quarta-feira, 18 de julho de 2012

‘The Economist’ aproveita Art Basel para explicar “compulsão” pela arte



 
Por que as pessoas gastam tanto dinheiro com arte? Segundo um excelente artigo publicado na revista britânica The Economist, não se trata apenas de investimento, mas também de uma busca sofisticada pelo prazer. Leia um trecho da reportagem no blog da SP-Arte e, em seguida, confira a matéria, na íntegra, no site da publicação (em ingles).

Por que comprar arte?

“TODA arte é imoral”, disse Oscar Wilde certa vez. Ele poderia ter afirmado, ainda, que toda arte é emocional, incluindo sua compra e venda. Virou moda entre economistas estudar as motivações dos colecionadores. Desta vez, o banco Barclays conduziu um estudo que revela que o mercado de arte é extremamente psicológico e social. Em um novo relatório, chamado “Lucro ou Prazer. Explorando as motivações por trás das tendências do tesouro”, só um décimo dos questionados disseram ter comprado uma obra apenas como investimento, enquanto 75% citaram o prazer como motivação mais importante à aquisição.
O estudo foi baseado em entrevistas com 20.000 pessoas de classe A, em 17 países. A feira suíça Art Basel, realizada em junho, é um destino comum para muitos colecionadores e certamente se configura como um evento de entretenimento. Mais de 300 galerias internacionais, todas renomadas, se reúnem em uma cidade normalmente pacata para seis dias de festa.
Os colecionadores, galeristas e curadores aguardaram ansiosos pelo encontro anual e se cumprimentam com alegria. A sociabilidade da feira contribui para que os colecionadores tenha aversão de voltar para casa com as mãos vazias. Jay Smith, um assessor de investimentos na CIBC- Wood Gundy, é um doador importante para museus e confessa: “Quando não compro nada, a feira é chata. Comprar faz com que você se sinta parte do evento.”
Comprar arte não só provoca uma sensação de comunhão, como também traz à tona um sentimento de vencedor. Para algumas pessoas, o ato chega a preencher um vazio espiritual. A “desculpa” mais usada pelos colecionadores é a de que comprar arte lhes da um “barato”.
George Economou, um magnata da transportação marítima que tem uma coleção de arte aberta ao público, comprou várias obras em Basiléia neste ano, incluindo uma escultura de madeira do ano 1924, assinada pelo artista Hermann Scherer, no valor de mais de 1 milhão de euros. Para ele, adquirir um trabalho em um leilão é “mais emocionante”, ao passo que comprar um trabalho em uma feira traz uma satisfação mais prolongada.
Do blog SP-Arte
---------------
Fonte:  Mensagem do Blog - Portal Luis Nassif - 17/07/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário