Ganhar
prêmio três vezes consecutivas na mesma categoria não é para qualquer
profissional. Por isso, todos os anos, o Prêmio Comunique-se entende que
jornalistas deste gabarito são, sim, Mestres. Com carreiras extensas e
marcadas por grandes reportagens, a maioria deles traz bagagem de outras
áreas, por onde passaram antes de chegarem às redações. Entre os mais
de 20 que compõem a galeria, Ernesto Paglia e Tadeu Schmidt contaram
suas histórias e falaram do primeiro emprego.
Quem poderia imaginar, Paglia, que
atualmente comanda o 'Globo Mar', já foi auxiliar de laboratório
fotográfico, trabalhou no almoxarifado de uma distribuidora de
medicamentos e foi funcionário do departamento de estatísticas da
Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. O jornalista já
estudava comunicação na USP e estava em busca de estágio quando chegou à
secretaria, local onde checava dados e revisava números. "Se não
tivesse conseguido um estágio rapidamente teria que voltar para Ribeirão
Preto, no interior de São Paulo, onde minha família morava".
Depois dessa experiência, o repórter foi
em busca de algo na área. "Com a cara e a coragem, fui até à Jovem Pan.
Cheguei, me apresentei para a recepcionista e disse que queria falar
com o chefe de reportagem, José Carlos Pereira". Paglia passou pela
rádio, veículo que deixou logo em seguida por ter participado de greve
de jornalistas. A Globo surgiu logo após, em junho de 1979. São 34 anos,
que acumulam passagens por 'Bom dia São Paulo', 'Jornal Hoje', 'Globo
Repórter' e outros programas.
Embora
não tenha tido sucesso no esporte, Tadeu Schmidt queria ser jogador de
vôlei, modalidade que praticava desde os nove anos. "Eu queria viver
daquilo, ser rico e famoso como atleta igual ao meu irmão. Aos 17 anos
fui para a seleção brasileira infanto-juvenil (a primeira seleção do
Nalbert), mas fui cortado. Aquilo foi uma decepção muito grande e eu
desisti", comenta mencionando o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt.
Aos 18 anos, o atual apresentador do
'Fantástico' começou a estudar comunicação, mas confessa que ainda
estava longe do jornalismo, área que só decidiu seguir no quinto
semestre da faculdade. "Meus concorrentes já estavam pensando na
carreira muito antes de mim. Tive que me dedicar muito para recuperar as
várias voltas de desvantagem que eu tinha nessa corrida". Após passar
por estágio na Radiobrás, o jornalista começou a fazer TV, mídia onde
construiu carreira. "Errei tudo que uma criatura pode errar e fui
aprendendo com os erros e os ensinamentos dos mais experientes. Aos
poucos, fui me acostumando, descobrindo os segredos da televisão e
tirando minhas próprias conclusões".
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Fonte: http://portal.comunique-se.com.br/11/12/2013
Foto reprodução: Paglia e Schmidt.
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