terça-feira, 3 de setembro de 2024

O traje do padre.

Artigo de Domenico Marrone*

https://www.ihu.unisinos.br/images/ihu/2024/09/02_09_trajes_de_padre_canva_pro.png

03 Setembro 2024

"À luz do exposto, devemos considerar as vestes litúrgicas como sinais de serviço, em vez de símbolos de poder ou vaidade. Infelizmente, como ocorre com muitas outras expressões humanas e sinais litúrgicos, as vestes também podem se transformar em sinais de poder em vez de serviço. Até hoje existe o risco de que as vestes litúrgicas sejam influenciadas pela vaidade",

Segundo ele, "devemos considerar as vestes litúrgicas como sinais de serviço, em vez de símbolos de poder ou vaidade. Infelizmente, como ocorre com muitas outras expressões humanas e sinais litúrgicos, as vestes também podem se transformar em sinais de poder em vez de serviço. Até hoje existe o risco de que as vestes litúrgicas sejam influenciadas pela vaidade".

Eis o artigo.

As vestes litúrgicas fazem parte de um conjunto complexo e multifacetado de sinais litúrgicos que envolvem diferentes aspectos da pesquisa antropológica e requerem uma análise aprofundada sobre os aspectos psicológicos e comportamentais do vestir-se, a simbologia das roupas, a necessidade de se vestir, a importância atribuída ao traje usado e todas as implicações associadas ao vestuário, à moda e à sensibilidade da época histórica.

Em cada cultura, o vestuário sempre representou um sinal que reflete uma realidade interior ou o papel que algumas pessoas desempenham em relação aos outros. Isso é evidente pela conexão linguística entre o termo latino vestis e investitura, um termo usado em muitas línguas europeias para indicar a nomeação a uma posição oficial. Nenhum ser humano, inserido em relações sociais, é completamente alheio a esse dado sociológico.

As roupas comunicam e sempre o fizeram. Talvez hoje comuniquem menos, pois a superabundância de imagens tende a diminuir seu significado. Isso acontece especialmente porque, no fluxo constante e onipresente de imagens, as roupas frequentemente carecem de significado, reduzidas simplesmente a instrumentos para captar a atenção de um público agora insensível, dominado pelos meios de comunicação e pelas redes sociais.

Qualquer roupa que se escolha ou se use por necessidade revela algo sobre nós: a maneira como desejamos nos apresentar aos outros. Esse gesto exige uma atenção especial quando uma pessoa, na qualidade de pastor, se coloca diante da comunidade. Daí a importância de conhecer os códigos expressivos implícitos nas roupas. No que diz respeito às vestes litúrgicas, é fundamental conhecer sua origem histórica e o sistema de significados que elas evocam.

O vestuário e a liturgia

De modo geral, podemos afirmar que as vestes litúrgicas têm uma origem profana e cotidiana. No entanto, uma vez inseridas na liturgia e influenciadas por vários fatores histórico-culturais (como o Edito de Constantino) e teológicos (como a lógica da encarnação), elas passaram a seguir as dinâmicas típicas da linguagem: com a mudança do contexto, o significante (neste caso, as vestes litúrgicas) assume um novo significado, transmitindo assim uma mensagem diferente da original.

Estrabão (808-849), abade, teólogo e poeta alemão, escreve: “Primis temporibus communi indumento vestiti missas agebant, sicut et hactenus quidam orientalium facere perhibentur” (Nos primeiros tempos celebravam a missa vestidos com roupas comuns, como ainda se diz que alguns orientais fazem hoje) [1].

Sem testemunhas explícitas dos primeiros séculos da Igreja, as únicas provas à nossa disposição são as pinturas das catacumbas, onde os ministros que celebram a santa liturgia são retratados com roupas semelhantes às usadas na vida cotidiana. Essa semelhança entre vestuário civil e litúrgico na Igreja perdurou por vários séculos, mesmo após o Edito de Constantino (313).

Desde o início, o cristianismo herdou alguns dos sistemas de representação e comunicação pré-existentes, especialmente no que diz respeito aos sinais de autoridade e poder, que podem ser expressos através de complexos mecanismos de interação entre forma, imagem e função.

