Nas últimas 24 horas, os cientistas vêm fazendo fila para assinar
esta carta aberta. Simplificando, a proposta pede que a humanidade
dedique uma parte de sua incrível pesquisa sobre Inteligência Artificial
para que ela seja devidamente alinhada com os interesses humanos. Em
outras palavras, a ideia é tentar evitar a criação de nosso próprio
apocalipse mecanizado.
Enquanto alguns cientistas podem não dar a mínima para esse assunto, a
abundância de especialistas e técnicos como, por exemplo, caras muito
inteligentes como Stephen Hawking e Elon Musk, advertiram sobre os
perigos que a Inteligência Artificial poderia representar para o nosso
futuro.
Mas apesar de deixarem bem claro que, quando o assunto é inteligência artificial, precisamos ter cautela, eles não costumam ser precisos sobre o que exatamente temos que temer. Felizmente, outros caras também muito inteligentes, estão preenchendo essas lacunas e nos deram cinco profecias sobre como a inteligência artificial pode destruir a humanidade.
Mas apesar de deixarem bem claro que, quando o assunto é inteligência artificial, precisamos ter cautela, eles não costumam ser precisos sobre o que exatamente temos que temer. Felizmente, outros caras também muito inteligentes, estão preenchendo essas lacunas e nos deram cinco profecias sobre como a inteligência artificial pode destruir a humanidade.
1. As máquinas tomarão os nossos empregos
De acordo com Stuart Armstrong, um filósofo e pesquisador do Future
of Humanity Institute (Instituto do Futuro da Humanidade, em tradução
livre) em Oxford, “o primeiro impacto da tecnologia [de Inteligência
Artificial] está perto de ser o desemprego total”. E não é muito
difícil de imaginar o porque. Você poderia ter uma IA com inteligência
nível humano, copiá-la cem vezes e treiná-la para exercer uma centena de
profissões diferentes, multiplica-los em centenas de funcionários
exemplares e pronto: nasce um exército de mão de obra muito mais barata e
rentável do que a humana.
2. Os seres humanos vão ser a pedra no caminho
Daniel Dewey, um pesquisador também do Future of Humanity Institute,
defende que, quando e se os seres humanos se tornam obsoletos, vamos nos
tornar um pouco mais do que as pedras nos sapatos metafóricos de um
robô.
“A diferença de inteligência entre humanos e chimpanzés é pequena”, disse Armstrong. Mas, é nessa diferença que reside o contraste entre 7 bilhões de habitantes e um lugar permanente na lista de espécies ameaçadas de extinção. Isso nos diz que é possível que uma relativamente pequena vantagem em matéria de inteligência pode aumentar a diferença entre seres humanos e máquinas rapidamente.
“A diferença de inteligência entre humanos e chimpanzés é pequena”, disse Armstrong. Mas, é nessa diferença que reside o contraste entre 7 bilhões de habitantes e um lugar permanente na lista de espécies ameaçadas de extinção. Isso nos diz que é possível que uma relativamente pequena vantagem em matéria de inteligência pode aumentar a diferença entre seres humanos e máquinas rapidamente.
“O problema básico é que a forte realização da maior parte das
motivações é incompatível com a existência humana”, Dewey completa. “Uma
inteligência artificial pode querer fazer certas coisas, a fim de
alcançar um objetivo. Coisas como a construção de computadores gigantes,
ou outros projetos de engenharia em grande escala. Essas coisas podem
envolver etapas intermediárias, como recuperar a terra para fazer
enormes painéis solares. Uma superinteligência poderia não ter os nossos
interesses em considerar essas situações, assim como nós não temos a
menor consideração com sistemas de raizes ou colônias de formigas quando
vamos iniciar a construção de um edifício”.
E tem outra coisa muito significativa, chamada felicidade. Uma inteligência artificial pode pensar que a felicidade humana é um fenômeno bioquímico e concluir que inundar a sua corrente sanguínea com doses não letais de heroína seja a melhor maneira de maximizar a sua felicidade.
Complicado.
