Filipinas, 10.11.2013. Foto: Erik De Castro/Reuters
O papa reuniu-se esta quinta-feira, no Vaticano, com
membros da comunidade filipina, com quem rezou pelas vítimas do furacão
Haiyan, que no dia 8 de novembro causou mais de quatro mil mortos, 18
mil feridos e 1600 desaparecidos, além de arrasar milhares de
habitações.
«Nestes dias, também eu tenho estado muito próximo do
vosso povo. E senti que a provação era forte, demasiado forte. Mas
também senti que o povo era forte», frisou depois de ouvir a
intervenção do cardeal filipino Luis Antonio Tagle.
«Porque sucedem estas coisas? Não se pode explicar. Há
tantas coisas que não podemos compreender», acrescentou, antes de
evocar a imagem das crianças que fazem perguntas a que os pais nem
sempre respondem.
«Quando as crianças começam a crescer, não entendem as
coisas e começam a fazer perguntas ao pai ou à mãe: "Papá, porquê?
Porquê? Porquê?". (...) Mas se estivermos atentos, veremos que a
criança não espera a resposta do seu pai ou da sua mãe: um outro
porquê, e um outro porquê... A criança precisa, naquela insegurança,
que o seu pai e a sua mãe olhem por ele. Precisa dos olhos dos seus
pais, precisa do coração dos seus pais», disse.
«Nestes momentos de tanto sofrimento, não cesseis de
dizer: "Porquê?". Como as crianças... E assim atraís os olhos do nosso
Pai sobre o vosso povo; atraís a ternura do papá do céu sobre vós. Como
faz a criança quando pergunta: "Porquê? Porquê?"».
«Nestes momentos de dor, esta força seja a oração mais
útil: a oração do porquê. Mas sem pedir explicações, apenas pedir que o
nosso Pai nos guarde. Também eu vos acompanho, com esta oração do
porquê», concluiu Francisco.
Papa
Francisco abraça o cardeal Luis Antonio Tagle durante o encontro com a
comunidade filipina. Vaticano, 21.11.2013.
Foto: REUTERS/Alessandro
Bianchi
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Texto em português de Portugal.
Fonte: http://www.snpcultura.org/papa_francisco_reza_pelas_filipinas_a_oracao_do_porque.html
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