sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

ALLEGRO

Vinicius de Moraes

Sente como vibra
Doidamente em nós
Um vento feroz
Estorcendo a fibra

Dos caules informes
E as plantas carnívoras D
e bocas enormes
Lutam contra as víboras

E os rios soturnos
Ouve como vazam
A água corrompida

E as sombras se casam
Nos raios noturnos
Da lua perdida.

http://www.correiobraziliense.com.br/impresso/ 19/12/2008

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