A maioria dos adolescentes britânicos assiste conteúdo
adulto ao menos de duas a três vezes por semana a partir do celular ou do
computador no quarto. Um em cada oito acessa programação do gênero mais de uma
vez por dia, segundo pesquisa da organização beneficente ChildLine, que
entrevistou 800 jovens. As informações são do Daily Mail. As garotas têm quase a mesma propensão a já ter visto
pornografia que os meninos, com 73% e 88%, mas elas assistem menos do que eles
- a maioria das meninas falou que “quase nunca” acessa o conteúdo, enquanto a
maior parte dos garotos disse que vê de duas a três vezes por semana ou mais. As
adolescentes são mais propensas a ficar chateadas, preocupadas ou enojadas com
algo que viram. Na estatística dos dois gêneros, mais da metade (56%) dos
entrevistados manifestou algum dos sentimentos - e apenas poucos sabiam a quem
recorrer por ajuda.
Na pesquisa, dois terços das
crianças entre 11 e 13 anos já viram pornografia online, cerca de 30% desses via smartphone. Mas a frequência de acesso
é menor do que adolescentes mais velhos - 59% disseram que veem “raramente” e
9% afirmam ter visto várias vezes ao dia. O índice entre os jovens de 13 a 17
anos sobre para quase 75%. O percentual é semelhante (83%) aos que afirmam ter
chegado a sites de conteúdo adulto forte por acidente.
“Estamos profundamente
preocupados que o acesso a esses vídeos hardcore e muitas vezes violentos esteja distorcendo a visão
dos jovens do que é o comportamento normal ou aceitável. Isso leva algumas
pessoas copiarem ou imitarem os vídeos”, comenta Jon Brown, da NSPCC,
organização britânica de proteção à crueldade contra as crianças.
“Mas é importante não demonizar
os jovens, que na maior parte das vezes estão apenas mostrando uma curiosidade
natural pela própria sexualidade”, pondera. O Reino Unido vive um debate sobre
conteúdos adultos, enquanto o governo tenta obrigar os provedores de internet a
instalar filtros anti-pornografia em todas as conexões, cabendo aos adultos
decidir pela liberação do acesso. Mas alguns ativistas argumentam que os
filtros seriam uma forma de censura e um ataque à internet aberta e livre.
(Terra)
Nota: É ridículo como os produtores de pornografia argumentam
pela liberdade enquanto produzem conteúdos que viciam, escravizam e promovem a violência e a deturpação da
sexualidade. Assim como existem leis contra o tráfico de drogas, deveria, sim, haver
mecanismos de filtragem de conteúdos pornográficos. Conteúdos violentos em
filmes e videogames têm feito estrago
considerável na mente e na vida desta geração (veja aqui um exemplo recente). De modo
semelhante, a pornografia contribui para criar a imagem de uma sexualidade
animalesca, em que a mulher e/ou o homem são vistos como escravos sexuais e
devem ser tratados como simples objeto de prazer. Crianças que assistem a esses
vídeos poderão acreditar que aquilo é sexo e que a promiscuidade, o sexo anal (perigoso como possa ser),
as orgias e as relações homossexuais são a coisa mais normal do mundo. Conforme
o testemunho de várias ex-atrizes pornôs, os vídeos não mostram o que vai nos bastidores
dessas produções (leia dois exemplos aqui e aqui), e quem consome esse tipo de conteúdo está contribuindo
para a proliferação do mal. Como as leis são muito brandas em relação à
pornografia (e hoje é muito mais fácil ter acesso a ela do que nos tempos
anteriores à internet), cabe aos pais e responsáveis monitorar o que os filhos
andam assistindo ou por onde andam navegando na web. Um bom livro sobre regras
de uso de equipamentos eletrônicos que podem dar acesso à pornografia é o Como Proteger Seus Filhos na Internet.[MB]
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Fonte: http://www.criacionismo.com.br/08/08/2013
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