Para alguns, o peso da civilização pode ser difícil de carregar. O ritmo acelerado, os problemas de relacionamento, a luta política e a complexidade tecnológica… todo mundo já pensou pelo menos uma vez em fugir para uma vida mais simples, em contato com a natureza.
Porém, enquanto para a maioria das pessoas esse sentimento se traduz
em um final de semana acampando ou na fazenda, para outras (críticos da
civilização, ativistas, espitualistas ou livres de espírito) essa ideia é
levada ao extremo. Conheça sete indivíduos que escolheram viver
sozinhos com a natureza.
Christopher McCandless
Mais conhecido pelo livro de Jon Krakauer, “Into the Wild”, e pelo
filme homônino dirigido por Sean Penn, Christopher McCandless (que chama
a si próprio de “Alexander Supertramp”) foi um americano intinerante
que sonhou com uma odisséia no Alaska em que ele estaria longe da
civilização.
Embora ele tivesse sido bem educado, sua origem de classe média-alta e
sucesso econômico só aumentou seu desprezo por aquilo que ele via como
materialismo vazio da sociedade.
Tragicamente, após viver uma aventura de 113 dias na vida selvagem do Alaska, McCandless suncubiu à fome em agosto de 1992.
Timothy Treadwell
Timothy Treadwell foi um ambietalista, naturalista amador,
guerrilheiro ecológico e documentarista que viveu entre os ursos do
Parque Nacional Katmai, no Alaska.
Apesar de viver entre os ursos sem nenhuma proteção por 13 verões,
quando estava prestes a voltar à civilização, ele e a namorada AMie
Huguenard foram mortos por um urso.
Alguns o chamaram de idealista ingênuo, mas Treadwell lutou para
proteger o habitat que amava com ativismo e documentação. A história
dele foi imortalizada no documentário “Grizzly Man”.
Henry David Thoreau
O famosos escritor americano, Henry David Thoreau, era naturalista,
filósofo e crítico do desenvolvimento. Em seu livro “Walden”, ele
escreveu sobre o período de isolamento que viveu em uma cabana ao lado
de Walden Pond, em Massachusetts.
Thoreau retornou para a civilização após o período em Walden, mas
propôs se isolar novamente da sociedade para ganhar maior compreensão
sobre isso. Seu trabalho é reconhecido como uma declaração pessoal de
independência, uma viagem espiritual de descoberta e um manual de
autossuficiência.
Ted Kaczynski
Mais conhecido como o Unabomber infame, Kaczynski é um primitivista
que assumiu suas críticas à civilização e à tecnologia ao extremo. Ele
foi um professor universitário de carreira promissora da Universidade da
Califórnia, em Berkeley, mas sua instrução educacional não o impediu de
viver em uma cabana remota, sem água encanada ou eletricidade, na
selvagem Montana.
Lá, Kaczynski começou uma campanha de bombardeamento. Ele enviou 16
bombas mirando universidades e aviões, matando três pessoas e ferindo
23. A justificativa para suas ações foram descritas em seu manifesto
intitulado Sociedade Insdustrial e o seu Futuro.
Atualmente, ele está cumprindo prisão perpétua sem condicional em uma prisão federal norte-americana.
Noah John Rondeau
Rondeau foi um eremita muito conhecido que escapou da sociedade para
morar nos altos picos de Adirondack, em Nova York. Antes de se retirar
para a casa remota, aos 46, Rondeau afirmou que “não estava bem
satisfeito com o mundo e as novas tendências”.
Embora tenha permanecido isolado, Rondeau ocasionalmenre aceitava
visitantes e ainda tocava violino para eles. Infelizmente, teve que se
mudar de casa mas, ainda na mesma cidade, morreu em 1967 de velhice.
Paul Gauguin
O artista pós-impressionista Paul Gauguin foi um pintor e escritor
conhecido pelo estilo primitivo e filosofia. Em 1891, frustrado pela
falta de reconhecimento em casa e a má condição de vida, ele decidiu
viajar para os trópicos e fugir da civilização europeia onde “tudo é
artificial e convencional”.
Ele passou seus últimos dias vivendo no Tahiti e Ilhas Marquesas,
onde se aliou aos nativos e entrou em confronto com as forças coloniais.
Seu trabalho foi bastante influenciado pelo ponto de vista dos
polinésios.
Os padres do deserto
Escapar da civilização preconceituosa em busca da pureza espiritual
da natureza foi a maior motivação de muitos monges e fanáticos de vários
credos e religiões ao longo da história, em busca de Deus e iluminação.
Um exemplo dos “Padres do Deserto” foram os cristãos eremitas do
terceiro século, que abandonaram cidades “pagãs” para viver na solidão
do deserto no Egito. Entre os mais conhecidos estava Antônio, o Grande,
que foi o primeiro a ir diretamente para o deserto, uma mudança drástica
que contribuiu para a sua fama.
*Com informações da Mother Nature Network
(EcoD)Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/30/05/2012
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