ENCONTRO COM O PAPA
Participantes dos mais diferentes grupos de igreja do Estado preparam-se para a Jornada Mundial da Juventude, no Rio
Os
gaúchos que viajam nos próximos dias ao Rio para encontrar o papa
Francisco e participar da Jornada Mundial da Juventude (de 23 a 28 de
julho) terão, durante uma semana, a rara oportunidade de sentir-se parte
de uma grande massa de pessoas iguais a eles. Participantes dos grupos
de jovens da Igreja Católica, esses peregrinos enfrentam no dia a dia
uma condição bastante distinta: a de professar com fervor uma fé que é
encarada com indiferença por muitos de seus companheiros de geração.
Segundo estimativas da representação estadual da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), há entre 40 mil e 50 mil membros nos cerca de 2 mil grupos de jovens em atividade no Rio Grande do Sul – conta que exclui os movimentos ligados a congregações. Em termos proporcionais, a participação é baixa. A população gaúcha na faixa dos 15 aos 24 anos é mais de 30 vezes superior: 1,7 milhão de pessoas.
– Hoje é difícil falar de Deus – reconhece a universitária Tanise Medeiros, 24 anos, da coordenação da Pastoral da Juventude, organização com maior número de grupos no Estado.
Ainda que exista atualmente uma ampla variedade de grupos de jovens, capaz de atender aos mais variados perfis de religiosidade, há entre autoridades da Igreja a percepção de que eles estão enfraquecidos em termos numéricos, na comparação com décadas passadas. O mestre em Teologia Edson Pedron Frizzo, que atua no Curso de Liderança Juvenil (CLJ), conta que se tornou muito difícil atrair a garotada. O trabalho de percorrer escolas para convidar os alunos a participar dos retiros promovidos por sua paróquia costuma resultar em apenas cinco ou seis adesões a cada semestre.
Para sua dissertação de mestrado, Frizzo realizou uma pesquisa que ajuda a lançar luz sobre esse desinteresse e sobre a tendência do jovem brasileiro de se declarar católico ao mesmo tempo em que cultiva comportamentos e valores opostos à pregação e à doutrina da Igreja. Frizzo submeteu mais de mil alunos de graduação da PUCRS a questionários sobre religião. Definiram-se como católicos 61% dos participantes. O detalhe é que eles não vão à missa e são a favor do aborto, da eutanásia, da união homossexual, do controle artificial da natalidade e do sexo antes do casamento. Quase metade acredita em reencarnação, que não faz parte da crença católica.
– Nos questionários, muitos comentaram que vão à Igreja por causa dos pais, mas que não concordam com muitas coisas. Curiosamente, foram os ateus que se manifestaram 100% contra aborto, pena de morte e eutanásia. A conclusão é que a Igreja não se comunica com a juventude. Sem o jovem, como ela vai se renovar? – questiona o pesquisador.
A preocupação com essa renovação explica iniciativas como a realização da Jornada Mundial da Juventude, encarada na instituição como um evento capaz de renovar fervores e conquistar novos fiéis. No âmbito nacional, a assembleia da CNBB lançou, em 2007, o Documento 85, que tratava especificamente da juventude, orientando as dioceses a criar setores para articular os grupos. A Arquidiocese de Porto Alegre foi uma das pioneiras, estabelecendo seu Setor Juventude em 2009. Da cidade, 1,2 mil peregrinos devem ir ao Rio.
– O fato que mais preocupava a Igreja era a indiferença do jovem. Além disso, o trabalho nessa área era feito de forma desarticulada. Os grupos continuam tendo autonomia, mas o Setor Juventude funciona com um conselho que dá linha comum – diz o padre Márcio Augusto Lacoski.
Padre afirma que Igreja não ouve e não pesquisa o jovem
Dentro da própria Igreja, contudo, há posições críticas em relação à forma com o tema é tratado. Professor da Unisinos e responsável pelo Laboratório Juvenil do Vale, o padre Hilário Dick entende que a instituição perdeu os jovens. Segundo ele, a Igreja não ouve e não pesquisa o jovem.
– O Documento 85 era bonito. Previa liberdade e protagonismo, mas foi distorcido, porque a Igreja tem temor da autonomia do jovem – afirma ele.
