Jeffrey Zaslow, The Wall Street Journal
Steven Fink recebeu recentemente um e-mail com fotos de uma mulher nua que o ex-namorado queria humilhar. Presumivelmente, ele esperava que as fotos se espalhassem e inúmeros desconhecidos participassem de sua campanha maléfica.
Antes da era da internet, o namorado rejeitado talvez expressasse sua raiva jogando dardos na foto dela. Hoje, os canais de vingança se multiplicaram quase infinitamente. A reputação está mais vulnerável do que nunca.
Todos nós vivemos sob a ameaça de uma humilhação fácil e instantânea.
Não mais são apenas os famosos e os executivos que precisam se preocupar em proteger ativamente a reputação e criar técnicas para salvar a imagem.
Não faz muito tempo, procurar o próprio nome nos sites de busca era vaidade. Hoje se tornou um ato de auto-preservação.
"Faça um 'Google' seu pelo menos uma vez por semana", aconselha Richard Levick, que chefia uma firma de comunicação estratégica em Washington. "Você precisa acompanhar o que está sendo dito sobre você" em blogs, listas de mensagens e sites de relacionamento social.
Será que nos tornamos uma sociedade mais maliciosa?
"Sempre existiram pessoas cujo objetivo de vida é machucar os outros", diz Jonathan Bernstein, consultor de Los Angeles especializado em administração de crises. "Antes da internet, tinham de fofocar com os vizinhos. Agora podem fofocar para o mundo."
Outros acham que a malícia aumentou - que a evolução tecnológica nos tornou mais mordazes e cínicos. "Parece que todo mundo tem o celular preparado para tirar aquela foto que vai prejudicar alguém", diz Fink, que dirige uma firma de gestão de crises em Los Angeles
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Fonte: Valor Econômico online, 14/05/2010
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