sábado, 19 de novembro de 2016

Michel Houellebecq: a fala-bomba

mh



A palestra de Michel Houellebecq no ciclo Fronteiras do Pensamento provocou polêmica. O autor de Extensão do domínio da luta, Partículas elementares, A possibilidade de uma ilha, O mapa e o território e Submissão detonou de Jean-Paul Sartre e Albert Camus a Jacques Lacan, Gilles Deleuze, Jacques Derrida e Michel Foucault. Disparou também contra os anglo-saxões.
O Caderno de Sábado não poderia deixar de fornecer aos leitores um robusto fragmento da fala de Houellebecq. A cultura é sempre um campo de conflito de ideias. Uma visão do mundo.

 Os intelectuais franceses no começo do século XXI

 Michel Houellebecq

Gostaria de dedicar esta noite à memória de Maurice Dantec, que faleceu, no final de junho, em Montreal. Para abordar o assunto que consta no título, diante de vocês, é preciso supor duas coisas: que na América do Sul vocês são bondosos a ponto de prestar atenção no que ocorre no plano intelectual na Europa, especialmente na França, e que sou um interlocutor autorizado a falar dos intelectuais franceses. Sobre o primeiro ponto, se for o caso, a indulgência de vocês, ou a cegueira, é grande, pois a França, do ponto de vista intelectual, a crermos na mídia anglo-saxã, já não é grande coisa. O tema da decadência da França é um assunto recorrentemente requentado.

Fiz um levantamento: o romance francês está em decadência; a arte francesa não interessa mais ninguém; a cozinha francesa não é mais a mesma; os vinhos franceses são supervalorizados. O mais frequente é: os intelectuais franceses não produzem mais nada de bom e não estão altura dos seus gloriosos antecessores. Um exemplo disso saiu no Guardian de 15 de junho de 2015 com a assinatura de Sudhir Hazareesingh e este título: “Da Rive Gauche à deriva: onde foram parar os grandes pensadores franceses?” Um fragmento desse artigo: “A filosofia francesa, que ensinou ao mundo a importância da razão com doutrinas ousadas como o racionalismo, o republicanismo, o feminismo, o positivismo, o existencialismo ou o estruturalismo, não tem hoje grande coisa a oferecer. A representação da França como um país esgotado e alienado, corrompido pela herança igualitária de maio de 68, incapaz de dar conta dos imigrantes muçulmanos e de defender seus valores, é um tema corriqueiro entre os conservadores franceses. Nos livros mais vendidos aparecem A identidade infeliz (2013), de Alain Finkielkraut, e O suicídio francês (2014), de Eric Zemmour. Essa sensibilidade mórbida, sem equivalente na Grã-Bretanha, apesar das dificuldades econômicas recentes), contamina a literatura francesa atual, como em O mapa e o território (2010), de Michel Houellebecq.

Duas observações: não se pode dizer que a herança de maio de 68 seja “igualitária”. É mais preciso classificá-la como “libertária”. É curioso que meu livro citado seja O mapa e o território e não Submissão, lançado seis meses antes da publicação desse artigo no Guardian e muito mais representativo dessa “sensibilidade mórbida”. Ressalvas mais importantes: não há qualquer garantia de que a Grã-Bretanha se saia melhor com os imigrantes muçulmanos. Já muito se falou sobre as diferenças entre o modelo inglês, que reconhece a existência das comunidades e das suas particularidades religiosas, e o francês, republicano e integracionista, que as rejeita. Constata-se na Grã-Bretanha um número equivalente aos da França de jovens, originários da imigração, mas nem sempre, que vão aderir à Jihad na Síria ou participam de atentados em seus países. O mesmo se dá na Alemanha, na Bélgica e em muitos outros países. Seja qual for o modelo adotado, o resultado parece ser sempre o mesmo.

