Slavoj Zizek falou sobre Marx, Hegel e papel do Estado
O
esloveno Slavoj Zizek soube da morte do presidente venezuelano Hugo
Chávez pouco antes da palestra que ministrou na Câmara de Vereadores na
terça. Chávez acabou ocupando tanto espaço em sua fala quanto Hegel e
Marx, os temas oficiais da conferência, parte do seminário Marx: a
Criação Destruidora.
Zizek abriu sua palestra lembrando que já fez críticas ao governo de Hugo Chávez, principalmente a sua política externa, que buscava um alinhamento com figuras autoritárias como o presidente do Irã, Ahmadinejad, e o ditador de Belarus, Alexander Lukashenko. Pretendia ser mais crítico, mas a notícia da morte de Chávez provocou uma mudança de direção.
– Não é o momento de sermos demasiadamente críticos agora com ele. As limitações de Chávez foram as limitações do momento presente, mas é preciso deixar bem claro que ele era um de nós – disse.
Falando em inglês fluente com pesado sotaque, no estilo frenético com que parece sublinhar cada declaração com o próprio corpo, Zizek dissertou sobre os desafios da esquerda em um momento de hegemonia do capitalismo – e ressaltou que é inútil demonizá-lo. A revolução total não vira mais, disse. Ao mesmo tempo, criticou a ilusão da socialdemocracia ou da democracia direta. Reforçou a necessidade de presença do Estado.
– A população quer um Estado que tome decisões para que elas possam se dedicar a suas vidas.
--------------------
Zizek abriu sua palestra lembrando que já fez críticas ao governo de Hugo Chávez, principalmente a sua política externa, que buscava um alinhamento com figuras autoritárias como o presidente do Irã, Ahmadinejad, e o ditador de Belarus, Alexander Lukashenko. Pretendia ser mais crítico, mas a notícia da morte de Chávez provocou uma mudança de direção.
– Não é o momento de sermos demasiadamente críticos agora com ele. As limitações de Chávez foram as limitações do momento presente, mas é preciso deixar bem claro que ele era um de nós – disse.
Falando em inglês fluente com pesado sotaque, no estilo frenético com que parece sublinhar cada declaração com o próprio corpo, Zizek dissertou sobre os desafios da esquerda em um momento de hegemonia do capitalismo – e ressaltou que é inútil demonizá-lo. A revolução total não vira mais, disse. Ao mesmo tempo, criticou a ilusão da socialdemocracia ou da democracia direta. Reforçou a necessidade de presença do Estado.
– A população quer um Estado que tome decisões para que elas possam se dedicar a suas vidas.
--------------------
Reportagem por CARLOS ANDRÉ MOREIRA
Fonte: ZH on line, 07/03/2013
Imagem da Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário