Um novo estudo sugere que um perfil psicológico traçado a partir do
Facebook é mais fiel do que um feito
por amigos ou familiares.
Um novo estudo
desenvolvido por investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino
Unido, e de Stanford, nos Estados Unidos da América, sugere que um
perfil psicológico traçado a partir do Facebook é mais fiel do que um
feito por humanos.
Para o estudo, foram analisados milhares de “likes”, recolhidos a partir das contas de Facebook de mais de 86 mil voluntários, refere
a Quartz. A partir destes, o grupo de investigadores foi capaz de
construir um modelo em computador capaz de prever as características
pessoais dos participantes, que foi depois testado contra as informações
de amigos e familiares. Por exemplo, os indivíduos que tinham “gostado”
do pintor Salvador Dalí e do filme Ted tendiam, por norma, a
ter mentes mais abertas. Por outro lado, aqueles que tinham “gostado” da
página da celebridade norte-americana Snookie, participante no “reality
show” Jersey Shore, eram geralmente extrovertidos.
Depois das informações recolhidas terem sido comparadas com a
avaliação de um ou dois amigos ou familiares, os cientistas descobriram
que quantos mais “likes” fossem analisados, mais fiel seria o perfil
criado a partir do computador. Nos indivíduos com 300 “likes” ou mais (a
média é de 227), a análise feita com base no Facebook era muito mais
exata do que a feita pelos familiares ou amigos.
Para o grupo de
investigadores, os resultados indicam que existe a possibilidade de
criar testes de personalidade automáticos e mais baratos, que poderão
ajudar a traçar um perfil psicológico mais exato. Para David Stillwell,
co-autor do estudo, citado pela Quartz, este tipo de testes poderá
revolucionar a forma como as pessoas “escolhem casar, contratar um novo
empregado ou eleger o presidente” e constitui um passo importante no
desenvolvimento de computadores emocionalmente sensíveis.
----------Reportagem por
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