quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O aumento da crença no criacionismo nos Estados Unidos

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 A busca pela certeza é uma tradição americana 
(Reprodução/Economist)
Aquela antiga religião é forte nos EUA. Para tomar apenas uma medida, por década mais de 40% dos americanos afirmam consistentemente aos pesquisadores da Gallup que Deus criou os humanos mais ou menos como esses são hoje há menos de 10.000 anos. Eles estão adotando um relato das origens do homem promovido por criacionistas da Terra jovem que recorrem a uma leitura dolorosamente literal das Escrituras, deixando de lado os contra-argumentos da ciência (os fósseis são uma relíquia do dilúvio de Noé, argumentam, e a evolução é um mito avançado por ateus). Em uma pesquisa recente 58% dos republicanos e 41% dos democratas afirmaram crer no criacionismo. Os alicerces dessas fés são o princípio da infalibilidade bíblica, isto é, uma certeza de que as Escrituras são necessariamente verdadeiras.

A busca pela certeza é uma tradição americana. Os crentes do Velho Mundo em geral herdam a religião de forma passiva, como um artefato cultural. Os americanos, um povo individualista, tem uma propensão maior a trocar de igrejas ou pastores até encontrar um credo que faça sentido para eles. Eles admiram textos seminais (como por exemplo a constituição), os quais cidadãos prosaicos podem tomar por verdades imutáveis.

Ao mesmo tempo, a fé literal está em crise. Americanos jovens estão se distanciando das denominações rígidas, as quais detêm bastante influência sobre a vida americana no pós-guerra. Ao atingirem os 18 anos de idade, a metade dos evangélicos abandona suas fés, e entrar em uma universidade pública é especialmente perigoso. O aparente paradoxo de uma forte crise na fé é explicado pela rigidez: aquilo que não dobra pode vir a quebrar. O perigo é sentido de forma aguda em círculos cristãos conservadores, nos quais foi iniciado um debate sobre as perspectivas de longo prazo do movimento.
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 http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/o-aumento-da-crenca-no-criacionismo-nos-estados-unidos/ 28/11/2013

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