Dick enxerga aspectos positivos na Jornada, mas considera que ela impede o protagonismo juvenil:
– Ela não é uma jornada mundial da juventude, é uma jornada mundial da Igreja se aproveitando da juventude. Quem está na frente da jornada e quem sobe no palco não são os jovens. São os padres, os bispos, os cardeais. Tudo vem pronto de Roma. O jovem é só massa de manobra.
Guilherme no altar do Papa
No dia 28 de julho, o estudante da PUCRS Guilherme Teixeira será um dos cem peregrinos presentes no altar em que o papa Francisco celebrará a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, no Rio.
– Quando ligaram para me contar, perguntei: “Por que eu?” Não me senti nada merecedor – afirma o jovem de 22 anos.
Guilherme milita desde 2006 no Curso de Liderança Juvenil (CLJ), criado em Porto Alegre em 1974 e atualmente o movimento jovem com mais grupos no sul do país. O CLJ é famoso pelos retiros de três dias nos quais os novatos vivem uma espécie de rito de passagem:
– É a primeira iniciação. Não posso dizer como é o curso, porque tem várias surpresas. O participante faz muitas descobertas – afirma.
Nos últimos tempos, revela o aluno de Letras, não tem sido fácil convencer os jovens a participar. A resistência, comenta ele, decorre de casos de pedofilia no clero e das posições da Igreja em relação a aborto e camisinha.
– Quando entrei, a gente convidava e o jovem ia na hora. Agora respondem que é ruim, que vão ficar enfurnados na igreja, o que não é verdade. É difícil mostrar a nossa realidade, explicar que a Igreja é contra certas coisas porque é a favor de outras – analisa.
João Lucas, a marca da renovação
O estudante de Engenharia Mecânica João Lucas Ferreira dos Santos ingressou no começo da adolescência no CLJ e atuou dos 15 aos 18 anos na Pastoral da Juventude, mas se encontrou mesmo ao ingressar no Ministério Jovem, no começo da idade adulta. O grupo é o braço jovem da Renovação Carismática, movimento que agitou o mundo católico com suas celebrações animadas e repletas de música.
– Fui contagiado pela oração, pelos retiros e pela vivência com a música. A marca da Renovação Carismática é a paixão pela Igreja – explica.
Morador de Esteio e aluno da Unisinos, João Lucas tem 23 anos. Recentemente, tornou-se o responsável pelo Ministério Jovem na arquidiocese de Porto Alegre, onde o movimento reúne cerca de 80 jovens. Cerca de 30 deles vão ao Rio para a Jornada. João Lucas revela que sua militância religiosa nem sempre é respeitada:
– Se o assunto é camisinha, por exemplo, dizem que sou conservador. São sarcásticos com minha opção de vida. Tiram onda, às vezes não têm respeito. Fico triste, chateado, mas não me deixo inibir. Se dão abertura, procuro falar do que aprendi e converter outras pessoas.
Bruna veste a capa guerreira
Na Europa medieval, ganharam o nome de guelfos as comunidades que pegaram em armas para defender os poderes do papa. Essa é a origem do nome da Sociedade dos Guelfos, um grupo que reúne jovens a partir dos 17 anos.
– Somos uma sociedade de guerreiros católicos em guerra espiritual. A luta contra o pecado é como uma batalha. Hoje os dogmas da Igreja estão sendo questionados, e nós somos hostilizados. Nosso martírio não é de sangue, como o dos primeiros cristãos, mas somos perseguidos moralmente. Cada um de nós tem de ser um guerreiro da luz no local em que está inserido – diz a estudante de Educação Física da UFRGS Bruna Caroline Oliveira Pedro, 25 anos.
Os Guelfos nasceram há uma década em Porto Alegre e se reúnem na Paróquia Senhor Bom Jesus. São cerca de 50 membros ativos. Eles chamam Jesus de general, inspiram-se em Joana D’Arc e usam uma capa como armadura.
Bruna, que estará no Rio com mais 30 integrantes da Sociedade, diz que sua batalha é mais fácil no ambiente de trabalho do que na faculdade:
– Em alguns grupos, se falo abertamente, caem em cima. Mas sempre acabamos conseguindo levar alguém para os retiros. Queremos pelo menos que entendam por que defendemos a Igreja.
