Em palestra online, Murilo Gun apresenta quatro mitos da criatividade
O último dia do congresso online Hypeness Talks contou com palestra
do comediante e professor de criatividade Murilo Gun, ministrada na
tarde desta sexta-feira, 12. Como pauta da conferência, o convidado
apresentou os quatro mitos sobre a criatividade definidos como “lendas
urbanas” que influenciam os conceitos de ideias, inovação e inspiração.
Para
começar a conversa, Gun definiu criatividade como “ferramenta para
resolver problemas” e que o assunto abre portas para universos dos quais
as pessoas ainda não despetaram. Assim, ele apresentou os quatro
conceitos que atrapalham os indivíduos de todas as áreas no processo da
busca pelo status de “criativo”.
1º mito
O primeiro ponto é o “mito do artista”.
De acordo com o professor, “a maioria das pessoas acredita que
criatividade é algo para o artista, o publicitário, o designer”. Porém,
apenas 1% dos problemas reais da vida requer criatividade em suas
resoluções, que “ocorrem em menor quantidade, mas são imensos em
produtividade e qualidade”.
“Por exemplo, o computador pode resolver qualquer problema que seja
linear, questões que não demandam criatividade. Cada vez mais vai
sobrando para os humanos só os problemas que as máquinas não conseguem
resolver. Problemas! Esta é a palavra-chave que impulsiona a
criatividade em qualquer área”, disse o palestrante.
2º mito
Em segundo lugar, existe o “mito do dom”. Segundo Gun, a ideia central é entender que a criatividade não é um dom. “Criatividade é uma habilidade inata da nossa espécie. Nascemos criativos e desaprendemos isso”. Para ele, o termo “dom” lembra – de forma equivocada – uma dádiva, um presente recebido. O foco é o quanto cada um pode estudar e se dedicar na busca pela criatividade.
“Sabe o Oscar Schmidt, do basquete? Ele é conhecido como ‘Mão Santa’,
mas quando ele era jovem, ao fim dos treinos, fazia mais de mil
arremessos de três pontos. Todos iam descansar, enquanto ele ficava
treinando. Então... A mão dele é 'santa' ou 'treinada'?”, exemplificou
Gun.
Para o professor, grande parte das questões que são identificadas como dom exige, na verdade, muito hard work
para ser solucionada. Ele disse, ainda, que não importa o nível de
criatividade que nasce com cada pessoa, o que é um problema real são os
bloqueios que surgem com o passar da vida. “Escola, casa, mercado de
trabalho”, por terem regras, nos limitam a desenvolver a criatividade
naturalmente.
“Temos controle sobre os bloqueios? Não! Sobre o que temos controle?
Uma vez que o status é esse, temos controle em estudar, criar,
desenvolver o assunto com dedicação. O fato é: está em nossas mãos a
chance de desbloquear e desenvolver técnicas para ser mais criativo.
Para iss,o você não precisa ter pré-disposição especial”, declarou o
comediante.
3º mito
O terceiro item da apresentação foi o “mito da criação”. Para Gun, a ideia geral de que criatividade é capacidade de criar coisas novas, originais e inéditas não é tão verdadeira. “Criatividade é conectar coisas já existentes de universos diferentes. Einstein falava que o segredo do criativo é esconder bem suas fontes. Para isso, suas inspirações precisam estar em vários lugares”.
Professor na área, o palestrante declarou que criatividade é uma
palavra ruim, pois o prefixo “cria” carrega exigências naturalmente. Ele
prefere usar o termo “combinatividade”. E a corrida é para ver o quanto
cada pessoa consegue casar coisas aparentemente não associáveis. A
internet expandiu ainda mais os horizontes neste aspecto, pela imensa
gama de conteúdos nela disponíveis. “Se é para combinar, quanto mais
imputs, maior a probabilidade de criar. O ideal é juntar coisas ao
repertório que podem ser usadas para criação em outros momentos”.
4º mito
Na quarta e última posição, está o “mito do acaso”. “As pessoas têm a perspectiva de que a criação vem do nada, de um raio que cai, uma luz que acende”, afirmou Gun. Mas a verdade é que existem etapas no processo criativo, que o professor chama de “bios: basic in-put, out-put sistem”.
A ideia básica do sistema é entender o problema, deixar o consciente e
o inconsciente processá-lo para, então, ter o momento “eureca” em que
surge a tão esperada solução. Por último, é necessária a validação, que
abrange “testar a hipótese para ver se ela funciona de fato e
retroalimentá-la”.
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*Com edição e supervisão de Anderson Scardoelli.Fonte: http://portal.comunique-se.com.br/index.php/mkt-pp/77608-em-palestra-online-murilo-gun-apresenta-quatro-mitos-da-criatividade-info
Caro,Zelmar
ResponderExcluirDeixei que minhas pálpebras alongassem em seu bloger !
Parabéns!
Saudações
Nicah Gomes