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Dona Cleusa visita a sepultura de seus cães quase todos os dias
Cada vez mais fazendo parte das famílias, bichos já contam até com crematórios
FRANCA - Considerados por muitos como membros da família, os animais
já contam com cemitérios e até crematórios em algumas partes do País. E a
procura por um lugar para destinar o bicho de estimação não para de
crescer, assim como o interesse de construção de novos locais. O
problema é que o trâmite para uma obra assim é o mesmo de um cemitério
para humanos e conseguir alguns documentos, como a licença ambiental,
não é tão simples.
No interior paulista existem cemitérios de animais em cidades como
Botucatu, Sorocaba e Campinas. Todos são particulares e os donos
desembolsam de R$ 180 a R$ 850 para enterrarem seus bichos. E não são
apenas cães e gatos que têm direito a funeral, pois, esses locais também
já receberam pássaros, papagaio, lebre, tartaruga e até peixinhos de
estimação.
Segundo Clóvis Bettus, proprietário do Cemitério de Animais de
Botucatu, um dos mais antigos do interior de São Paulo - com 11 anos de
vida, diz que antes sepultava em torno de quatro animais por mês, mas
hoje chega a ser esse número por dia. Ele conta que resolveu criar o
local com a morte de seu cão da raça king Cocker, pois na época não
havia opção para dar um final digno ao seu fiel amigo. Através de uma
sobrinha que morava na Europa veio a ideia de fazer um cemitério, coisa
que já era comum em países como França, Inglaterra e Alemanha.
Hoje o local já conta com 3.546 animais e recebe visitantes como Dona
Cleusa, que quase todos os dias visita as sepulturas de seus dois cães.
Também serve de exemplo para outros municípios, tendo recebido nesta
semana vereadores de Franca (SP), que sonham em ter na cidade um
cemitério municipal para os bichos. Mas Clóvis Bettus confirma que isso
não é tão fácil. "É o mesmo que a prefeitura querer construir um aterro
sanitário, ou seja, é possível, só que bem complicado", explica.
Crematório
No país também já existem os crematórios, porém, em menor número que os cemitérios e com serviços mais caros (a cremação mais simples não sai por menos de R$ 600). O mais antigo deles foi inaugurado há quase 13 anos em São Bernardo do Campo e custou R$ 5 milhões. O local conta, inclusive, com capela de São Francisco de Assis para fazer orações e prestar homenagens ao bicho, além de salas de velório para a cerimônia de despedida.
No país também já existem os crematórios, porém, em menor número que os cemitérios e com serviços mais caros (a cremação mais simples não sai por menos de R$ 600). O mais antigo deles foi inaugurado há quase 13 anos em São Bernardo do Campo e custou R$ 5 milhões. O local conta, inclusive, com capela de São Francisco de Assis para fazer orações e prestar homenagens ao bicho, além de salas de velório para a cerimônia de despedida.
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Reportagem por Rene Moreira, Especial para o Estado
Fonte: Estadão on line, 27/03/2013
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