Pedro Gordilho*
Crédito @Pixabay/Domínio Público
“Gosto
de ouvir‐me
falar.
É este
um
de meus
maiores
prazeres.
Amiúde
converso
longamente
comigo
e sou
tão
inteligente
que por vezes
não entendo
uma única
palavra
do que
estou
dizendo.”
Oscar Wilde
Oscar Wilde (1854 – 1900): é o nome que sugere inteligência superior,
surpresa e estupefação. Entre os escritores identificados com a década
de 1890 ele é o único que ainda se lê. Os vários rótulos aplicados à
época – decadência, excesso de esteticismo – não deveriam ocultar o fato
de que a primeira ligação do leitor com a década é Oscar Wilde,
fulgurante, majestoso, pronto para a admiração. Ele repetiu sempre sua
velha divisa: “Coloquei o talento em meus livros e obras teatrais, mas
meu gênio eu o coloquei em minha vida”.
Procura‐se em vão detalhes da primeira visita de Wilde a Paris em
julho de 1874. Foi a clássica odisséia dos jovens de boa família,
visitando a cidade mais bonita do mundo na véspera de seu ingresso na
universidade. Era um personagem singular: muito alto, mais de um metro e
oitenta, desajeitado. Tinha os cabelos muito longos, separados ao meio.
Seu rosto era incolor, olhos pesados. Nosso registro começa em 19 de
dezembro de 1891. Ele se hospeda inicialmente no Hotel designado como
mais grandioso dos grandes hotéis, o Continental, situado na rua de
Castiglione. (hoje Hotel Westin). Pouco depois ele atravessa o Sena para
se estabelecer no Hotel Voltaire (no cais do mesmo nome), endereço
favorito dos intelectuais da época. Esse hotel fica entre o Museu
D’Orsay e a École. Sup. de Beaux Arts.
Logo conheceu um jovem inglês residente em Paris, Robert Sherard, o
qual, quando se falou dos tesouros expostos no Museu do Louvre, ousou
declarar que ele jamais havia posto os pés no museu, dizendo que, quando
se menciona esse nome, ele pensava sempre nos Grands Magasins du
Louvre, onde se achavam as gravatas mais baratas de Paris. Divertido
pela visão de Sherard, Wilde o convida a jantar consigo e logo que ele
entra na suíte de Wilde, no segundo andar do hotel Voltaire, Sherard
admira a vista sobre o rio e o Louvre, exatamente em frente, e faz
comentários sobre a beleza do lugar. “Oh, respondeu Wilde, isso não tem
nenhuma importância, salvo pelo dono do hotel que, certamente, o inclui
na nota. Um gentleman não olha jamais pela janela.”
O jovem inglês acompanha seu novo amigo em visita a pintores da
época, como Edgar Degas e Camille Pissarro. É graças a memória de
Sherard que ficou conhecida o encontro de Wilde com Paul Verlaine, que
havia, já então, passado dois anos detido por ter atirado em Arthur
Rimbaud.
Na segunda permanência prolongada em Paris no mesmo ano de 1891 ele aluga um apartamento num prédio situado no 29 Boulevard des Capucines, que não existe mais nos dias correntes (hoje existe no local uma loja New Man). Tinha um novo amigo, o crítico literário Marcel Schwob, já muito admirado, apesar de ter apenas vinte e sete anos. Graças ao jovem crítico literário, Wilde encontra uma das pessoas menos simpáticas do circulo literário parisiense, Léon Daudet. Schwob era judeu, Daudet era um polemista notoriamente anti‐semita, mas eles eram amigos desde o período escolar. A permanência de Wilde em Paris lhe trouxe muitos convites para almoços e jantares e mereceu a atenção da imprensa. O artigo mais lido foi o do Jornal Fígaro. Na crônica é lembrada a popularidade do homenageado nos países de língua inglesa e a grande influência que ele estava exercendo sobre a França, acrescentando‐ se que nenhum escritor exerceu igual fascínio sobre os franceses de seu tempo, depois de Victor Hugo e do romantismo.