Direita e esquerda na mídia

Por outro lado, os intelectuais franceses são umas nulidades, admitamos, mas será que existem intelectuais anglo-saxões notáveis, faróis do pensamento? Quais? Pergunto sem segundas intenções, pois, se eles existem, eu não os conheço. Eu estou autorizado a falar dos intelectuais franceses? No artigo do Guardian não sou considerado exatamente como um intelectual. Sou citado ao lado. Isso acontece comigo na França e no estrangeiro, o que é bastante curioso em se tratando de alguém que se tornou conhecido por seus romances. O ponto mais importante é este: o autor critica a decadência dos intelectuais franceses, mas a maneira pela qual eles revelam essa decadência consiste na afirmação de que a França está em decadência. Se afirmassem que tudo está bem e passassem uma mensagem otimista, deveriam ser vistos como intelectuais brilhantes? No fundo, eles não são criticados pela sua mediocridade, mas por serem pessimista e não serem mais de esquerda. Ser brilhante, otimista e de esquerda parece a mesma coisa. Na mídia, mesmo na francesa, dissemina-se a ideia de que os intelectuais franceses viraram à direita, que teria vencido a “batalha das ideias”. A direita é agora dominante na mídia?

Uma análise objetiva mostra uma enorme mentira. Nada mudou na relação de forças entre esquerda e direita na mídia. A esquerda conserva, desde 1945, a sua posição de dominação. A única diferença é que personalidades consideradas de direita – como eu e o ensaísta Eric Zemmour – alcançaram sucesso na venda de livros apesar da hostilidade da mídia hegemônica. Mudou a relação de forças no “quarto poder” (trata-se de um poder tanto quanto os demais)? A resposta é não. Nos últimos 20 anos, ao contrário, surgiu um fenômeno surpreendente na mídia, inclusive no diário de referência Le Monde, órgão central do “politicamente correto, um “novo progressismo”.

"O romance francês está em decadência;
a arte francesa não interessa a mais ninguém;
a cozinha francesa não é mais a mesma;
os vinhos franceses são supervalorizados.
Os intelectuais franceses não produzem mais nada de bom
e não estão à altura dos seus gloriosos antecessores." 
- Michel Houellebecq - 

Até uns 20 anos atrás, os proletários, os trabalhadores, os pobres, gozavam de respeitabilidade na mídia das elites. Eram vistos como interessantes e mereciam consideração graças à influência do partido comunista. Depois de 1968, aos poucos, houve uma diluição. O golpe fatal veio em 1974 com O Arquipélago Gulag, de Soljenitsin. Eis um livro que realmente mudou o mundo. Sobreveio uma verdadeira revolta das elites contra o povo. A palavra populismo passou a designar as inconfiáveis opiniões populares. Ganhou corpo a ideia de que o sufrágio universal poderia resultar em grandes aberrações e não ser panaceia. Em 2005, uma fronteira foi ultrapassada. O referendo sobre o tratado europeu de Lisboa recebeu um estrondoso “Não”. Mesmo assim, contrariando a maioria da população, o tratado foi adotado pelo parlamento numa negação frontal da democracia. A linguagem das elites para falar do povo tornou-se insultuosa. Adjetivos como “abjeto” e “nauseabundo” passaram a qualificar as ideias populistas e, principalmente, as ideias hostis ao “novo progressismo”. O povo cheiraria mal para as elites. Impossível ser mais explícito.

