Joaquim Clotet*
A educação, a ciência, as artes, as tecnologias da informação e da comunicação esforçam-se em melhorar continuamente, transformando em possível o que era tido por impossível. Corroboram essa marcha ascendente, nas tecnologias da informação, as iniciativas de Antonio Meucci e Graham Bell, superadas pelos trabalhos de Bill Hewlett, David Packard e Steve Jobs. Nas neurociências, os trabalhos de William P. van Wagenen, aperfeiçoados pelo prêmio Nobel Roger Sperry.
A inovação é, portanto, em nossa sociedade, o selo que garante a qualidade dos mais diversos empreendimentos e das realizações focadas no progresso e no bem-estar. Tal atitude difere do posicionamento egocentrista e atual expresso no mundo anglófono pelo vocábulo Yolo, You only live once – só se vive uma vez.
Um notável projeto de inovação em nossos dias é a MedCity, ou cluster das ciências da vida, formado por universidades, pesquisadores e instituições públicas e privadas de Londres, Oxford e Cambridge. Trata-se de um triângulo promissor, radicado na capital britânica, que integra pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização focados nas ciências da saúde. O projeto criará empregos, atrairá investimentos e incentivará a transferência de conhecimento visando a uma população sadia.
A inovação precisa também estar presente no sempre revisitado e insubstituível tema da educação, desde a básica até a superior, estendendo-se, ao longo da vida, na educação permanente. Educação que não se limita apenas à ciência, à tecnologia, à economia, ao empreendedorismo, mas que está alicerçada nas humanidades, na transcendência e no exercício diário da cidadania. Essa é a célula-mãe ou pluripotente que deve gerar e nutrir todo plano de governo.
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*Reitor da PUCRS
Fonte: ZH online, 23/06/2014
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