domingo, 18 de novembro de 2012

Ter boas maneiras é fundamental

É mais do que sabido e sentido que vivemos tempos de profundas dificuldades, que acarretam inevitáveis reflexos na disposição e no comportamento individual e, portanto, com consequências nas relações interpessoais.

Com os diversos constrangimentos pessoais e face aos tremendos desafios que a Humanidade enfrenta, a vários níveis, passam-se as horas e os dias sem que haja tempo para parar, reflectir e decidir mudar pequenos gestos e atitudes do quotidiano. No meio da azáfama, e engolidos pela realidade por vezes dramática, perderam-se (ou relegaram-se para um plano muito inferior) as boas maneiras, a delicadeza, a gentileza, o civismo. É minha convicção que agora, mais do que nunca, precisamos de ser educados, gentis e, sobretudo, solidários.

• Vale a pena tentar alterar pequenos e simples comportamentos que "at the end of the day" poderão fazer uma (grande) diferença.
• Vale a pena ser pontual, respeitando o tempo dos outros.
• Vale a pena saudar e cumprimentar, pedir desculpa e agradecer.
• Vale a pena corrigir permanentemente as nossas crianças e adolescentes.
• Vale a pena ser tolerante nas filas e no trânsito.
• Vale a pena ceder a vez ou o lugar aos mais velhos, às grávidas, a quem transporta crianças pequenas, aos incapacitados ou, simplesmente, a quem sentirmos que precisa.
• Vale a pena tratar bem quem nos atende e serve, requerendo um tratamento semelhante.
• Vale a pena responder à comunicação que nos é dirigida e que exige resposta.
• Vale a pena usar o telemóvel com bom senso.
• Vale a pena comportar-se com correcção à mesa.
• Vale a pena ajudar quem precisa, como se pode e se consegue.

Então, se tudo isto é tão simples (nenhuma das atitudes acima descritas requer significativo dispêndio de tempo ou tem qualquer custo económico) porque é que grande parte das vezes não se verifica?

Porque, na realidade, para agir dentro dos padrões do que é socialmente considerado como "ter boas maneiras" são necessários pequeníssimos sacrifícios pessoais que nem sempre se está na disposição de fazer - é preciso estar atento, cultivar o dom da tolerância, praticar o autodomínio mas, acima de tudo, respeitar e pensar no outro.

Vale a pena porque, afinal, o quotidiano já é tão difícil que, garantidamente, nada se ganha com a grosseria. Vale a pena sorrir e prosseguir, tentando sempre, cada vez mais e melhor, agir com boas maneiras!

E, acima de tudo, vale a pena lembrar que o importante são as pessoas.
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Por Cristina Fernandes
Fonte: Site de Portugal:  http://www.sabado.pt/Cronicas/Protocolo/Ter-boas-maneiras-e-fundamental.aspx

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