Como muitos autores observam, o sujeito da liturgia é sempre o homem, e uma constante cultural é que o homem narra a si mesmo, a si mesmo e aos outros, adaptando seu relato às condições em que se encontra. Além disso, o homem é homo symbolicus, loquens, artifex, ritualis, mythicus, religiosus, pois está convencido de sua capacidade de transcender a si mesmo [2].

Nos primeiros séculos da história da Igreja, o “guarda-roupa” do clero cristão era inteiramente semelhante ao da gente comum. Isso também acontecia porque a comunidade eclesial se reunia “kat’oikon”, “na casa” das várias famílias cristãs, como frequentemente recorda São Paulo (cf. Rom 16,5). A mesa onde se consumia o almoço tornava-se assim a mesa eucarística. Parece que até o século V, os ministros usavam roupas comuns, embora festivas, evitando assim roupas cotidianas e uniformes militares. Além disso, parece que eram usados cálices de vidro simples.

A separação das vestes

A partir daí, começaram a usar roupas modeladas com base nas vestes e insígnias imperiais. Assim começou o longo e variado percurso da “moda sagrada”, que refletia o gosto das diferentes épocas e atribuía a cada paramento, até o menor, um valor simbólico. Isso também seguia um trecho de Paulo (cf. Ef 6,11-17) no qual o Apóstolo transformava paradoxalmente todo o aparato militar (armadura, cinto, couraça, calçados, escudo, flechas, capacete, espada) em metáforas espirituais (verdade, justiça, paz, fé, salvação, Espírito divino, Palavra de Deus). Dessa forma, buscava-se proclamar a transcendência divina, o distanciamento sacral do culto do cotidiano e o esplendor do mistério.

No século IV, São João Crisóstomo exortava os sacerdotes, como servos de Cristo e celebrantes dos mistérios divinos, a usar roupas pelo menos superiores às normais.

O uso de vestes especiais, inspiradas em parte nos ritos do Antigo Testamento ou nas tradições do mundo clássico, começou por volta do século III e se espalhou rapidamente primeiro no Oriente. Lá, a proximidade da Corte imperial e a inclinação natural para o decorativo e simbólico levaram rapidamente a expressões luxuosas. Posteriormente, essa prática se estendeu mais lentamente a Roma, onde a antiga austeridade latina parecia persistir mesmo na nova fé. Nesse contexto, o papa Celestino I (+432) exortava os bispos a se destacarem mais pela doutrina do que pelas vestes, afirmando que os bispos devem se distinguir do povo através de sua doutrina e não pelo vestuário.

Na liturgia, a importância da veste sempre foi relativa. De fato, como já mencionado, nos primeiros quatro séculos da Igreja, os ministros do culto cristão não parecem usar roupas especiais durante as celebrações, pois estavam cientes de que o essencial não residia na exterioridade, mas no revestir-se interiormente de Cristo.

Na época, havia consciência do sacerdócio comum e novo que, graças ao batismo, une todos ao Corpo de Cristo, o único e verdadeiro “sumo sacerdote” da Nova Aliança (cf. Hb 4,14). Consequentemente, não era necessário destacar as diferenças de papel; a distinção já era evidente através do lugar e do papel que os ministros sagrados ocupavam na assembleia.

Provavelmente, por trás dessas decisões havia uma atitude crítica em relação ao sacerdócio da Antiga Aliança, que em Israel havia criado uma casta sacerdotal que utilizava os sinais litúrgicos como instrumentos de poder. Não podemos esquecer as críticas de Jesus aos fariseus que “alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas… para serem admirados pelos homens” (Mt 23,5).

O vestuário eclesiástico começará a diferenciar-se do civil, especialmente a partir do século VIII, embora já no século IV se afirmassem as vestes litúrgicas para as celebrações dos ritos cristãos. No século XII começam a aparecer os primeiros regulamentos sobre as cores litúrgicas, enquanto nos períodos seguintes as vestes ganharão mais esplendor com o uso de damascos. Posteriormente, entre os séculos XIV e XVI, difundiram-se veludos, rendas, bordados preciosos e largos galões nas vestes.

Nossas vestes litúrgicas têm origem nas antigas roupas civis greco-romanas. Os mesmos modelos de vestuário usados no dia a dia eram empregados também para a celebração dos Santos Mistérios.

A reforma carolíngia ampliou o uso do vestuário litúrgico romano, atribuindo-lhe um significado místico e espiritual. Posteriormente, as vestes litúrgicas evoluirão ainda mais até chegar à forma que conhecemos hoje.

As primeiras testemunhas do uso de vestes sagradas remontam ao início do século III. Clemente de Alexandria recomenda o uso de uma roupa especial durante a oração. No fim do século IV, São Jerônimo se baseia no Antigo Testamento para aconselhar o uso de roupas específicas durante a celebração dos ritos sagrados.

No mesmo século, espalha-se em algumas regiões o hábito de utilizar roupas suntuosas, para que através desses símbolos seja evidente que a liturgia celebrada na terra é uma representação da celestial.

De Trento ao Vaticano II

Mudanças, reformas e simplificações no vestuário litúrgico e eclesiástico foram introduzidas após o Concílio de Trento (1545-1563) e o Concílio Vaticano II (1962-1965).

São Carlos Borromeu, ao promover a reforma espiritual da Igreja, também se ocupou da reforma litúrgica. Nesse contexto, ele incentivou uma maior atenção e cuidado na preparação, conservação e uso dos paramentos litúrgicos, ordenando a eliminação dos que não eram mais adequados. Alguns foram reutilizados, enquanto outros foram destruídos. Como resultado, encontramos tecidos de épocas anteriores adaptados em paramentos de épocas seguintes. Em algumas ocasiões, os tecidos foram reutilizados para criar roupas de novo estilo, enquanto os de épocas anteriores, considerados muito sóbrios ou suntuosos para o gosto da época, foram transformados para novos usos.

O movimento litúrgico do século XX buscou principalmente devolver às vestes litúrgicas uma forma mais próxima de suas origens, mas ao mesmo tempo se sentiu a necessidade de uma simplificação, conforme desejado pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

A Constituição sobre a Sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, de 04-12-1963, exige que as normas canônicas favoreçam a dignidade, a segurança e a funcionalidade dos vários utensílios. Essa reforma foi posteriormente implementada por Paulo VI com a instrução Pontificalis Ritus de 21-03-1967 e com o Institutio Generalis Missalis Romani: “Na Igreja, Corpo Místico de Cristo, nem todos os membros desempenham a mesma função. Esta diversidade de ministérios na realização do culto sagrado se manifesta externamente com a diversidade das vestes sagradas, que portanto devem ser sinal do ofício próprio de cada ministro. Convém, porém, que tais vestes também contribuam para o decoro da ação sagrada”.

“O paramento litúrgico usado pelo sacerdote na celebração dos Sacramentos indica a missão particular que o sacerdote desempenha na celebração sacramental. Ele, em cada Sacramento, age não simplesmente como homem, mas como representante de Cristo e como presidente da ação litúrgica, graças ao poder sagrado especial do qual é investido pelo Sacramento da Ordem. Portanto, o paramento litúrgico que o celebrante usa indica o serviço ministerial peculiar do sacerdote, que, pela graça sacramental, não celebra em nome próprio ou como delegado da própria comunidade, mas na específica e sacramental identificação com o ‘Sumo e Eterno Sacerdote’ que é Cristo, in persona Christi capitis (na pessoa de Cristo Cabeça) e em nome da Igreja”.

As diretrizes que orientaram a reforma litúrgica, incluindo aquelas relacionadas aos paramentos sagrados, nem sempre foram respeitadas na produção em massa dessas vestes após o Concílio. Como resultado, algumas ainda carecem da ‘nobre simplicidade’ mencionada nas Praenotanda do Missal Romano.

O corpo e a vestimenta

Embora saibamos que a vestimenta, como todos os sinais externos, tem uma importância secundária no culto cristão, é fundamental reconhecer que ela faz parte de um conjunto de sinais convencionais relevantes que têm raízes antigas na sociedade humana. Apesar do ditado popular “a roupa não faz o monge”, é verdade que a forma como uma pessoa se veste pode refletir seu pensamento e estilo de vida. Isso explica por que membros de grupos políticos ou sociais tendem a se vestir de maneira semelhante. De fato, a vestimenta sempre comunica uma mensagem e revela algo sobre a interioridade, o papel e a missão de uma pessoa.

Quando observamos um corpo humano, não vemos apenas o corpo em si, mas também a pessoa que ele representa. A vestimenta é uma extensão do corpo, pois amplia sua expressividade e capacidade de interagir com os outros.

Se Jesus minimiza a importância das formas exteriores e nos encoraja a focar na interioridade, nós, que vivemos em um mundo de sinais e percebemos as realidades como através de um espelho (1Cor 13,12) — embora não de maneira absoluta — ainda precisamos desses sinais para expressar um culto plenamente humano e encarnado, capaz de comunicar da melhor forma o significado do rito.

À luz do exposto, devemos considerar as vestes litúrgicas como sinais de serviço, em vez de símbolos de poder ou vaidade. Infelizmente, como ocorre com muitas outras expressões humanas e sinais litúrgicos, as vestes também podem se transformar em sinais de poder em vez de serviço. Até hoje existe o risco de que as vestes litúrgicas sejam influenciadas pela vaidade.

As vestes, sendo essencialmente sinais, evocam realidades sobrenaturais. No entanto, as vestes litúrgicas, como todos os outros sinais, podem às vezes obscurecer ou esconder seu verdadeiro significado durante as celebrações, em vez de revelá-lo como deveriam. Se usadas por ministros em contextos inadequados, sua preciosidade e a riqueza dos bordados, que evocam culturas passadas, podem não servir para glorificar a Deus, mas para manifestar simples vaidade humana. Pelo contrário, tanto a negligência quanto a vaidade são prejudiciais a qualquer sinal; portanto, a solução não é eliminar os sinais, mas usá-los de forma equilibrada.

Na liturgia não há lugar para ostentação vaidosa; simplicidade e clareza do símbolo não estão em contraste com a beleza e o decoro. Pelo contrário, esses dois aspectos se unem harmoniosamente, pois na liturgia “o que é verdadeiramente belo e digno é o que é profundamente verdadeiro”. As vestes litúrgicas não têm o objetivo de proteger o corpo do frio, nem de satisfazer a vaidade humana, mas devem representar uma realidade interior, uma missão e um serviço.

Extremismos

É comum observar dois extremos que comprometem a liturgia: por um lado, uma visão nostálgica do passado e, por outro, uma adoção precipitada e irracional das novidades futuras.

No primeiro caso, há uma exibição vã de paramentos suntuosos que não reflete um verdadeiro entendimento e respeito pela tradição litúrgica secular. Isso pode desviar a atenção para o ministro e a riqueza das vestes, justificando tal ostentação com a ideia de que “a pobreza para na frente do altar”, e, assim, reduzir a importância da presença de Cristo na assembleia celebrante.

O desejo de retornar a um passado idealizado pode buscar uma concepção do sagrado de origem pagã, um mistério que fascina e assusta, enquanto o sagrado cristão é uma experiência viva do mistério pascal, uma participação no amor da Santíssima Trindade que provoca admiração e não medo.

Geralmente, não é o "gosto pela tradição" ou "gosto pelo belo" que prevalece, mas um clericalismo retórico e identitário que reflete uma resistência à evolução da Igreja pós-Concilio Vaticano II. O problema não está tanto nas vestes em si, mas na mentalidade clerical que muitas vezes as acompanha.

A preocupação com detalhes como rendas e bordados pode refletir um comportamento afetado e uma busca por estrutura e estabilidade. Essa preferência por vestes litúrgicas elaboradas pode reforçar a identidade sacerdotal, mas também pode desviar da verdadeira essência do culto, transformando o vestuário em um fetichismo e instrumento de exibição, ao invés de um sinal de serviço.

No segundo caso, há uma corrida desesperada em direção ao novo e ao sensacional, desconsiderando que a liturgia é um tesouro da Igreja recebido do Senhor e transmitido ao longo dos séculos, seguindo o mandato de “fazer isto em memória de mim”. A liturgia não é propriedade pessoal dos presbíteros, mas um bem comum da Igreja, e não são as extravagâncias momentâneas, mas a fidelidade constante que permitem à liturgia ser uma ação comunitária.

A refinamento do sacerdote

Pergunta-se: como deve ser um sacerdote? Refinado, mas não no sentido de luxo. Refinamento pode ser alcançado através da sobriedade. A desleixamento é a falta de atenção à forma e aos detalhes. A liturgia e o sagrado não se baseiam apenas em conceitos, mas também nas mensagens que transmitem. Portanto, é importante que o sacerdote demonstre uma predisposição ao decoro, tanto na vestimenta quanto na celebração da missa, evitando paramentos mal confeccionados ou sujos, ornamentos de baixa qualidade e ambientes descuidados. Um aspecto decoroso contribui para tornar a figura do sacerdote e a celebração mais respeitáveis.

