Vale a pena aqui recordar o texto composto por santo Agostinho, por ocasião da morte de sua mãe, santa Mônica, mulher piedosa que, pelo exemplo e oração, converteu o filho e o marido: “A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, continuo sendo. Deem- me o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês fizeram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas e eu estou vivendo no mundo do Criador. Não utilizem um tom solene ou triste. Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem, pensem em mim. Rezem por mim. Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo, sem nenhum traço de sombra ou tristeza. A vida significa tudo o que ela sempre significou. O fio não foi cortado. Porque eu estarei fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de sua vista? Eu não estou longe, apenas do outro lado do caminho. Você que aí ficou siga em frente! A vida continua linda e bela como sempre foi”.
(Do livro Confissões, St.Agostinho).
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