sábado, 22 de outubro de 2011

A TV DO FUTURO INCORPORARÁ O COMPUTADOR SEM SUBSTITUÍ-LO

Francisco Sogari (*)

Como segurar a audiência do novo telespectador,
 zapeador de informação, cada vez
disputado pelas novas mídias?
A TV brasileira tem pouco mais de cinquenta anos. Nestas cinco décadas, os dois principais marcos foram o início da transmissão em cores (em 2012 completa 40 anos) e a transição do analógico para o digital (processo que iniciou em dezembro de 2007). Mas o principal impacto foi causado pela chegada do computador, sobretudo pela internet.
A rede mundial de computadores mudou a forma de pensar, produzir e consumir televisão. Ela não veio substituir a telinha mágica, mas provocar uma reinvenção da mesma. Hoje o mito da sala de jantar protagonizado pela TV perdeu sua força e passou a disputar audiência com outras plataformas coadjuvantes: desktop, dispositivos móveis, sobretudo os laptops, smartfones e tablets. O uso destas novas ferramentas e aplicativos mudaram a dinâmica de assistir televisão, que agora acontece de forma fragmentada e dispersa. Assistir TV foi, durante muito tempo, um ritual familiar e compartilhado. Hoje, no entanto, é um ato dissociado pelos quatro cantos da casa e disputado por novos concorrentes cada vez mais atrativos.
Mas como pensar esta nova relação TV, computador e internet? O grande motor que desencadeou estas mudanças foi a entrada do formato digital. A linearidade do sistema analógico é rompida por uma série de transformações, que vão desde o sistema HDTV, a transmissão tridimensional até a consolidação do novo conceito da Smart TV. Não é apenas uma tv conectada. É a consolidação de uma tendência cada vez mais certa: uma nova TV com o computador e a internet dentro. Ela será um novo centro de acesso, armazenamento e controle de conteúdo, facilitado pelo computador.
Esta nova dinâmica televisiva permite acessar todos os dispositivos da casa, on line ou não. O computador continuará com sua mobilidade, suas aplicações para pesquisa e outros usos específicos. Mas a televisão propiciará uma interação mais híbrida, com acesso à informação e ao entreterimento de forma mais ampla, interativa e convergente. É uma nova televisão, plural e democrática, no conteúdo e na forma. Mais que isso, ela poderá resgatar o ambiente lúdico da sala de jantar, reunir a família num mesmo foco mais convergente.
Cabe aos estudiosos da comunicação e aos produtores de informação avaliar estas mudanças não como uma ameaça,mas uma oportunidade na busca novos formatos, linguagens e aplicações para novas demandas tecnológicas. O desafio é captar as tendências do comportamento humano e oferecer produtos que atendam estas expectativas. Aliás, este é o ponto de partida para qualquer modelo de negócio.
Assim a TV do futuro será mais minimalista, imersiva e inteligente, com o computador dentro.
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* Professor da Universidade Braz Cubas, Coordenador da Faculdade Mundial
Fonte: Recebido por e-mail.
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