E tem outra coisa muito significativa, chamada felicidade. Uma inteligência artificial pode pensar que a felicidade humana é um fenômeno bioquímico e concluir que inundar a sua corrente sanguínea com doses não letais de heroína seja a melhor maneira de maximizar a sua felicidade.
Complicado.
3. Inteligência Artificial não vai ser tão inteligente assim
A inteligência artificial não precisa necessariamente ter a intenção
explícita de nos exterminar da face da Terra para ser assustadora. Como
Mark Bishop, professor de computação cognitiva na Universidade de
Londres, disse ao jornal The Independent:
“Estou particularmente preocupado com o potencial de implantação de sistemas de armas militares robóticas – sistemas estes que podem tomar a decisão de se envolver em embates militares sem intervenção humana – precisamente porque a atual IA que temos não é muito boa e pode facilmente forçar situações com consequências potencialmente aterrorizantes”, defende o Professor Bishop.
“Estou particularmente preocupado com o potencial de implantação de sistemas de armas militares robóticas – sistemas estes que podem tomar a decisão de se envolver em embates militares sem intervenção humana – precisamente porque a atual IA que temos não é muito boa e pode facilmente forçar situações com consequências potencialmente aterrorizantes”, defende o Professor Bishop.
“Por isso, é fácil concordar que inteligência artificial pode
representar uma “ameaça existencial” muito real para a humanidade”,
mesmo que nunca vai alcance um nível de inteligência sobre-humana.
Se você ainda não está convencido dessa ameaça aterrorizante, siga para o próximo item.
4. Síndrome de Wall-E
Outra possibilidade que os caras muito inteligentes têm levantado é
que a inteligência artificial pode significar o fim do mundo chegando
antes da hora. Só que até lá, nós vamos ser muito incompetentes para
sobreviver até mesmo para tentar “desligar” toda essa tecnologia.
Bill Joy, co-fundador e cientista-chefe da Sun Microsystems, escreveu
na revista Wired que o que a comunidade científica sugere é que a raça
humana pode facilmente ficar tão dependente das máquinas que não teria
escolha prática, a não ser aceitar todas as decisões das máquinas. Como a
sociedade e os problemas que enfrentamos tem a tendência de se tornarem
cada vez mais complexos e as máquinas se tornam mais e mais
inteligentes, as pessoas vão deixar as máquinas tomarem mais de suas
decisões por elas mesmas, simplesmente porque as decisões tomadas pelas
máquinas vai trazer melhores resultados do que aquelas tomadas pelos
seres humanos.
Eventualmente, ele também defende, um estágio pode ser alcançado em
que as decisões necessárias para manter o sistema em funcionamento serão
tão complexas que os seres humanos serão incapazes de toma-las de forma
inteligente. Nessa fase, as máquinas estarão no controle de vez. As
pessoas não vão ser capazes de simplesmente desligar as máquinas, porque
vamos ser tão dependentes que desligá-las equivaleria ao suicídio.
5. Os robôs vão nos comer
Há algo chamado de cenário de “grey goo”, que essencialmente postula
que, se os robôs começarem a se reproduzir perpetuamente, vamos
essencialmente ser esmagados por uma expansão da população de IA. E se
eles precisarem de seres humanos para alimentar sua massa fora de
controle, estaremos basicamente ferrados.
Se as máquinas de nanotecnologia, por exemplo, que podem ser cem mil
vezes menores que o diâmetro de um cabelo humano, descobrirem como se
replicar de forma espontânea, isso naturalmente teria consequências
terríveis para a humanidade. Especialmente se a pesquisa financiada pelo
Departamento de Defesa dos Estados Unidos ficasse fora de controle, já
que seus pesquisadores estão tentando criar um nano robô para consumir
os detritos de campos de batalha, o que poderia incluir cadáveres
humanos.
Se o produto da nanotecnologia desenvolver um apetite por carne
humana, ou algumas das outras coisas das quais dependemos para
sobreviver, como florestas ou máquinas – ela poderia dizimar tudo no
planeta em questão de dias.
Assustador, não? Não sei você, mas eu assinaria essa carta também. Tranquilamente.
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Fonte: http://hypescience.com/- acesso 18/01/2015
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