terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Empresas devem apostar em líderes com diversidade cultural


Confira os quatro princípios que os líderes devem considerar para formar seu time, segundo estudo da Ernest & Young

A diversidade de pensamento entre as lideranças como fator-chave para a inovação é essencial para a inovação nas companhias. Porém, a maioria das empresas está longe desta realidade. A conclusão é do estudo “The Global Mindset: driving innovation through diverse perspectives”, da Ernst & Young. A pesquisa mostra que companhias operando em mais de 25 países, geralmente, têm menos de 5% das lideranças seniores baseadas fora do país-sede, indicando que as empresas pecam na diversidade de pensamento e cultura.

A pesquisa, realizada com 520 executivos seniores de companhias globais, destaca como a inovação é fomentada pelo choque de ideias originárias de perspectivas diversas.

"A crise econômica exige que repensemos as maneiras como os negócios têm sido conduzidos", destaca James Turley, CEO global da Ernst & Young. "No topo da lista do que deve ser examinado está a conexão entre diversidade no pensamento e inovação. As lideranças corporativas precisam pensar sobre como uma falta de perspectivas diversificadas - tanto no nível de direção das organizações quanto no individual - pode afetar os planos de crescimento global, novos produtos ou fusões e aquisições."

O estudo argumenta que a visão tradicional de diversidade (pela ótica de gênero ou raça) é muito estreita e deveria abrigar outras diferenças, como repertório cultural, geração, educação, habilidades, personalidades e experiências de vida. Nas entrevistas com acadêmicos e gestores de negócios, a Ernst & Young identificou quatro princípios que os líderes devem considerar:

1º - Captar a mentalidade: focar-se na liderança transformadora e pensar no que realmente é necessário para uma mudança cultural na organização.

2º - Criar um espectro de talentos: proativamente desenvolver equipes diversas, encontrando talentos em lugares inesperados.

3º - Antecipar a próxima grande ideia: alavancar a diversidade de pensamento e capacidade para identificar novos produtos e serviços.

4º - Entender que o consenso nem sempre é desejável: choques saudáveis de ideias podem favorecer o desenvolvimento da companhia. Para que sejam efetivos, precisam ser moderados por uma gestão intercultural e inclusiva.

"Todos sabemos que a inovação é crítica para a recuperação econômica", observa a vice-presidente global de políticas públicas, sustentabilidade e integração com stakeholders da Ernst & Young, Beth Brooke, considerada há três anos consecutivos uma das 100 mulheres mais poderosas do mundo pela revista Forbes.

A executiva, que esteve no Brasil ano passado, quando foi protagonista de um encontro com as lideranças femininas do Lidem - Grupo de Mulheres Líderes Empresariais, reforça a importância dessa transformação. "No atual ambiente, lideranças com uma mentalidade verdadeiramente global, capazes de integrar perspectivas diversas, serão as mais bem-posicionadas para conduzir a inovação, com sucesso, a longo prazo".
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Fonte: Ernest & Young
Postado: HSM Online - 01/02/2010

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