Igor representará a Juventude
A comunidade do Mario Quintana, bairro pobre da periferia da Capital, juntou esforços para assegurar a viagem de Igor Moraes, 16 anos, ao Rio de Janeiro. Somadas, as contribuições garantiram R$ 1 mil para passagens aéreas e inscrição e outros R$ 400 para as despesas durante o evento. Igor foi selecionado para representar a Pastoral da Juventude de sua paróquia na Jornada. Será a primeira vez que viajará de avião e que irá além de Santa Catarina:
– Dá um nervosismo, ainda mais agora que está chegando mais perto do encontro. Minha mãe também está ansiosa, dando muito conselho – conta o aluno de 8ª série.
Igor representa bem o perfil da Pastoral, uma entidade com presença forte nas periferias. Filho de cabeleireira, ele é aprendiz em uma empresa de varejo, onde ganha meio salário mínimo. Como foi o escolhido para viajar pelo grupo da Paróquia Jesus de Nazaré no Rio, viaja com a missão de, na volta, compartilhar o que testemunhou:
– A ideia é montar um encontro para dividir o que eu observar – conta.
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itamar.melo@zerohora.com.br
Reportagem por ITAMAR MELO
Segundo estimativas da representação estadual da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), há entre 40 mil e 50 mil membros nos cerca de 2 mil grupos de jovens em atividade no Rio Grande do Sul – conta que exclui os movimentos ligados a congregações. Em termos proporcionais, a participação é baixa. A população gaúcha na faixa dos 15 aos 24 anos é mais de 30 vezes superior: 1,7 milhão de pessoas.
– Hoje é difícil falar de Deus – reconhece a universitária Tanise Medeiros, 24 anos, da coordenação da Pastoral da Juventude, organização com maior número de grupos no Estado.
Ainda que exista atualmente uma ampla variedade de grupos de jovens, capaz de atender aos mais variados perfis de religiosidade, há entre autoridades da Igreja a percepção de que eles estão enfraquecidos em termos numéricos, na comparação com décadas passadas. O mestre em Teologia Edson Pedron Frizzo, que atua no Curso de Liderança Juvenil (CLJ), conta que se tornou muito difícil atrair a garotada. O trabalho de percorrer escolas para convidar os alunos a participar dos retiros promovidos por sua paróquia costuma resultar em apenas cinco ou seis adesões a cada semestre.
Para sua dissertação de mestrado, Frizzo realizou uma pesquisa que ajuda a lançar luz sobre esse desinteresse e sobre a tendência do jovem brasileiro de se declarar católico ao mesmo tempo em que cultiva comportamentos e valores opostos à pregação e à doutrina da Igreja. Frizzo submeteu mais de mil alunos de graduação da PUCRS a questionários sobre religião. Definiram-se como católicos 61% dos participantes. O detalhe é que eles não vão à missa e são a favor do aborto, da eutanásia, da união homossexual, do controle artificial da natalidade e do sexo antes do casamento. Quase metade acredita em reencarnação, que não faz parte da crença católica.
– Nos questionários, muitos comentaram que vão à Igreja por causa dos pais, mas que não concordam com muitas coisas. Curiosamente, foram os ateus que se manifestaram 100% contra aborto, pena de morte e eutanásia. A conclusão é que a Igreja não se comunica com a juventude. Sem o jovem, como ela vai se renovar? – questiona o pesquisador.
A preocupação com essa renovação explica iniciativas como a realização da Jornada Mundial da Juventude, encarada na instituição como um evento capaz de renovar fervores e conquistar novos fiéis. No âmbito nacional, a assembleia da CNBB lançou, em 2007, o Documento 85, que tratava especificamente da juventude, orientando as dioceses a criar setores para articular os grupos. A Arquidiocese de Porto Alegre foi uma das pioneiras, estabelecendo seu Setor Juventude em 2009. Da cidade, 1,2 mil peregrinos devem ir ao Rio.
– O fato que mais preocupava a Igreja era a indiferença do jovem. Além disso, o trabalho nessa área era feito de forma desarticulada. Os grupos continuam tendo autonomia, mas o Setor Juventude funciona com um conselho que dá linha comum – diz o padre Márcio Augusto Lacoski.
