A revista semanal Vanity Fair destaca o papa como "Homem do Ano"
O semanário Vanity Fair dedicou sua capa de julho (nº 28, 17 de julho de 2013) ao papa Francisco. Com uma foto e a manchete "Francisco, o Papa Coragem", a revista antecipou a escolha do pontífice como "Homem do Ano". Para a Vanity Fair, os primeiros cem dias do papa Francisco o colocaram à frente "dos líderes mundiais que fazem a história".
Seis
entrevistados comentam sobre o papa: o escritor Erri De Luca; o pe.
Virginio Colmegna, presidente da Fundação Casa da Caridade de Milão; a
escritora feminista Dacia Maraini; o escritor não crente Giorgio
Faletti; e os cantores Andrea Bocelli e Elton John.
Os comentários são muito interessantes, especialmente os daqueles que
não são católicos e que já dirigiram críticas públicas à Igreja. Elton
John, por exemplo, escreveu que "o papa Francisco é para a Igreja
Católica a melhor notícia dos últimos vários séculos. Este homem,
sozinho, foi capaz de reaproximar as pessoas dos ensinamentos de Cristo
(...) Os não católicos, como eu, se levantam para aplaudir de pé a
humildade de cada um dos seus gestos", porque "Francisco é um milagre da
humildade na era da vaidade".
Andrea Bocelli, o cantor que aos doze anos ficou cego por causa de um
acidente, revelou que ao ouvir as primeiras palavras do papa Francisco
sentiu os olhos cheios de lágrimas. "O papa Francisco entrou no meu
coração, conquistou meu coração com a sua humildade genuína, com o poder
desarmante da sua fé, com toda aquela experiência vivida que ilumina as
suas palavras e torna doce o tom da sua voz".
Erri De Luca, por sua vez, afirmou: "Francisco é o papa do sul, filho
da América Latina. A Igreja, com ele, muda de hemisfério e altera o seu
centro de gravitação". Segundo o pe. Virginio Colmegna, o papa "é uma
grande surpresa, um sopro de esperança, de Espírito Santo. O papa
Francisco é testemunha de uma visão da Igreja extraordinariamente nova e
ao mesmo tempo fiel à mensagem do evangelho, uma Igreja pobre entre os
pobres".
"As pessoas gostam dele", constata Dacia Maraini, contando o que um
motorista de táxi lhe disse: "Eu espero que não o matem, porque ele é
muito ousado. Eu gostaria de defendê-lo, mas não sei como".
E Giorgio Faletti confessa: "Pessoalmente, eu não tenho o dom da fé,
não acredito em vida consciente após a morte, mas Jorge Mario Bergoglio
me pareceu já de cara um grande comunicador, uma pessoa cujo rosto
inspira aquela bondade que o representante dos católicos no mundo deve
inspirar, um homem que tem as qualidades para arrumar, com a sua figura,
todos os escândalos que recentemente mancharam a imagem do Vaticano e o
que ele representa".
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Reportagem Por Antonio Gaspari
Fonte: http://www.zenit.org/pt
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