Ser humilde e ter a mente aberta pode ajudar gestores e empreendedores
Ele pode até não ter um MBA, mas o Papa Francisco é capaz de
ensinar uma coisa ou outra sobre negócios. O Wall Street Journal listou
pelo menos quatro lições de liderança que o autor americano Jeffrey
Krames descreve em seu livro “Lidere com humildade: 12 lições de
liderança do Papa Francisco”, ainda sem tradução em português. Veja
quais são:
1. Ser humilde. O Papa Francisco
escreveu que a humildade é uma das qualidades mais importantes que um
verdadeiro líder deve ter. Mas não basta fingir ser humilde: é preciso
ser autêntico. Krames lembra que o Papa o tempo todo se coloca no mesmo
nível de seus seguidores e destaca que grandes líderes americanos como
Meg Whitman (Hewlett-Packard Co.) e Michelle Peluso (Gilt Groupe Inc.)
fizeram o mesmo ao dispensarem as salinhas fechadas e trabalharem em
espaços como os dos demais funcionários. “Há espaço para os CEOs se
tornarem muito mais humildes”, diz o autor.
2. Ter a mente aberta. O
lema do Papa Francisco é “o povo em primeiro lugar e todo o resto
depois”, segundo Krames, que diz também que a carreira de Francisco tem
sido baseada em servir ao povo. Um exemplo disso está no fato de o Papa
ter lavado os pés de homens e mulheres de vários credos, enquanto papas
antecessores fizeram o mesmo apenas com homens cristãos. O autor
americano destaca também que o Papa Francisco se recusa a julgar
indivíduos que, normalmente, seriam evitados pela Igreja Católica, como a
comunidade LGBT. E é isso que bons líderes devem fazer, de acordo com
Krames: se engajar em um diálogo aberto. “É importante não fazer um
monólogo ao falar com as pessoas e levar em consideração a natureza
mutante de nossa cultura”, diz o autor.
3. Não dá para fazer tudo de sua mesa de trabalho. O
Papa quer que todo mundo que atua na Igreja bote a mão na massa. O
mesmo vale para gestores: executivos e empreendedores devem ir a campo
para conhecer seus clientes e seus funcionários. Além disso, os melhores
líderes descentralizam as tomadas de decisão e confiam em suas equipes
para que elas façam o trabalho direito.
4. Não se abalar com derrotas. Surpreendendo
muita gente, o Papa Francisco se confessou no ano passado antes de
ouvir as confissões dos fiéis, admitindo que, ele também, pode errar. A
forma como Francisco lidou com os escândalos de abuso sexual infantil na
Igreja mostra que ele acha que tentar evitar as adversidades é algo que
raramente funciona. “Para ser um líder da magnitude do Papa Francisco,
você deve reconhecer que, às vezes, você vai vacilar, e que os erros são
aceitáveis, desde que contribuam para triunfos futuros”, diz Krames.
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