Padre afirma que Igreja não ouve e não pesquisa o jovem
Dentro da própria Igreja, contudo, há posições críticas em relação à forma com o tema é tratado. Professor da Unisinos e responsável pelo Laboratório Juvenil do Vale, o padre Hilário Dick entende que a instituição perdeu os jovens. Segundo ele, a Igreja não ouve e não pesquisa o jovem.
– O Documento 85 era bonito. Previa liberdade e protagonismo, mas foi distorcido, porque a Igreja tem temor da autonomia do jovem – afirma ele.
Dick enxerga aspectos positivos na Jornada, mas considera que ela impede o protagonismo juvenil:
– Ela não é uma jornada mundial da juventude, é uma jornada mundial da Igreja se aproveitando da juventude. Quem está na frente da jornada e quem sobe no palco não são os jovens. São os padres, os bispos, os cardeais. Tudo vem pronto de Roma. O jovem é só massa de manobra.
Guilherme no altar do Papa
No dia 28 de julho, o estudante da PUCRS Guilherme Teixeira será um dos cem peregrinos presentes no altar em que o papa Francisco celebrará a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, no Rio.
– Quando ligaram para me contar, perguntei: “Por que eu?” Não me senti nada merecedor – afirma o jovem de 22 anos.
Guilherme milita desde 2006 no Curso de Liderança Juvenil (CLJ), criado em Porto Alegre em 1974 e atualmente o movimento jovem com mais grupos no sul do país. O CLJ é famoso pelos retiros de três dias nos quais os novatos vivem uma espécie de rito de passagem:
– É a primeira iniciação. Não posso dizer como é o curso, porque tem várias surpresas. O participante faz muitas descobertas – afirma.
Nos últimos tempos, revela o aluno de Letras, não tem sido fácil convencer os jovens a participar. A resistência, comenta ele, decorre de casos de pedofilia no clero e das posições da Igreja em relação a aborto e camisinha.
– Quando entrei, a gente convidava e o jovem ia na hora. Agora respondem que é ruim, que vão ficar enfurnados na igreja, o que não é verdade. É difícil mostrar a nossa realidade, explicar que a Igreja é contra certas coisas porque é a favor de outras – analisa.
João Lucas, a marca da renovação
O estudante de Engenharia Mecânica João Lucas Ferreira dos Santos ingressou no começo da adolescência no CLJ e atuou dos 15 aos 18 anos na Pastoral da Juventude, mas se encontrou mesmo ao ingressar no Ministério Jovem, no começo da idade adulta. O grupo é o braço jovem da Renovação Carismática, movimento que agitou o mundo católico com suas celebrações animadas e repletas de música.
– Fui contagiado pela oração, pelos retiros e pela vivência com a música. A marca da Renovação Carismática é a paixão pela Igreja – explica.
Morador de Esteio e aluno da Unisinos, João Lucas tem 23 anos. Recentemente, tornou-se o responsável pelo Ministério Jovem na arquidiocese de Porto Alegre, onde o movimento reúne cerca de 80 jovens. Cerca de 30 deles vão ao Rio para a Jornada. João Lucas revela que sua militância religiosa nem sempre é respeitada:
– Se o assunto é camisinha, por exemplo, dizem que sou conservador. São sarcásticos com minha opção de vida. Tiram onda, às vezes não têm respeito. Fico triste, chateado, mas não me deixo inibir. Se dão abertura, procuro falar do que aprendi e converter outras pessoas.
Bruna veste a capa guerreira
Na Europa medieval, ganharam o nome de guelfos as comunidades que pegaram em armas para defender os poderes do papa. Essa é a origem do nome da Sociedade dos Guelfos, um grupo que reúne jovens a partir dos 17 anos.
– Somos uma sociedade de guerreiros católicos em guerra espiritual. A luta contra o pecado é como uma batalha. Hoje os dogmas da Igreja estão sendo questionados, e nós somos hostilizados. Nosso martírio não é de sangue, como o dos primeiros cristãos, mas somos perseguidos moralmente. Cada um de nós tem de ser um guerreiro da luz no local em que está inserido – diz a estudante de Educação Física da UFRGS Bruna Caroline Oliveira Pedro, 25 anos.
Os Guelfos nasceram há uma década em Porto Alegre e se reúnem na Paróquia Senhor Bom Jesus. São cerca de 50 membros ativos. Eles chamam Jesus de general, inspiram-se em Joana D’Arc e usam uma capa como armadura.