Suas idéias já estavam sendo propagadas, tais como “a arte não é a imitação da natureza. É a natureza que deve imitar a arte.” A presença do escritor era a garantia do sucesso da soirée. Mas ele prefere os artistas e gosta de dizer que ele se interessa exclusivamente pelas pessoas que são belas. Ele gostava de escandalizar. Seu poeta favorito era Baudelaire.
E Marcel Proust? Ele era um desconhecido, não era ainda uma celebridade. Proust tinha apenas vinte anos e convidou Wilde para jantar em sua casa.
Na segunda permanência prolongada em Paris no mesmo ano de 1891 ele aluga um apartamento num prédio situado no 29 Boulevard des Capucines, que não existe mais nos dias correntes (hoje existe no local uma loja New Man). Tinha um novo amigo, o crítico literário Marcel Schwob, já muito admirado, apesar de ter apenas vinte e sete anos. Graças ao jovem crítico literário, Wilde encontra uma das pessoas menos simpáticas do circulo literário parisiense, Léon Daudet. Schwob era judeu, Daudet era um polemista notoriamente anti‐semita, mas eles eram amigos desde o período escolar. A permanência de Wilde em Paris lhe trouxe muitos convites para almoços e jantares e mereceu a atenção da imprensa. O artigo mais lido foi o do Jornal Fígaro. Na crônica é lembrada a popularidade do homenageado nos países de língua inglesa e a grande influência que ele estava exercendo sobre a França, acrescentando‐ se que nenhum escritor exerceu igual fascínio sobre os franceses de seu tempo, depois de Victor Hugo e do romantismo.
Suas idéias já estavam sendo propagadas, tais como “a arte não é a imitação da natureza. É a natureza que deve imitar a arte.” A presença do escritor era a garantia do sucesso da soirée. Mas ele prefere os artistas e gosta de dizer que ele se interessa exclusivamente pelas pessoas que são belas. Ele gostava de escandalizar. Seu poeta favorito era Baudelaire.
E Marcel Proust? Ele era um desconhecido, não era ainda uma celebridade. Proust tinha apenas vinte anos e convidou Wilde para jantar em sua casa.
Wilde chega na casa dos Proust, 9 Boulevard Malesherbes. Marcel chega
um pouco atrasado e o empregado informa que Wilde chegou cedo e se
trancou no banheiro e que continua lá. Marcel lhe dirige a palavra
através da porta: “O Sr. não está bem?” Wilde responde que está muito
bem. “Teria o prazer de jantar com o Sr., mas eu vi que o seus pais
estavam na sala e eu não me senti bem de ficar na companhia deles”. E
conclui: “Adeus, caro Monsieur Proust.” Depois os pais de Marcel
disseram‐lhe que Wilde tinha dito ao entrar no salão: “Como é disforme e
mal decorada sua casa”.
Depois foi apresentado a André Gide. Este logo foi seduzido por Oscar Wilde. Nesses primeiros dias de amizade, Gide não resistiu a Wilde. Os biógrafos recordam que quando Wilde contava suas histórias, Gide fitava distraidamente o fundo do prato. O barbudo Jules Renard encontrou Gide na casa de Schwob logo depois de Wilde voltar para Inglaterra. Também ele julgou Gide apaixonado por Wilde mas Gide nunca revelou seus sentimentos, embora confessasse viver um processo que lhe foi vital, sem precisar o que de fato aconteceu. Ele forneceu apenas pormenores para sugerir a natureza de uma típica amizade com Oscar Wilde.
1892 foi um ano particularmente fecundo para o dramaturgo Wilde e foi também o ano de lazer. Ele se cercou de amigos masculinos – de gentlemen, mas também de rapazes de programa –, ficando negligente com seus encontros. Foi nessa época que se intensificaram suas relações com o jovem Lord Alfred Douglas.
