Claudio Sebenelo*
Convivemos com constrangedores dados sociais, em descompasso com os
progressos econômicos. Nosso IDH, na 86ª posição, soa como alerta. Vide o
desempenho de setores mais indefesos: o da criança, o idoso, a ecologia
e áreas do governo, educação e saúde, de performances calamitosas.
Os “oscarizáveis” mostram como a sétima arte pode ser denúncia e clamor social. Amor é um libelo contra a exclusão do idoso e uma terna mensagem de atenção a este crescente segmento da sociedade, tão negligenciado.
É conhecida dos administradores a questão do idoso, por vezes agredido intrafamiliarmente, extorquido, abandonado, maltratado nas clínicas e condenado ao esquecimento.
Jean Louis Trintignant e Emanuelle Riva formam o casal de alto padrão econômico e sensibilidade intelectual que, por uma doença cerebral progressiva da protagonista, têm suas expectativas de vida e fusão conjugal sacudidas.
Quando a doença os envolve, é visível a ênfase do diretor à omissão da família, à violência de estranhos; sofisticados recursos tecnológicos de movimentação e repouso, o “home care”, pela aversão ao hospital, evidenciam a transformação do ambiente, a piora da enferma, o desânimo!
Conhecidos desde a Nouvelle Vague, os atores principais sustentam o drama premiado com a Palma de Ouro 2012 em Cannes. Quando se registra o aumento da longevidade do ser humano, há a emergência de outras necessidades. Em cena, as perdas e as novas exigências são preenchidas pelo amor. Imperdível!
Seria imprescindível aos dirigentes, em especial aos responsáveis pela assistência social, assistir a essa obra-prima. Preciosa ocasião de compreen- der a tragédia decorrente da doença do idoso e a perda pela exclusão, em todas as sociedades, da sabedoria do velho. E de tomarmos consciência da omissão do Estado (lato senso) e de pensar, agir e então, resgatar, uma das maiores desumanidades contemporâneas.
Entre a excelência dos textos legais de proteção ao idoso e nossa triste realidade, há grande distância.
Os “oscarizáveis” mostram como a sétima arte pode ser denúncia e clamor social. Amor é um libelo contra a exclusão do idoso e uma terna mensagem de atenção a este crescente segmento da sociedade, tão negligenciado.
É conhecida dos administradores a questão do idoso, por vezes agredido intrafamiliarmente, extorquido, abandonado, maltratado nas clínicas e condenado ao esquecimento.
Jean Louis Trintignant e Emanuelle Riva formam o casal de alto padrão econômico e sensibilidade intelectual que, por uma doença cerebral progressiva da protagonista, têm suas expectativas de vida e fusão conjugal sacudidas.
Quando a doença os envolve, é visível a ênfase do diretor à omissão da família, à violência de estranhos; sofisticados recursos tecnológicos de movimentação e repouso, o “home care”, pela aversão ao hospital, evidenciam a transformação do ambiente, a piora da enferma, o desânimo!
Conhecidos desde a Nouvelle Vague, os atores principais sustentam o drama premiado com a Palma de Ouro 2012 em Cannes. Quando se registra o aumento da longevidade do ser humano, há a emergência de outras necessidades. Em cena, as perdas e as novas exigências são preenchidas pelo amor. Imperdível!
Seria imprescindível aos dirigentes, em especial aos responsáveis pela assistência social, assistir a essa obra-prima. Preciosa ocasião de compreen- der a tragédia decorrente da doença do idoso e a perda pela exclusão, em todas as sociedades, da sabedoria do velho. E de tomarmos consciência da omissão do Estado (lato senso) e de pensar, agir e então, resgatar, uma das maiores desumanidades contemporâneas.
Entre a excelência dos textos legais de proteção ao idoso e nossa triste realidade, há grande distância.
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*Médico
Fonte: ZH on line, 25/01/2013
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