quarta-feira, 27 de março de 2013

Cresce a procura por cemitérios de animais


Dona Cleusa visita a sepultura de seus cães quase todos os dias - Divulgação

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Dona Cleusa visita a sepultura de seus cães quase todos os dias
 

Cada vez mais fazendo parte das famílias, bichos já contam até com crematórios

FRANCA - Considerados por muitos como membros da família, os animais já contam com cemitérios e até crematórios em algumas partes do País. E a procura por um lugar para destinar o bicho de estimação não para de crescer, assim como o interesse de construção de novos locais. O problema é que o trâmite para uma obra assim é o mesmo de um cemitério para humanos e conseguir alguns documentos, como a licença ambiental, não é tão simples.

No interior paulista existem cemitérios de animais em cidades como Botucatu, Sorocaba e Campinas. Todos são particulares e os donos desembolsam de R$ 180 a R$ 850 para enterrarem seus bichos. E não são apenas cães e gatos que têm direito a funeral, pois, esses locais também já receberam pássaros, papagaio, lebre, tartaruga e até peixinhos de estimação.

Segundo Clóvis Bettus, proprietário do Cemitério de Animais de Botucatu, um dos mais antigos do interior de São Paulo - com 11 anos de vida, diz que antes sepultava em torno de quatro animais por mês, mas hoje chega a ser esse número por dia. Ele conta que resolveu criar o local com a morte de seu cão da raça king Cocker, pois na época não havia opção para dar um final digno ao seu fiel amigo. Através de uma sobrinha que morava na Europa veio a ideia de fazer um cemitério, coisa que já era comum em países como França, Inglaterra e Alemanha.

Hoje o local já conta com 3.546 animais e recebe visitantes como Dona Cleusa, que quase todos os dias visita as sepulturas de seus dois cães. Também serve de exemplo para outros municípios, tendo recebido nesta semana vereadores de Franca (SP), que sonham em ter na cidade um cemitério municipal para os bichos. Mas Clóvis Bettus confirma que isso não é tão fácil. "É o mesmo que a prefeitura querer construir um aterro sanitário, ou seja, é possível, só que bem complicado", explica.

Crematório

No país também já existem os crematórios, porém, em menor número que os cemitérios e com serviços mais caros (a cremação mais simples não sai por menos de R$ 600). O mais antigo deles foi inaugurado há quase 13 anos em São Bernardo do Campo e custou R$ 5 milhões. O local conta, inclusive, com capela de São Francisco de Assis para fazer orações e prestar homenagens ao bicho, além de salas de velório para a cerimônia de despedida. 
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Reportagem por Rene Moreira, Especial para o Estado
Fonte: Estadão on line, 27/03/2013

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