A desleixamento implica indiferença ao que se celebra e aos fiéis, dando a impressão de que o sacerdote não acredita verdadeiramente no que está fazendo.

Os sinais litúrgicos devem ser simbólicos em seu sentido etimológico, promovendo e construindo a koinonia tanto na dimensão cultual e de santificação quanto na comunhão intraeclesial. Só assim a vida dos ministros e dos leigos será transformada em símbolo, refletindo a veste branca de Cristo no Tabor e os anjos no sepulcro vazio.

Talvez seja o momento de renovar o vestuário litúrgico para contribuir com o renovamento de mentes e corações. No entanto, a incapacidade de atualizar as vestes pode ser um sinal das dificuldades estruturais da Igreja em aceitar as mudanças rápidas descritas por Francisco. Quando olhamos para o passado recente, o que mais impressiona são as mudanças no vestuário, nas penteadeiras e nos modelos de sapatos.

As vestes e os tecidos não são apenas uma questão folclórica, e seria ingênuo reduzi-las a um impulso pauperista. Os "trajes clericais" na televisão confirmam uma crescente distância da vida cotidiana. Esses trajes são sinais que indicam a dificuldade em se adaptar às mudanças no tempo, mostrando uma presunção de que o que muda é superficial, enquanto, na verdade, a revolução continua sendo guardada por esses aparatos religiosos. 

Notas

[1] W. Strabone, De exord. et increm., ed. Knopfler, pág. 72; MGH. leg. sect. II, capit. 2, 1897 (Krause) p. 471- 516.

[2] Cf. C. Valenziano, Liturgia e antropologia, Dehoniane, Bologna 1998, p. 26. Citato in S. Piccolo Paci, Storia delle vesti liturgiche, Àncora, Milano 2008, p. 10.

[3] Cf. GIOVANNI CRISOSTOMO, Homilia 83 in Matthaeum, 6, (PG LVIII, 754).

[4] In G. MORONI, Dizionario di erudizione storico-ecclesiastica da San Pietro sino ai nostri giorni, Tipografia Emiliana, Venezia 1859, vol. XCVI, 202. Cf. Voce “Vesti liturgiche” in Enciclopedia del Cattolico, Bianchi-Giovini, Milano 1948, II, 903-904.

[5] A.G. Martimort, I Principi della Liturgia, Ed. Queriniana, Brescia 1995, vol. I, p. 211.

[6] I colori liturgici sono bianco o dorato, rosso, verde, viola e nero e variano a seconda delle diverse occasioni e solennità liturgiche.

[7] Il damasco è un tessuto che presenta per lo più disegni stilizzati o motivi floreali, nel nostro territorio soprattutto foglie di acanto, ad effetto di lucido-opaco. Di particolare importanza in Calabria era il celebre damasco catanzarese.

[8] Dopo la prima edizione del 6 aprile 1969 dell’Institutio generalis missalis Romani, si sono succeduti cinque successivi rimaneggiamenti, man mano che avanzava l’insieme della riforma liturgica. Gli articoli che riguardano le vesti sacre portano i nn.297-310, secondo il testo del 1974, con in nota l’indicazione delle varianti delle edizioni precedenti.

[9] PNRM n. 297.

[10] PNRM n. 335.

[11] Francesco, Discorso ai Vescovi e sacerdoti delle Chiese di Sicilia, 9 giugno 2022, in https://www.vatican.va/content/francesco/it/speeches/2022/june/documents/20220609-clero-sicilia.html

[12] Francesco, Discorso alla 18ª Congregazione generale della XVI assemblea ordinaria del Sinodo dei Vescovi, 25 ottobre 2023, in https://www.vatican.va/content/francesco/it/speeches/2023/october/documents/20231025-intervento-sinodo.html

[13] Cf. https://www.settimananews.it/papa/clericalismo-sacralita-del-papato/

[14] Cf. https://ilregno.it/

 *Escreve Domenico Marrone, teólogo e padre italiano, professor no Instituto Superior de Ciências Religiosas de Bari, na Itália, em artigo publicado por Settimana News, 02-09-2024.

Nenhum comentário:

Postar um comentário