Quando você olha para alguém, vê apenas um fragmento, flash em
constante e ininterrupto processo de transformação.
O que fomos ontem
fixou-se em um frame de tempo, em um lapso que marcou aquele exato ponto
da história, mas não ficamos lá.
É como se descolássemos daquele
segundo e pulássemos para o próximo, e o próximo, e o outro, e o
adiante, renovando, renascendo em cada instante, multiplicando as
possibilidades de ser, na mesma proporção que o que eramos já não é, o
que fizemos já ficou, e quem fomos deixou de ser, apenas vive em algum
ponto de nossa interioridade como potencial, referência de experiências
que influenciam em quem estou sendo.
O passado deixa rastros, sim, é
claro que influencia, mas, o que estou querendo dizer, é que nada é
fixo, nem nossos corpos, nem nossas mentes, nem nosso passado.
Nosso
passado se altera sempre que nos alteramos, ele muda sempre que nos
livramos dele e perdoamos, e nos des-culpamos, e entendemos que todas as
experiências, mesmo aquelas mais detestáveis carregam potenciais de
evolução.
Veja: http://youtu.be/ySeyYAzrBS0
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* Radialista. Escritor.
Fonte: http://flaviosiqueira.com/2013/07/23/apenas-fragmentos/
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