Tornou-se corriqueira a nomenclatura que define características das últimas
gerações. Os que nasceram no pós-guerra até 1960 são os baby boomers, geração
que se opôs às regras do establishment. Geração dos hippies, dos yuppies, do
paz e amor que deu início à revolução sexual.
Os nascidos entre 61 e 80 formam a geração X. São filhos de mães que trabalham fora de casa, pais ausentes ou divorciados. São mais influenciados pelos valores da TV, da escola e dos amigos do que os dos pais e desejam ser mais bem sucedidos na vida que eles. É a primeira geração a tomar contato com a mentalidade trazida pela tecnologia, no Brasil ainda restrita a ambiente de trabalho e estudo, com seus enormes e complicados computadores.
Em seguida, vem a geração Y, ou millenials. Nascidos entre 1981 e 2000, é hoje o principal público de quem deseja evangelizar os jovens. É a geração sob o influxo das indescritivelmente rápidas mudanças tecnológicas. Geração dos PCs, dos Laptops, dos celulares, dos i-phones, dos games e, sobretudo, das redes sociais, facebook, instagram e congêneres. É a geração cuja adolescência e juventude estão imersas no frenético, individualista, relativista e amoral mundo contemporâneo.
Como são os millenials? De que forma foram atingidos pelo boom tecnológico que nos cerca por todos os lados? De que forma a modernidade os atingiu? Como podemos colaborar para a graça de Deus alcançá-los? Como ajudá-los a acolher o amor de Deus? Perguntas com respostas complexas demais para este artigo, porém às quais não podemos nos furtar.
Recentemente recebi cópia de um denso artigo da revista Times intitulado Millenials. O autor diz ter levado mais de um ano em pesquisas e cita opiniões abalizadas de professores, psicólogos, sociólogos e educadores. O resultado foram quatro páginas de realismo contundente e utilíssimo para compreender o jovem-alvo de nossa evangelização e sua forma de relacionar-se com Deus, com o outro e com o mundo.
Os nascidos entre 61 e 80 formam a geração X. São filhos de mães que trabalham fora de casa, pais ausentes ou divorciados. São mais influenciados pelos valores da TV, da escola e dos amigos do que os dos pais e desejam ser mais bem sucedidos na vida que eles. É a primeira geração a tomar contato com a mentalidade trazida pela tecnologia, no Brasil ainda restrita a ambiente de trabalho e estudo, com seus enormes e complicados computadores.
Em seguida, vem a geração Y, ou millenials. Nascidos entre 1981 e 2000, é hoje o principal público de quem deseja evangelizar os jovens. É a geração sob o influxo das indescritivelmente rápidas mudanças tecnológicas. Geração dos PCs, dos Laptops, dos celulares, dos i-phones, dos games e, sobretudo, das redes sociais, facebook, instagram e congêneres. É a geração cuja adolescência e juventude estão imersas no frenético, individualista, relativista e amoral mundo contemporâneo.
Como são os millenials? De que forma foram atingidos pelo boom tecnológico que nos cerca por todos os lados? De que forma a modernidade os atingiu? Como podemos colaborar para a graça de Deus alcançá-los? Como ajudá-los a acolher o amor de Deus? Perguntas com respostas complexas demais para este artigo, porém às quais não podemos nos furtar.
Recentemente recebi cópia de um denso artigo da revista Times intitulado Millenials. O autor diz ter levado mais de um ano em pesquisas e cita opiniões abalizadas de professores, psicólogos, sociólogos e educadores. O resultado foram quatro páginas de realismo contundente e utilíssimo para compreender o jovem-alvo de nossa evangelização e sua forma de relacionar-se com Deus, com o outro e com o mundo.
De acordo com o artigo e outras fontes, os Millenials, ou geração Y seriam:
A geração eu, eu, eu – enquanto os baby boomers teriam inaugurado a geração eu, os millenials teriam exponenciado essa centralização em si em, pelo menos, três vezes, segundo pesquisa.
Personalidade narcisística – ser ia três vezes mais recorrente que nas gerações anteriores. Os pais baby boomers tinham a preocupação de favorecer a autoestima positiva de seus filhos tendo em vista o que consideravam felicidade e sucesso. O resultado foi a criação involuntária de gerações cada vez mais narcisistas.
Onipotência – os millenials têm confiança exagerada em si mesmos, sentem-se onipotentes, o que os faz necessitarem cada vez menos dos adultos, mudarem de emprego simplesmente porque “estão a fim” e se arriscarem a viver indiferentes ao senso comum e regras sociais.
Adolescência tardia – os millenials tendem a ficar na casa dos pais durante mais tempo, não porque precisem deles, mas por pura acomodação, comodismo e ausência de planos de longo prazo. Com relação a autoridades como professores, são capazes de negar-se a dar respostas ou fazer exercícios porque são “muito chatos” e com isso encerram a questão.
Obsessão pela fama – “A geração Y está se inflando como balões no facebook”, afirma W. Keith Campbell, professor de psicologia na Universidade de Georgia, autor de vários livros sobre o tema, inclusive “Quando se ama alguém que só ama a si mesmo”. Os millenials têm nos móveis e paredes de seus quartos e mídias sociais avassaladora quantidade de fotos e informações sobre si mesmos. Falar sobre si mesmos é seu principal assunto. Apressam-se a postar qualquer coisa que os faça curtidos, encaminhados, compartilhados, enfim, famosos. O apreço pela fama instantânea leva-os a expor-se sem ponderações, através de fotos e vídeos bizarros, sexy, que mostre seu talento ou que, de certa forma, chame atenção.
A tecnologia pode levar, sim, o anúncio em
linguagem palatável para o millenial
A evangelização, entretanto, exige o olho no olho, o testemunho de vida, a intercessão e o martírio |
Adictos
da tecnologia – manter a fama ou alçar-se a ela só é possível porque os
millenials tornaram-se viciados em tecnologia. Estima-se que um millenial envie
em média 80 mensagens de celular por dia, inclusive das salas de aula.
Como tendem a não respeitar as autoridades (que veem como pessoas pagas para servi-los) não obedecem quando lhe pedem para desligar ou não utilizar o celular, o i-pad, o tablet ou o i-phone.
Pouco comprometidos – tudo o que está acima mais uma forte tendência ao materialismo, que os faz ignorar a existência de Deus ou acreditar quando lhe convém ou quando está “a fim”, tem como uma das consequências o pouco comprometimento com valores ou pessoas que não sejam eles mesmos e a tela com a qual “se comunicam” ou que lhes serve para a fama. Compromisso fixo semanal ou mensal não é com eles. Compromissos mais sérios como casamento, emprego fixo ou de longo prazo, compromisso com os pais e sua hierarquia de valores, com a fé e instituições tendem a desaparecer do mundo artificial e centrado em si dos millenials.
Ao pesquisar para escrever este artigo, considerei os analistas da geração y por demais críticos e centrados no que tem de negativo. Há, certamente, muitos que nasceram entre 1980 e 2000 e, por alguma razão, não têm as características descritas pelos estudiosos. Dentre outros, são aqueles que tiveram uma experiência com o Ressuscitado, os que não têm acesso irrestrito à internet ou aqueles cujos pais conseguiram formar na fé desde crianças.
A questão de base, porém, continua. Como alcançar e evangelizar essa geração entre 13 e 33 anos? Que linguagem e abordagem utilizar com quem tem tal personalidade narcisista e tamanha indiferença pelo outro? Como atingir quem tem nas mãos o controle sobre o que acessa e pode desligar com uma tecla o anúncio midiático de Jesus?
Todo homem foi criado por Deus e para Ele. A tecnologia pode levar, sim, o anúncio em linguagem palatável para o millenial. A evangelização, entretanto, exige o olho no olho, o testemunho de vida, a intercessão e o martírio. Como transpor o fosso entre a tela e os olhos, entre as teclas e as mãos, entre os caracteres e a voz, entre a solidão e a amizade?
É tarefa para a Nova Evangelização, sem dúvida. Diria mais: tarefa para a Nova Evangelização do Papa Francisco. O papa, na verdade, não se cansa de explicar que o Evangelho que transforma é o do olho no olho, da amizade, da relação, do amor. Tudo isso falta aos millenials típicos e, certamente, os conquistará para o Senhor.
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Texto de Maria
Emmir Nogueira
Formadora da Comunidade Católica Shalon
Formadora da Comunidade Católica Shalon
PARA LER MAIS
Millennials – A geração que está mudando o Mundo
Você
é daquelas pessoas que estão no mundo fazendo a diferença? Revolucionando os
hábitos? Buscando a felicidade em tudo o que fazem? Amam o trabalho? Utilizam a
tecnologia como meio de atingir a plenitude? Põe o coração em tudo o que faz?
Então você é um Millennials.
