Escolhida nas urnas para governar o Brasil até 31 de dezembro de 2014, a neopetista Dilma Vana Rousseff quer se desvencilhar o quanto antes da fama de “Lobo Mau” que cultiva desde os tempos da ditadura e que cresceu ao longo dos últimos anos. Tanto é assim, que a presidente eleita, durante a reunião partidária que terminou há instantes em Brasília, pregou tolerância na política. A fala de Dilma pode ser interpretada como um recado ao PMDB, que nos últimos dias está tentando fazer valer o que foi combinado antes das eleições.
De olho em uma participação no governo Dilma Rousseff maior que a tem hoje sob o guarda-chuva político de Luiz Inácio da Silva, o PMDB não ficará alijado da governança como insinuam alguns caciques petistas. Dilma pode até destilar um desejo não verdadeiro de ser polida e diplomática, mas o jogo bruto ficará a cargo de alguns integrantes da cúpula do Partido dos Trabalhadores, a começar pelo trio que comanda a equipe de transição, que nas esferas do poder ganhou o apelido de “Três Porquinhos” (Antonio Palocci Filho, José Eduardo Dutra e José Eduardo Martins Cardozo), em alusão à fabula infantil.
O cenário de guerra que marca os bastidores da política nacional ratifica a matéria publicada aqui no ucho.info e que levou à recente retirada do site do ar durante alguns dias, resultado da ação criminosa de alguns alarifes que já foram devidamente identificados e responderão perante as autoridades policiais e judiciárias pelo feito. Na ocasião, os jornalistas do ucho.info afirmaram com propriedade que a saúde de Dilma Rousseff obrigara o PT a trabalhar com um Plano B, como um antídoto preventivo contra a peçonha do PMDB.
"Não custa lembrar
que se a saúde da sucessora de Lula piorar,
como prevêem alguns médicos
consultados pela reportagem,
o País assistirá a uma
verdadeira briga de foice pelo poder.
É uma questão de tempo."
Ao eleger um número suficiente de deputados federais para reivindicar a presidência da Câmara, o PT agora enfrenta o desejo do PMDB de manter o status de maior partido da Casa legislativa, que na próxima legislatura caberá aos petistas.
No contraponto, a encenação de Dilma Rousseff no começo da tarde desta sexta-feira (19), na capital dos brasileiros, mostra o temor que a eleita já nutre em relação a um convívio nada pacífico com o seu vice-presidente, o ainda deputado federal Michel Temer (PMDB-SP). Não custa lembrar que se a saúde da sucessora de Lula piorar, como prevêem alguns médicos consultados pela reportagem, o País assistirá a uma verdadeira briga de foice pelo poder. É uma questão de tempo.
_________________________Fonte: Ucho.info.20/11/2010
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