segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Para sempre



Quando empurraram o caixão

de verniz marrom-amarelo

na gaveta tosca de tijolo e cimento

meu olhar se perdeu

no som rústico

do  ouvido sensível.

Emoções vivas pela pressão

nas mãos úmidas

com toques firmes nos dedos...

Era o adeus.

Para sempre!

O horror para sempre

Assusta ainda, agora...
_________Zelmar

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