Craig Venter, da célula sintética,
desperta ódio e paixão
entre seus pares.
O físico Freeman Dyson captou todo o leque do sentimento acadêmico em seu seco elogio: "Este experimento é canhestro, entediante, nada original. Do ponto de vista da estética e da elegância intelectual, é um mau experimento. Mas é, não obstante, uma grande descoberta... a capacidade de projetar e criar novas formas de vida marca um ponto de virada na história de nossa espécie e de nosso planeta".
(...)
Seu ego e a opção pelo financiamento privado de seus experimentos
o afastam do establishment acadêmico.
Steve Jones - professor de genética no University College de Londres - é cético sobre o exagero das manchetes. "A ideia de que isto é 'brincar de Deus' é simplesmente tola. O que ele fez em termos genéticos seria análogo a pegar um programa do Mac da Apple e fazê-lo rodar em um PC, e então dizer que você criou um computador. Não é trivial, mas são totalmente absurdas as alegações que estão sendo feitas a esse respeito".
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Íntegra da Reportagem por TIM ADMAS (The Observer) na revista CARTA CAPITAL - ed.598 - 02 de junho de 2010, pg.58/59.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves.
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