O ambiente londrino era contrario. Ele ajuizou processo de difamação contra o pai do seu preferido Douglas, que o tratava de sodomita. O conformismo e a discrição não eram suas virtudes preferidas: homem de espírito provocador, ele continuou desafiando as conveniências numa sociedade marcada pela hipocrisia. Foi condenado. Na França dizia‐se que a história do pensamento assistia, indignada, a destruição implacável, pelo Tribunal inglês, de um escritor e de uma obra notável. Em novembro de 1895, um americano residente em Paris, Stuart Merrill, que trabalhava em francês e tinha ajudado Wilde a traduzir Salomé para o inglês, busca constituir uma lista de signatários ilustres, afim de enviar uma petição à Rainha Vitória solicitando uma graça completa, ou, senão, uma comutação da pena aplicada ao escritor inglês.
Depois foi apresentado a André Gide. Este logo foi seduzido por Oscar Wilde. Nesses primeiros dias de amizade, Gide não resistiu a Wilde. Os biógrafos recordam que quando Wilde contava suas histórias, Gide fitava distraidamente o fundo do prato. O barbudo Jules Renard encontrou Gide na casa de Schwob logo depois de Wilde voltar para Inglaterra. Também ele julgou Gide apaixonado por Wilde mas Gide nunca revelou seus sentimentos, embora confessasse viver um processo que lhe foi vital, sem precisar o que de fato aconteceu. Ele forneceu apenas pormenores para sugerir a natureza de uma típica amizade com Oscar Wilde.
1892 foi um ano particularmente fecundo para o dramaturgo Wilde e foi também o ano de lazer. Ele se cercou de amigos masculinos – de gentlemen, mas também de rapazes de programa –, ficando negligente com seus encontros. Foi nessa época que se intensificaram suas relações com o jovem Lord Alfred Douglas.
O ambiente londrino era contrario. Ele ajuizou processo de difamação contra o pai do seu preferido Douglas, que o tratava de sodomita. O conformismo e a discrição não eram suas virtudes preferidas: homem de espírito provocador, ele continuou desafiando as conveniências numa sociedade marcada pela hipocrisia. Foi condenado. Na França dizia‐se que a história do pensamento assistia, indignada, a destruição implacável, pelo Tribunal inglês, de um escritor e de uma obra notável. Em novembro de 1895, um americano residente em Paris, Stuart Merrill, que trabalhava em francês e tinha ajudado Wilde a traduzir Salomé para o inglês, busca constituir uma lista de signatários ilustres, afim de enviar uma petição à Rainha Vitória solicitando uma graça completa, ou, senão, uma comutação da pena aplicada ao escritor inglês.
São vários os signatários ilustres, tais como Emile Zola, Alphonse
Daudet, Edmond de Goncourt, José Maria de Heredia, entre muitos outros.
Em primeiro de junho de 1896, La Revue Blanche, sempre aberta a uma rica diversidade de opiniões (foi ela que apresentou Tolstoi ao público francês, bem como Ibsen), cujo crítico musical era Debussy e Léon Blum o crítico literário, oferece suas páginas a Lord Alfred Douglas, que aceita o convite e escreve para defender Oscar Wilde.
Depois de cumprida a pena, segue‐se uma temporada em Dieppe, onde Wilde se sente à vontade. E escreve: “Eu quero dizer que sou sempre profundamente agradecido à França de me ter reconhecido como artista no tempo de minha humilhação, e também a que ponto eu sou grato aos homens de letras franceses, os quais, ao se colocarem em defesa de meus direitos, melhoraram bastante as minhas condições dentro de uma prisão inglesa”.
Ignora‐se o que traz Wilde a recomeçar na Rue des Beaux‐Arts (onde acabaria sua vida). Mas parecia uma excelente escolha para um homem sem dinheiro que amava Paris. Pois era uma rua contigua à entrada monumental da Escola de Belas Artes, cujo edifício central fôra construído à época de Luiz XVIII. Virando‐se à direita, na rua Bonaparte, estava‐se a poucos passos da margem do Sena, diante do Palácio do Louvre.
