segunda-feira, 19 de julho de 2010

Religião no ambiente de trabalho exige tato e respeito


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Sem proselitismo, mas também sem discriminação

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Por EILEEN ZIMMERMAN
The New York Times

Dúvida. Você quer tirar uma folga para uma cerimônia religiosa que não ocorre em um feriado remunerado. Deve dizer o motivo ao seu diretor, ou apenas tirar uma folga pessoal?
Resposta. É uma boa ideia ser franco a respeito, segundo Mary Hladio, executiva-chefe da Ember Carriers, consultoria de desenvolvimento organizacional em Ohio.
Fale com seu diretor em particular, para que ele compreenda por que a folga é importante, diz Hladio. Se você não tiver folgas pessoais não pagas, mas não quiser usar dias de férias, ofereça-se para repor o tempo, diz Laurie Beth Jones, executiva-chefe do Jones Group, consultoria em San Diego, Califórnia, e autora de "Jesus, Career Counselor".
"Tenha consciência de como o seu pedido afeta o resto da sua equipe", diz Jones, "e faça o aviso com a maior antecedência possível".

Dúvida. E que tal pedir coisas como espaço separado no armário para comida kosher, ou a possibilidade de rezar várias vezes por dia?
Resposta. Se você fizer o pedido de maneira respeitosa, é mais provável que seu chefe e seus colegas se disponham a colaborar, diz Douglas A. Hicks, professor de estudos de liderança e religião na Universidade de Richmond, na Virgínia, e autor de "Religion and the Workplace".
Os empregadores geralmente definem o limite como qualquer coisa que perturbe o local de trabalho, diz Hladio. "Se usar um véu for considerado por outros funcionários como excesso de religião, seu diretor pode dizer não, embora geralmente exista espaço para discussão."

Dúvida. Está certo colocar símbolos ou frases religiosas em seu escritório ou cubículo?
Resposta. Sim, desde que os que estão ao seu redor não sejam distraídos por eles ou os considerem ofensivos. Tenha certeza de que qualquer coisa religiosa esteja em seu espaço privado. "A política da maioria das empresas reza que dentro de sua sala ou seu cubículo você pode pôr o que quiser", diz Hladio.
Mas, se você receber clientes em seu escritório, diz Joshua Zuckerberg, sócio da firma de advocacia Pryor Cashman, em Manhattan, tenha em mente que é um lugar para realizar negócios -e que isso precisa ficar claro para os clientes.
"Você não quer dar a impressão de que está fazendo proselitismo", diz Zuckerberg, ou "impondo suas opiniões aos outros".

Dúvida. Se o seu empregador lhe disser que não é aceitável expressar sua religião no trabalho, isso é discriminação religiosa?
Resposta. A lei de muitos países diz que você tem o direito de não sofrer discriminação baseada em religião, mas isso é geralmente em casos de discriminação evidente, como ser demitido ou não contratado por causa de sua crença, diz Zuckerberg.

Dúvida. Às vezes você quer conversar sobre coisas relacionadas à sua fé. Isso é apropriado no trabalho?
Resposta. O importante é ser sensível à reação que você recebe dos outros. "Se eles parecerem desinteressados ou desconfortáveis, você deve parar", diz Zuckerberg. "É uma questão de respeito mútuo."
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Fonte: Folha on line, 19/07/2010

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