domingo, 2 de agosto de 2015

“A geração Y está criando sua primeira cicatriz”

SIDNEI OLIVEIRA - Autor da série de livros “Geração Y” e de “Conectados - Mas Muito Distraídos”, ambos da editora Integrare

Como a geração Y encara sua primeira crise econômica?

Uma primeira reação é de susto, até pavor. Mais ou menos como a torcida do Brasil quando via os 7 a 1 para a Alemanha. Esses jovens foram preparados para encontrar reconhecimento, curtidas, popularidade, e agora deparam com um mercado de trabalho mais duro, que cobra mais do que acolhe. A boa notícia é que os jovens têm percebido que precisam se levantar e continuar caminhando, e muitos estão fazendo isso muito bem. Estão criando sua primeira cicatriz.

O jovem passou a aceitar que o emprego dos sonhos não está em toda esquina?

Ele ainda quer uma atividade legal, da qual se orgulhe de falar, que tenha um horário flexível e oportunidades de desenvolver seu potencial. Mas percebe que vai ter de abrir mão de parte disso. Nem todo mundo vai ser descolado e flexível. A balança está pesando para o lado da empresa: ela agora define as regras. Ou o candidato aceita, ou pensa em criar o próprio negócio – ou que se tornou igualmente desafiador.

A rejeição à ideia em fazer carreira em uma mesma empresa mudou?

Antes, o jovem não se fixava no emprego, porque achava que não combinava com o estilo de vida que buscava – e era blindado por uma estrutura familiar de estabilidade. Agora, está tendo de pensar mais. Os pais estão sendo desempregados, e os filhos percebem que precisam dar duro para ter uma vida melhor.

A flexibilidade que caracteriza a geração Y a credencia a encontrar saídas mais rápidas para a crise no emprego?

Sim, algumas características comuns aos jovens os favorecem nesse momento: a capacidade criativa e a visão ingênua diante dos problemas permite a eles busca constante por inovação e motivação. Além disso, a intimidade com as mídias sociais os insere mais facilmente no mercado de trabalho.
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Fonte: ZH online, 02/08/2015
imagem da Internet

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