Na mesma Rua das Belas Artes ele transporta suas malas para se estabelecer no Hotel D’Alsace, atualmente L’Hotel. Ele não deixaria mais o Hotel D’Alsace, onde morreu.
A vida foi se tornando mais difícil e a saúde muito precária. A intoxicação por mexilhões, que começara no verão de 1899, provocou manchas vermelhas nos braços, peito e costas de Wilde. Para o médico tratava‐se de neurastenia, não de intoxicação por mexilhões. Não era sífilis. Mas a doença era, quase com certeza, de origem sifilítica. Ele escreve aos amigos: “O necrotério me espera. Vou e vejo que lá existe uma cama de zinco.” E acrescenta: “Deveríamos viver como se a morte não existisse. Deveríamos morrer como se nunca tivéssemos vivido.” Foi ficando evidente que Wilde não se recuperava. Registraram‐se períodos de delírio e palavras desconexas em inglês e francês. O amigo Ross hesita entre buscar ou não um padre. Não tinha certeza quanto aos desejos de Wilde. Muito tempo antes o escritor lhe dissera: “O catolicismo é a única religião com a qual se pode morrer.” E, três semanas antes de sua morte, declarou a um correspondente de jornal: “Muito de meu desvio moral deve‐se ao fato de meu pai não ter me permitido que eu me tornasse católico. O espectro artístico da igreja e o efeito de sua doutrina teriam debelado minha degeneração. Pretendo receber os sacramentos em breve.” No dia 30 de novembro de 1900 Wilde morreu.
Em primeiro de junho de 1896, La Revue Blanche, sempre aberta a uma rica diversidade de opiniões (foi ela que apresentou Tolstoi ao público francês, bem como Ibsen), cujo crítico musical era Debussy e Léon Blum o crítico literário, oferece suas páginas a Lord Alfred Douglas, que aceita o convite e escreve para defender Oscar Wilde.
Depois de cumprida a pena, segue‐se uma temporada em Dieppe, onde Wilde se sente à vontade. E escreve: “Eu quero dizer que sou sempre profundamente agradecido à França de me ter reconhecido como artista no tempo de minha humilhação, e também a que ponto eu sou grato aos homens de letras franceses, os quais, ao se colocarem em defesa de meus direitos, melhoraram bastante as minhas condições dentro de uma prisão inglesa”.
Ignora‐se o que traz Wilde a recomeçar na Rue des Beaux‐Arts (onde acabaria sua vida). Mas parecia uma excelente escolha para um homem sem dinheiro que amava Paris. Pois era uma rua contigua à entrada monumental da Escola de Belas Artes, cujo edifício central fôra construído à época de Luiz XVIII. Virando‐se à direita, na rua Bonaparte, estava‐se a poucos passos da margem do Sena, diante do Palácio do Louvre.
Na mesma Rua das Belas Artes ele transporta suas malas para se estabelecer no Hotel D’Alsace, atualmente L’Hotel. Ele não deixaria mais o Hotel D’Alsace, onde morreu.
A vida foi se tornando mais difícil e a saúde muito precária. A intoxicação por mexilhões, que começara no verão de 1899, provocou manchas vermelhas nos braços, peito e costas de Wilde. Para o médico tratava‐se de neurastenia, não de intoxicação por mexilhões. Não era sífilis. Mas a doença era, quase com certeza, de origem sifilítica. Ele escreve aos amigos: “O necrotério me espera. Vou e vejo que lá existe uma cama de zinco.” E acrescenta: “Deveríamos viver como se a morte não existisse. Deveríamos morrer como se nunca tivéssemos vivido.” Foi ficando evidente que Wilde não se recuperava. Registraram‐se períodos de delírio e palavras desconexas em inglês e francês. O amigo Ross hesita entre buscar ou não um padre. Não tinha certeza quanto aos desejos de Wilde. Muito tempo antes o escritor lhe dissera: “O catolicismo é a única religião com a qual se pode morrer.” E, três semanas antes de sua morte, declarou a um correspondente de jornal: “Muito de meu desvio moral deve‐se ao fato de meu pai não ter me permitido que eu me tornasse católico. O espectro artístico da igreja e o efeito de sua doutrina teriam debelado minha degeneração. Pretendo receber os sacramentos em breve.” No dia 30 de novembro de 1900 Wilde morreu.
