segunda-feira, 26 de julho de 2010

Um mês muito quente no planeta


Dados do governo dos Estados Unidos e da China apontam que 2010
está sendo o ano com temperatura mais alta
desde o início de seus registros

Parece piada falar de calor em meio ao frio histórico que o sul do Brasil está vivendo nas últimas semanas. Ocorre que, no hemisfério norte, as temperaturas estão também batendo recordes, mas positivos.

O mês passado foi o junho mais quente registrado no mundo e o quarto mês consecutivo em que os recordes de temperatura na terra e no mar foram quebrados. A informação é do Centro de Dados Climáticos do governo norte-americano.

Os números divulgados em 15 de julho pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa, na sigla em inglês) sugerem que 2010 está se tornando o ano mais quente desde que os registros tiveram início, em 1880.

De acordo com a Noaa, junho foi o 304º mês consecutivo com a temperatura combinada de terra e superfície acima da média no século 20. O último mês com temperaturas abaixo da média foi fevereiro de 1985.

Ainda de acordo com o órgão, todas as 10 temperaturas globais mais quentes desde 1880 ocorreram nos últimos 15 anos, com os primeiros seis meses mais quentes da história registrados acontecendo em 1998.

As anomalias no clima incluem a Espanha, que vivenciou a sua temperatura mais fria desde 1997 em junho, e Guizhou, no sul da China, que teve seu junho mais frio também neste ano.

Enquanto isso, de acordo com o Centro Climático de Beijing, as províncias de Inner Mongolia, Heilongjiang e Jilin vivenciaram o junho mais quente em seus registros, iniciados em 1951.

Os cientistas expressaram surpresa com a temperatura da superfície terrestre em junho, que excedeu os recordes anteriores.

– Essa grande diferença na superfície contribuiu fortemente para a anomalia na temperatura da Terra e dos oceanos – disse John Leslie, porta-voz do Noaa.

Dados do satélite do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos EUA mostram que a extensão de gelo no mar no Ártico está em seu nível mais baixo para qualquer junho desde que os registros do satélite se iniciaram, em 1979.

A casca de gelo sobre o Ártico cresce a cada inverno e encolhe no verão, alcançando seu ponto mais baixo do ano em setembro. Em junho, o gelo diminuiu em uma média de 88 mil quilômetros quadrados por dia.

Em um sinal a mais do aquecimento do mundo, a geleira Jakobshavn Isbrae, uma das maiores na Groenlândia, perdeu sete quilômetros quadrados de pedaços de gelo entre 6 e 7 de julho – uma das maiores perdas únicas de uma geleira registrada.

AS ANOMALIAS PELO MUNDO

> As 10 temperaturas globais mais quentes desde 1880 ocorreram nos últimos 15 anos

> A Espanha registrou neste mês sua temperatura mais baixa no verão desde 1997

> Províncias chinesas tiveram seu junho mais quente desde 1951

> O gelo no Ártico diminuiu em uma média de 88 mil quilômetros quadrados por dia
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Fonte: ZH online, 26/07/2010

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