sábado, 16 de agosto de 2014

Quatro lições de liderança do Papa Francisco

 
Papa Francisco
Foto: Reuters/TONY GENTILE
 Ser humilde e ter a mente aberta pode ajudar gestores e empreendedores

Ele pode até não ter um MBA, mas o Papa Francisco é capaz de ensinar uma coisa ou outra sobre negócios. O Wall Street Journal listou pelo menos quatro lições de liderança que o autor americano Jeffrey Krames descreve em seu livro “Lidere com humildade: 12 lições de liderança do Papa Francisco”, ainda sem tradução em português. Veja quais são:

1. Ser humilde. O Papa Francisco escreveu que a humildade é uma das qualidades mais importantes que um verdadeiro líder deve ter. Mas não basta fingir ser humilde: é preciso ser autêntico. Krames lembra que o Papa o tempo todo se coloca no mesmo nível de seus seguidores e destaca que grandes líderes americanos como Meg Whitman (Hewlett-Packard Co.) e Michelle Peluso (Gilt Groupe Inc.) fizeram o mesmo ao dispensarem as salinhas fechadas e trabalharem em espaços como os dos demais funcionários. “Há espaço para os CEOs se tornarem muito mais humildes”, diz o autor.

2. Ter a mente aberta. O lema do Papa Francisco é “o povo em primeiro lugar e todo o resto depois”, segundo Krames, que diz também que a carreira de Francisco tem sido baseada em servir ao povo. Um exemplo disso está no fato de o Papa ter lavado os pés de homens e mulheres de vários credos, enquanto papas antecessores fizeram o mesmo apenas com homens cristãos. O autor americano destaca também que o Papa Francisco se recusa a julgar indivíduos que, normalmente, seriam evitados pela Igreja Católica, como a comunidade LGBT. E é isso que bons líderes devem fazer, de acordo com Krames: se engajar em um diálogo aberto. “É importante não fazer um monólogo ao falar com as pessoas e levar em consideração a natureza mutante de nossa cultura”, diz o autor. 

3. Não dá para fazer tudo de sua mesa de trabalho. O Papa quer que todo mundo que atua na Igreja bote a mão na massa. O mesmo vale para gestores: executivos e empreendedores devem ir a campo para conhecer seus clientes e seus funcionários. Além disso, os melhores líderes descentralizam as tomadas de decisão e confiam em suas equipes para que elas façam o trabalho direito.

4. Não se abalar com derrotas. Surpreendendo muita gente, o Papa Francisco se confessou no ano passado antes de ouvir as confissões dos fiéis, admitindo que, ele também, pode errar. A forma como Francisco lidou com os escândalos de abuso sexual infantil na Igreja mostra que ele acha que tentar evitar as adversidades é algo que raramente funciona. “Para ser um líder da magnitude do Papa Francisco, você deve reconhecer que, às vezes, você vai vacilar, e que os erros são aceitáveis, desde que contribuam para triunfos futuros”, diz Krames.
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Fonte: O Globo online, 15/08/2014
Foto: Papa Francisco - Reuters/TONY GENTILE

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