Recentemente, os adjetivos usados para qualificar os favoráveis à saída da União Europeia no plebiscito da Grã-Bretanha foram extremamente violentos. Velhos, pobres, desinformados e estúpidos. Propôs-se refazer o plebiscito pois o povo teria votado mal. Foi o que aconteceu, em 2005, na Irlanda, quando da rejeição do tratado de Lisboa. O termo incompreensão é fraco demais para caracterizar a relação entre elite e povo. A palavra certa é ódio. O mesmo ódio que marca a minha relação com a mídia francesa. O chamado “debate público” não passa de uma caça às bruxas. Não se respeita mais nem a morte de alguém. Em 2005, quando Guillaume Dustan morreu, os militantes de Act Up não hesitaram em destilar nos jornais do dia seguinte o ódio que sentiam por ele. O mesmo aconteceu agora com Maurice Dantec. Comigo será pior. Muitos jornalistas franceses ficarão felizes com a minha morte. De minha parte, não perco a esperança de ver a quebra de certos jornais, embora isso seja difícil, pois a imprensa francesa é injustificadamente financiada pelo Estado. Mas não é impossível na medida em que os jornais não param de perder leitores. A coisa se complicou depois da chegada ao poder de François Hollande. A violência aumentou em função de um fenômeno novo: intelectuais como Alain Finkielkaut e Michel Onfray abandonaram o campo das elites para se aproximar do povo.

Foram imediatamente jogados pela mídia dos “novos progressistas” no campo dos populistas abjetos, onde encontraram Eric Zemmour e onde eu lhes visitava ocasionalmente. Há um ou dois anos algo inusitado aconteceu: esquerdistas, inclusive um ministro, declaram que as ideias de Eric Zemmour não deveriam receber espaço de divulgação. A mídia privada obedeceu ao poder. Ele perdeu seu programa na iTevê. Um ataque assim à liberdade de expressão não se via desde épocas longínquas. Mesmo se gente de esquerda protestou, Zemmour não voltou ao posto. Somente uma situação de pânico, como animais acuados, pode explicar essa atitude da esquerda no poder.

É verdade que os intelectuais franceses viraram à direita, tornando-se conservadores ou reacionários? Alain Finkielkraut costuma lembrar que votou em François Mitterrand e se recusa atualmente a apoiar qualquer político ou partido. Michel Onfray continua a se dizer de esquerda, acrescentando que a esquerda atual não corresponde à sua visão, nem sob a forma que está no poder nem sob a forma dos partidos de extrema-esquerda que lhe fazem oposição. Eric Zemmour nunca teve qualquer simpatia pela esquerda. Mas não apoia qualquer partido nem diz em quem ele vota. De minha parte, sempre digo que defendo a democracia direta e que não voto em ninguém. O que sobra da guinada à direita? É mais correto dizer que os intelectuais franceses abandonaram a esquerda sem aderir à direita. Voltaram a ser livres.

Ao final da Segunda Guerra Mundial os intelectuais de direita estavam completamente desacreditados. Uma parte deles, no entanto, não foi colaboracionista. O patriotismo era forte. O horror ao nazismo, porém, não permitiu nuanças. O poder intelectual caiu nas mãos da esquerda. Retomemos a afirmação do Guardian sobre o declínio dos intelectuais franceses. Para ter decadência, precisamos saber quem veio antes. A partir de agora emitirei apenas opiniões pessoais. Logo depois da guerra Sartre e Camus estiveram no alto do pódio. Ganharam o Nobel e qualquer posicionamento que adotassem repercutia. Foram autênticos gurus. Eles se viam como “filósofos”. O que restou da filosofia de Sartre e de Camus? Para ser sincero: quase nada.

De Sartre e Camus aos “novos reacionários”

Um filósofo, na acepção clássica do termo, à qual eu continuo fiel, produz um discurso capaz de englobar o mundo, integrando a totalidade dos conhecimentos adquiridos pelos homens, especialmente os conhecimentos científicos. É indesculpável à quase total ignorância científica de Sartre e de Camus. O século XX, como o XIX, foi cientificamente brilhante. Tivemos, entre outras descobertas, a teoria da relatividade, a teoria dos quanta, a descoberta do código genético. Que rastro desses acontecimentos maiores encontramos nas obras de Sartre e Camus? Absolutamente nenhum. Para eles é como se nada disso existisse. Dá a impressão de que não estão a par.