Longe da geração Woodstock, que por sua importância iniciou um movimento que mudaria radicalmente o mundo na década de 60 e nos anos futuros. Revoluções no comportamento, transformações no cenário político-econômico, avanços tecnológicos nas comunicações, permitiram a que novas gerações pudessem avançar e evoluir. Esta nova geração, que inicia o terceiro milênio, tem suas próprias ideologias, filhos e netos da geração Woodstock, logo compreenderam que deveriam criar suas próprias revoluções, adaptando-se a um mundo em constante mudança.
A expressão Millennials foi utilizada por Niel Howe e William Struass, no livro Millennial Rising. A geração Millennials, também conhecida pela geração Y, nascidos entre 1980 e 2000, e se desenvolveram combatendo os maus hábitos da geração Woodstock, onde grande parte dos comportamentos era de revolta, de busca pela liberdade de expressão, de comportamentos, buscando identidades próprias.
Esta geração logo descobriu que INFORMAÇÃO e OPORTUNIDADE são palavras de ordem, que modificam, revolucionam, oportunizam a todos ao desejoso lugar ao sol, a que todos ansiamos. As organizações que possuem como clientes esta faixa etária precisam entender e compreender como vivem o que aspiram, como veem o mundo das organizações, como se inserem neles e como elas podem tirar proveito disso para aumentar e potencializar suas vendas.
ESTA GERAÇÃO É...
1. Mais saudável, mais esportiva, esta geração luta para abandonar certos vícios como tabagismo, mas, no entanto ainda lutam freneticamente contra o álcool, cujos índices são muito altos nesta faixa de idade. São adeptos ao ar puro, viajam mais, gostam de passeios a países que possuem estruturas para caminhadas, escaladas, hotéis fazenda, gostam de animais de estimação, respeitam o verde, organizam o lixo, são contra qualquer tipo de matança a animais, defendem o meio ambiente, levantam bandeiras da sustentabilidade planetária, se preocupam com a qualidade do ar, discutem melhorias alternativas ao combustível fóssil e passam a maior parte do tempo participando de movimentos pela qualidade de vida, através das redes sociais.
2. Mais estudiosa, compenetrada, são “nerds” e estão buscando os estudos como meta de melhorar a vida e não somente seu status profissional de busca de melhores salários. Estão mais preocupados em conhecer, saber, do que se capacitar, habilitar. É uma geração de atitudes fortes, marcantes, individuais e ao mesmo tempo de movimentos grupais que os identifiquem. Facilmente levantam bandeiras contra o sistema que os reprime, que os rebelem principalmente sistemas comprometidos com o uso indiscriminado das potencialidades planetárias e que se escassa rapidamente.
3. Mais vaidosa, cuidam do corpo, da saúde, da beleza produzida em academias de ginástica, se vestem melhor e são mais diversificados, ligam mais para marcas do que as gerações anteriores, mas procuram vestimentas que os identifiquem com movimentos e grupos pelas quais participam. Cuidam do corpo a ponto de buscarem mais e mais cuidados médicos, clínicos e cirúrgico-estéticos. Traduzem uma geração que buscam melhorar a aparência, a beleza, mas sem perder a essência de seus conteúdos, dos pensamentos, das ideias, das inteligências de seu tempo.
4. Mais trabalhadora, não vestem camisa das empresas, se desfazem facilmente de seus empregos em busca do que realmente gostam de fazer. Buscam colocar o coração no tipo de trabalho que gostariam de desenvolver e enquanto não encontram, buscam freneticamente descobrir porque estão neste mundo e qual o seu propósito.
5. Mais consumista, logo trocam a vestimenta, a tecnologia, e o comportamento por outro mais a frente. Segurar esta clientela por um tempo maior é o desafio das grandes organizações hoje em dia. Estão ávidas em consumir, mas são muito livres para que permaneça muito tempo com um vestiário, um celular, um carro, um lugar.
6. Mais comunicativa e presente nas redes sociais, estão formando grandes grupos mundiais, atravessando fronteiras, idiomas. Estes movimentos gigantescos lhes dão forças de opinião, e podem alterar as correntes atuais da comunicação. Os jornais e revistas e TV não são mais os únicos veículos de comunicação que fazem a cabeça dessa geração. Eles possuem voz e vez e a utilizam através da Internet. A cada ano triplica o número de Blogs e sites pessoais, expondo as ideias, as intimidades, as vontades e a maneira de viver desta geração.
7. Mais globalizado procuram entender o que se passa no mundo todo, através dos veículos de comunicação, das redes sociais, dos movimentos mundiais instantâneos. Não possuem barreiras geográficas, diferenças etárias, socioeconômicas. Aglutinam-se facilmente ao redor de grandes projetos, mudanças sociais, soluções urbanas, políticas, econômicas. São mais interessados em serem autores das grandes revoluções e modificações que o planeta precisa do que receptores. Perceberam há muito tempo que possuem o poder da comunicação e por nada abrirão mão desses para se expressarem.
