“Cada dia é o dia do julgamento, e nós, com nossos atos e nossas palavras, com nosso silêncio e nossa voz, vamos escrevendo continuamente o livro da vida. A luz veio ao mundo e cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do altruísmo construtivo ou nas trevas do egoísmo. Portanto, a mais urgente pergunta a ser feita nesta vida é: O que fiz hoje pelos outros?” Martin Luther King, líder de movimentos que buscavam o respeito aos direitos dos negros e o fim da discriminação racial nos EUA. Luther King liderou protestos pacíficos e conseguiu mudar a situação dos negros em seu país.
A Constituição da República Federativa do Brasil assevera em seu artigo 5: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. No que diz respeito às relações internacionais do Brasil adota-se o princípio constitucional de repúdio ao racismo. Verifica-se, portanto, que a nossa Carta Maior, promulgada há mais de 20 anos, se coloca expressamente contrária ao racismo, além de assegurar punição severa a quem praticá-lo, já que é tido como crime inafiançável e imprescritível.
Diante da postura adotada pelos representantes do povo brasileiro quando da elaboração e da promulgação de nossa Constituição, afigura-se um quadro de boas perspectivas à erradicação do racismo em nosso país.
É lógico que não se pode “tapar o sol com a peneira” afirmando não existir racismo no Brasil. Todavia, sabe-se que o grau de adiantamento de um povo é aquilatado principalmente por suas normas legais e, no caso, temos um arcabouço jurídico que nos propicia um efetivo adiantamento nesse sentido, caso haja efetiva conscientização da população, bem como aplicação da lei.
A escola e a mídia, por seu turno, podem e devem exercer papel preponderante na educação para a cidadania, na qual se inserem princípios morais, éticos e religiosos, nos quais se assentam valores de amor ao próximo independentemente da cor da pele, já que todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai Celestial.
Em 20 de novembro de 1.695 foi assassinado Zumbi dos Palmares, líder que defendeu o povo negro, data escolhida, não por acaso, para homenageá-lo e denominada Dia Nacional da Consciência Negra. Zumbi, que significa “Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo” transformou-se no mais relevante símbolo da luta contra a escravidão e pela liberdade de seu povo, liberdade que só veio ocorrer 193 anos depois de sua morte, em 13 de maio de 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea.
Já se passaram mais de 120 anos da Abolição da Escravatura. O caminho percorrido até agora foi longo, com muitas pedras e percalços, todos sabemos, mas, se fizermos uma retrospectiva até os dias atuais, podemos igualmente constatar o quanto já evoluímos na direção de aniquilarmos de vez essa tendência de alguns a atitudes preconceituosas, discriminatórias e inaceitáveis para o século 21.
*Aderbal Bergo Neto é advogado.
FONTE ; http://cpopular.cosmo.uol.com.br/mostra_noticia.asp?noticia=1662629&area=2190&authent=3CEAD5CCB062220478ED5E88F01A96
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