Bruna, que estará no Rio com mais 30 integrantes da Sociedade, diz que sua batalha é mais fácil no ambiente de trabalho do que na faculdade:
– Em alguns grupos, se falo abertamente, caem em cima. Mas sempre acabamos conseguindo levar alguém para os retiros. Queremos pelo menos que entendam por que defendemos a Igreja.
Igor representará a Juventude
A comunidade do Mario Quintana, bairro pobre da periferia da Capital, juntou esforços para assegurar a viagem de Igor Moraes, 16 anos, ao Rio de Janeiro. Somadas, as contribuições garantiram R$ 1 mil para passagens aéreas e inscrição e outros R$ 400 para as despesas durante o evento. Igor foi selecionado para representar a Pastoral da Juventude de sua paróquia na Jornada. Será a primeira vez que viajará de avião e que irá além de Santa Catarina:
– Dá um nervosismo, ainda mais agora que está chegando mais perto do encontro. Minha mãe também está ansiosa, dando muito conselho – conta o aluno de 8ª série.
Igor representa bem o perfil da Pastoral, uma entidade com presença forte nas periferias. Filho de cabeleireira, ele é aprendiz em uma empresa de varejo, onde ganha meio salário mínimo. Como foi o escolhido para viajar pelo grupo da Paróquia Jesus de Nazaré no Rio, viaja com a missão de, na volta, compartilhar o que testemunhou:
– A ideia é montar um encontro para dividir o que eu observar – conta.
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itamar.melo@zerohora.com.br
Reportagem por ITAMAR MELO
OS GRUPOS |
MOVIMENTOS |
Há uma multiplicidade de organizações de jovens dentro da Igreja Católica. Conheça as principais linhas |
São organizações que estão presentes em diferentes paróquias e dioceses. Os integrantes do Objetivos Novos do Apostolado (Onda), por exemplo, costumam ter entre 10 e 14 anos. O Emaús é voltado a jovens adultos. O Curso de Liderança Juvenil (CLJ) atua numa faixa de idade intermediária. Outros movimentos com força são o Cenáculo de Maria e o Cursilho Jovem. Mais recentemente surgiu o Ministério Jovem ligado à Renovação Carismática. |
NOVAS COMUNIDADES |
As comunidades se originam em pessoas que eram pouco participantes ou indiferentes à religião e se converteram. As atividades estão voltadas para orações, retiros e encontros. Têm um fundador, que serve de referência. Alguns desses grupos extrapolaram sua paróquia originária, como a Comunidade Shalom, que nasceu em Fortaleza e hoje está presente em Porto Alegre. O grupo Paz & Mel é um dos poucos com origem na própria Capital. |
ASSOCIAÇÕES |
São organizações de caráter formal, ligadas a linhas de espiritualidade consolidadas na Igreja, seguindo os ensinamentos daquela escola, muitas vezes associados à pregação de algum santo inspirador. Entre os grupos desse tipo existente no Estado estão a Associação Pio XII, que se dedica aos estudos de teologia e faz um trabalho social de assistência a moradores de rua, e a Sociedade dos Guelfos, cujos integrantes se veem como guerreiros católicos e consideram Jesus o seu general. |
GRUPOS DE CONGREGAÇÕES |
As variadas congregações religiosas que existem dentro da Igreja Católica costumam organizar agremiações de jovens, que seguem a filosofia da entidade. Esses grupos jovens costumam ser consequência da presença da congregação em uma determinada comunidade. Os franciscanos, por exemplo, têm em seu seio a Juventude Franciscana (Jufra). Já a Articulação da Juventude Salesiana (AJS) é ligada aos salesianos. |
PASTORAIS |
A Pastoral da Juventude, a Pastoral da Juventude Rural e a Pastoral da Juventude Estudantil são grupos que surgiram influenciados pela Teologia da Libertação e têm como característica principal a intervenção social. Organizações com o maior número de grupos no Estado (cerca de 30% do total, segundo a CNBB), estão muito presentes na periferia e no Interior. |
GRUPOS PAROQUIAIS |
São grupos de jovens vinculados a uma paróquia específica, sem ramificações em outras paróquias e sem ligação entre si. Costumam atuar sob a orientação do pároco e ter uma atividade voltada à própria comunidade, participando da liturgia e da catequese. |
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