8. Mais família, estão estatisticamente vivendo mais tempo com os pais, deixando para morar sozinhos ou casarem na faixa dos 30 anos. Como os conflitos são menores conseguem estabelecer comunicações com os pais e até modificar velhos preceitos, preconceitos, e costumes da geração Woodstock.
A geração Millennial quer aumentar mais a faixa da juventude e entrar na faixa adulta mais tarde, desta maneira é comum se apegarem por muito mais tempo a moda jovem, aos costumes jovens, a tecnologia jovem. As empresas que produzem para esta faixa de idade devem explorar o máximo esta faixa etária, dando-lhes uma infinidade de produtos e serviços para que possam usufruir por mais tempo. Segundo pesquisas americanas, 61% dos jovens não querem ser adultos, querem permanecer jovens por mais tempo.
Todos podem realizar seus sonhos, ter seu minuto de fama, produzir seus próprios mercados, elaborar suas fantasias através da Internet. A produção de vídeo pessoal estabelece todos os meses recordes de inclusões no Youtube. Buscar um lugar ao sol pelas próprias influências é prerrogativa dessa geração. Estabelecer suas fronteiras, escolher seus grupos, atuar em bandos. Buscar a colaboração e a cooperação como modo de se superarem, conhecerem e se informarem. Estão mais comprometidos com a participação e realização do que propriamente com o sucesso. Embora a maioria almeje bons empregos, estão mais preocupados em realizar do que produzir. Não se apegam a empresas, nem vestem camisas, estão preocupados em participar de projetos que os façam compreender e evoluir em seus anseios.
Buscam organizações que lhes deem flexibilidade de horários, liberdades para exprimirem suas ideias, comportamentos, vestuários. Trabalham por metas, objetivos, responsabilidades e são avessos a horários, bater pontos. Assumem que querem trabalhar mais do que oito horas por dia, mas do jeito deles, com suas velocidades, tecnologias de comunicação e informação e de resultados.
A geração Millennials não busca os estudos porque os pais assim o querem, mas porque compreendem que o mundo mágico da informação e da compreensão começa ali. Trocam com muita frequência de faculdade, até encontrarem uma que lhes faça sentido, mesmo que os ganhos não lhe sejam aparentes. Estão preocupados em ser, embora o dinheiro nem sempre lhes permita isso. São menos inseguros quanto a escolher uma profissão porque sabem que podem mudar a todo o momento. São mais empreendedores, se atiram mais fortemente de cabeça em seus ideais e apostam num futuro promissor, por confiar em seus instintos. Não é só o sucesso que os motiva, mas o caminho que os levam para o sucesso. Por isso, as escolhas são sempre acompanhadas de muita intensidade, flexibilidade e autenticidade.
O que você está fazendo agora neste momento? Será que você está feliz com o que você faz e no que você se transformou? Você se preocupa em ter espaços compartilhados, estilos de vida, flexibilidades em horários? O que você fez hoje que possa alterar seus projetos, melhorá-los, potencializá-los? Você está se permitindo colaborar com os outros, aprender, ao invés de achar que já sabe tudo?
Você está fazendo o que ama? Está vivendo plenamente o que desejou em algum momento na sua estrada? Você imagina que pode mudar tudo isso e buscar outro caminho, ainda possível para ser feliz consigo mesmo?
Esta nova geração está nos ensinando que podemos mudar a todo o momento. Que temos a tecnologia, as condições ideais, a informação. Só falta um empurrão no abismo das oportunidades.
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TEXTO por : Cláudio de Musacchio
Doutor em Informática na Educação - PGIE Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Mestre em Educação pela Universidade Luterana do Brasil, pós-graduado em
Engenharia de Software pela Universidade Estácio de Sá - Rio de Janeiro e
presidente do PORTAL EAD BRASIL e membro da SOCIEDADE BRASILEIRA DE GESTÃO DO
CONHECIMENTO, coordenador do grupo de estudos INTELIGÊNCIA COMPETITIVA,
ministrando palestras e dando consultorias nas abordagens e ferramentas
gerenciais: gestão de inovação, comunidades de prática, gestão estratégica da
informação, aprendizagem organizacional, gestão de capital intelectual,
inteligência competitiva, gestão de competências e ferramentas de TI.
Fonte: http://www.arquidiocesebh.org.br/site/opiniao_e_noticias.php?id_opiniao_e_noticias=8840
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