afirmar que as pessoas que se negam à inovação, por exemplo, se fecha dentro de uma ostra e não vivencia situações que podem agregar diferenciais tanto à vida profissional quanto pessoal.
5 - Aceitar o diverso não é algo fácil, mas também não significa que isso levará o profissional a anular seu ponto de vista diante de terceiros. Lideranças mais experientes devem considerar os novos talentos como uma rica chance de assimilar e compreender outras gerações que chegam ao mercado. Esse aprendizado certamente será útil no dia a dia da empresa como também no convívio junto à família e aos amigos.
6 - Um dos paradigmas mais difíceis de serem vencidos pelos gestores, é o fato de que a presença indispensável no dia a dia da equipe. O líder é um ser humano e como qualquer outra pessoa, ele pode precisar afastar-se da empresas por motivos de ordem pessoal ou simplesmente porque necessita aproveitar seu merecido período de férias e recarregar as "baterias". O receio de se ausentar temporariamente do ambiente de trabalho, para muitos, torna-se um momento de angústia e de estresse que pode até mesmo comprometer a saúde.
7 - Já que pontuamos a questão saúde, o ser humano não é uma máquina constituída por peças que se encontram em uma prateleira. Fazer um check-up é sinal de bom senso e evitar problemas futuros que podem ser evitados através de mudanças de comportamento como, por exemplo, respeitar os horários de alimentação ou garantir uma boa noite de sono.
8 - Se sou líder, tenho que ser o primeiro a chegar e o último a sair da empresa. Esse velho e lamentável pensamento pode ter uma conotação bem diferenciada para os líderes que encontram "tempo" para realizem cursos e estarem em constante processo de aprendizado. Além de agregarem novas competências para o currículo, o gestor que se dispõe ao aprendizado tem a oportunidade de levar experiências/soluções eficazes e diferenciadas para a empresa em que atua.
9 - Qualquer profissional que se mostra pronto a vencer paradigmas está mais predisposto a vencer medos, inclusive no campo profissional. Inúmeras são as pessoas acreditam que falar em público é apenas um privilégio para poucos, mas não imaginam que grandes oradores já enfrentaram a timidez e trabalharam exaustivamente a dicção para vencer o desafio de ficarem frente a frente com uma grande plateia.
10 - Acreditar que uma decisão sua nunca deve ser reavaliada é um obstáculo que já fez e fará vários gestores perderem espaço nas empresas e a credibilidade diante da própria equipe. Durante um momento de pressão, por exemplo, é necessário adotar uma ação rápida para evitar que um fato tome proporções que levem o setor ou a empresa a enfrentar consequências desagradáveis e desnecessárias. No entanto, quando a "poeira abaixa", a liderança tem a oportunidade de repensar o fato e, com tranquilidade, encontrar uma alternativa mais eficaz para solucionar aquele problema.
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* Formada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, pela Universidade Católica de Pernambuco/Unicap. Atuou durante dez anos em Assessoria Política, especificamente na Câmara Municipal do Recife e na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco. Atualmente, trabalha na Atodigital.com, sendo jornalista responsável pelos sites: www.rh.com.br, www.portodegalinhas.com.br e www.guiatamandare.com.br. + textos de Patrícia Bispo
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