Foi um enterro de sexta classe. O caixão era ordinário, o carro
fúnebre, velho. A missa de requiem foi celebrada na Igreja de
Saint‐Germain‐de‐Près, abrindo‐ se apenas uma porta lateral para os
acompanhantes. Quatro carruagens apenas seguiram o carro fúnebre. Lá
estiveram Ross, Douglas, Turner, Madame Stuart Merrill e pessoas
desconhecidas. Gide disse que apenas sete pessoas acompanharam o caixão.
Ele foi enterrado no túmulo 11 da sétima fileira da 17a sétima seção em
Bagneux, no dia 3 de dezembro de 1900. Uma lapide simples, circundada
por uma grade de ferro, foi gravada com a inscrição do livro de Jó:
“Quando acabava de falar, ninguém replicava, minhas palavras ficavam
gotejando sobre eles” (Jó, XXIX) Ross escreveu a um dos amigos de Wilde:
“Ele foi muito infeliz e teria sido ainda mais infeliz à medida que o
tempo passasse.”
Os restos mortais foram depois transferidos para o cemitério parisiense de Père Lachaise quando, em 1909, lá se instalou o monumento funerário de Epstein. Quando da morte de Ross, em 1918, seu testamento determinava que se depositassem suas cinzas no tumulo. No monumento lêem‐se os dizeres extraídos de A balada da prisão de Reading:
“E lágrimas alheias por ele encherão
a urna da piedade há muito violada,
pois os que o prantearam serão proscritos,
e proscritos sempre pranteiam.”
“Há algo de vulgar em todo êxito”, disse Wilde a O’Sullivan. “Os homens mais notáveis fracassam, ou parecem fracassar.” Mas não é o que se vê atualmente no lindíssimo monumento funerário existente no cemitério. A presença de jovens, de adultos, de curiosos e a inumerável quantidade de mensagens escritas e marcas de beijos impressiona, certificando a atualidade do notável escritor, falecido cento e dez anos atrás.
Os restos mortais foram depois transferidos para o cemitério parisiense de Père Lachaise quando, em 1909, lá se instalou o monumento funerário de Epstein. Quando da morte de Ross, em 1918, seu testamento determinava que se depositassem suas cinzas no tumulo. No monumento lêem‐se os dizeres extraídos de A balada da prisão de Reading:
“E lágrimas alheias por ele encherão
a urna da piedade há muito violada,
pois os que o prantearam serão proscritos,
e proscritos sempre pranteiam.”
“Há algo de vulgar em todo êxito”, disse Wilde a O’Sullivan. “Os homens mais notáveis fracassam, ou parecem fracassar.” Mas não é o que se vê atualmente no lindíssimo monumento funerário existente no cemitério. A presença de jovens, de adultos, de curiosos e a inumerável quantidade de mensagens escritas e marcas de beijos impressiona, certificando a atualidade do notável escritor, falecido cento e dez anos atrás.
Referencias bibliográficas
Herbert Lottman, Oscar Wilde à Paris, Fayard, Librairie Aithème Fayard, pour la traduction française, 2007.
Richard Ellmann, Oscar Wilde, trad. José Antonio Arantes, Cia. das Letras, 1989.
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* Advogado. Sócio do Gordilho, Pavie e Aguiar Advogados
Fonte: http://jota.info/
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