Ninguém, na minha opinião, pode se pretender filósofo – não se trata de ser especialista – sem uma compreensão geral, clara e coerente do conhecimento humano acumulado. Sem isso, não se é mais do que charlatão e impostor. Tão medíocre quanto Camus no plano intelectual, Sartre tem aspectos mais repugnantes. Choca a sua falta de empatia literária. O seu livro sobre Baudelaire é uma asneira monumental, maldosa e de mau gosto. Choca também o ódio que ele tem de si mesmo. Ele era mesmo detestável. Conseguiu afetar seus leitores com o desgosto pelo Ocidente, essa espécie de masoquismo auto-acusador que marca nossas relações com as ex-colônias. Sartre foi o real inventor do racismo anti-branco. Esse fenômeno catastrófico, de consequências desastrosas bem analisadas por Pascal Brückner, tem uma origem quase mesquinha: o desgosto que Sartre sentia por si mesmo.

Depois de Sartre e Camus segue um período confuso, na esteira de maio de 68, marcado pela influência de pensadores diversos como Derrida, Deleuze, Lacan e Foucault. Ao contrário dos seus predecessores, eles se esforçam para dissimular a ignorância científica que os liga através do uso de fórmulas misteriosas e vazias, uma verborragia elegíaca e pseudopoética. O que eles escreveram, com estilos diferentes, do meu ponto de vista, tem um ponto em comum, o fato de que eu nunca fui capaz de neles achar algum sentido. De tanto ler páginas e páginas sem achar sentido a gente acaba por achar que não há sentido mesmo e que os seus autores não passam de charlatães e de enganadores. Foi a minha conclusão. Por razões que ignoro, esses autores fizeram sucesso em universidades americanas. É por isso que não concordo com a opinião da mídia anglo-saxã sobre a decadência dos intelectuais franceses. Não tenho qualquer admiração pelos autores da French Teory que eles veneram.

Esses autores, que se tornaram conhecidos nos anos 1960 e 1970, tinham um ponto em comum: supostamente eram de esquerda. Não se conseguia imaginar na época um intelectual que não fosse de esquerda. Depois do Arquipélago Gulag as coisas começar a rachar. Em 1999, Guy Scarpetta publicou um artigo na Art Press intitulado “Os novos reacionários”. Mas o que provocou mesmo polêmica foi um livrinho de pouco mais de 70 páginas lançado em 2002 por Daniel Lindenberg: “Chamado à ordem – investigação sobre os novos reacionários”. Esse livro, reeditado no começo de 2016 com um posfácio.

Pela primeira vez é possível ser reacionário, não por ser de direita, mas por ser demasiadamente de esquerda. Um comunista, ou quem recusa as leis dos mercado como fim último, é um reacionário. Um soberanista, ou qualquer pessoa contrária à diluição da França no espaço federal europeu, é um reacionário. Quem defende o uso da língua francesa na França, a língua nacional em cada país ou a utilização universal do inglês, é um reacionário. Quem desconfia da democracia parlamentar e do sistema partidário, desejando dar mais voz à população, é um reacionário. Quem não é apaixonado por internet e por smartphones, é um reacionário. Quem tem pouco simpatia pelo lazer de massa e pelo turismo organizado, é um reacionário. Para o novo progressismo de Lindenberg não é a natureza da inovação que conta, mas o seu caráter inovador. Viveríamos numa época superior a todas as anteriores. Lindenberg diz que os acusados protestaram.

Foi o contrário. Finkielkraut gostou de ser colocado ao lado de autores cujos textos ele admirava. Philippe Muray vibrou com a possibilidade de aumentar por contágio a venda dos seus livros. Eu fiquei contente de estar ao lado de intelectuais que não tinha lido, mas com grande reputação de seriedade, como Marcel Gauchet ou Pierre Manent. Em resumo, ser chamado de reacionário não assustava mais ninguém. A esquerda havia perdido o seu poder de intimidação. Era uma verdadeira novidade.

A mediocridade de Sartre, Camus e da French Theory

Alguns dos citados não eram propriamente intelectuais: Maurice Dantec, Philippe Muray e eu. Muray e Dantec merecem ter suas ideias mais bem conhecidas do que as de muitos dito intelectuais, inclusive do que as minhas. Não sou modesto. Sei o que valho como autor. Um intelectual na França é alguém que estudou muito, fez a Escola Normal Superior ou, ao menos, realizou estudos no campo da literatura e das ciências humanas. Publica e dirige coleção de ensaios numa editora importante, tem cargo de destaque nalguma revista de debates intelectuais. Além de publicar nos espaços de opinião dos jornais. Nem Dantec, nem Muray, nem eu preenchemos esses requisitos. Eu sou considerado como um profeta. Submissão saiu no dia dos atentados a Charlie Hebdo. Saiu uma entrevista minha no New York Times em 11 de setembro de 2001. O jornalista provavelmente achou que eu estava exagerando sobre o perigo islâmico. O que eu profetizei exatamente?

 "As vacas sagradas estão mortas. 
O primeiro a desaparecer foi Marx.
 Muito tempo depois, Freud foi encontrá-lo na tumba. 
Nietzsche ainda não foi, mas tenho esperança 
de que isso não demore muito para acontecer."
 - Michel Houellebecq -

O advento do trans-humanismo. Depois, em Submissão, a tomada de poder no Ocidente por um islamismo moderado. Maurice Dantec profetizou sobre a hibridização mental entre homem e máquina. E sobre o surgimento da Jihad. O que lhe permitiu fazer isso? Ter ido à Bósnia durante a guerra. Os novos tempos anunciados por Phillipe Muray são os do retorno do matriarcado sob uma nova forma, estatal. Os cidadãos são mantidos num estado de infância perpetua. O primeiro inimigo a tentar eliminar nossa sociedade ocidental é idade viril.

Resta falar sobre o título desta intervenção. Estamos saindo de um período estranho, que durou uns bons 20 anos, no qual as ideias mais interessantes publicadas na França não o foram por intelectuais “profissionais”, mas por escritores. Sartre e Camus se viam como filósofos, mas eles também escreviam romances e até peças de teatro. É impressionante hoje reler as peças de Sartre Camus. Quanta mediocridade. Como alguém pôde querer montar tamanhas bobagens? De Camus só restarão as primeiras frases de O Estrangeiro. Sobretudo a primeira. De Sartre, nada. Justo uma leve mistura de pavor e repulsão à ideia de que um tal ser tenha podido existir. A geração seguinte, a da French Theory, descobriu uma astúcia para dissimular sua falta de pensamento: os prodígios e mistérios da poesia. Que se pode reter das obras de Foucault, Derrida, Lacan e Deleuze? Absolutamente nada salvo palavras, misteriosas palavras sem significado preciso, dando uma ilusão de profundidade. Lacan chegou a decorar seus textos com fórmulas matemáticas incompreensíveis. Há certa capacidade de evocação no que ele escreveu, uma aura de mistério, sem conteúdo.

Hoje, graças a escritores como Muray e Dantec, os intelectuais franceses experimentam uma nova situação: estão livres. Foram liberados dos grilhões da esquerda. Livres por não sofrerem mais o fascínio pelos encantamentos, como acontecia com as gerações anteriores, exercidos pelos grandes pensadores do século anterior. As vacas sagradas estão mortas. O primeiro a desaparecer foi Marx. Muito tempo depois, Freud foi encontrá-lo na tumba. Nietzsche ainda não foi, mas tenho esperança de que isso não demore muito para acontecer.

A França é um velho país. Setenta anos, mesmo cem, de avacalhamento intelectual, para um país como a França, não é insuperável. Termino, não apenas para fechar com um tom otimista, mas por crer de fato. Eu creio no futuro do pensamento francês.
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Fonte:  http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/2016/11/9284/caderno-de-sabado-a-fala-bomba-de-michel-houellebecq/
Impresso: Correio do Povo - Caderno de Sábado, 19 de novembro de 2016, pg. 4 e 5 

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