segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A CORAGEM

 Valerio Albisetti*
 

O problema é que pensamos que não temos coragem. Por isso, todos nós devemos fazer com que ela se manifeste. 

Às vezes, bastam uns gramas a mais de coragem para vencer. 

Nunca abandones o desafio nem te dês por vencido. Para, repousa, para voltares a partir com mais coragem. Não te deixes deprimir quando tudo parece não andar como deve ser: para e espera. 

Em silêncio. 

E a coragem voltará. 

Estás à procura do lugar certo onde encontrar a coragem? 

Não está em lugar algum! Está em ti! Está dentro de ti, sem exceção.

Ainda ninguém conhece com precisão o enorme potencial do nosso cérebro. 

Nunca nos esqueçamos de que somos criaturas divinas, feitas «à sua imagem». 

O medo prejudica, mas também o não-medo é perigoso. 

O não-medo é gerado pela inconsciência, pela superficialidade e pela ignorância. 

O não-medo pertence a pessoas não responsáveis, infantis. 

Frequentemente, confundimos o não-medo com a coragem. 

Quando, por exemplo, assistimos a uma discussão perigosa para a incolumidade, para a integridade e segurança, de quem a desencadeia e dos outros, poderemos chamar a isso coragem? 

Não. 

A coragem não é não ter medo. 

Ao contrário, o não-medo é dos inseguros, de quem se sente inferior. 

Muitas vezes, atrás do não-medo esconde-se precisamente o medo. 

Medo da responsabilidade. 

Ter demasiado medo ou não ter medo de nada são duas faces da mesma moeda. 

Em ambos os casos, encontramo-nos perante uma pessoa que não quer viver a realidade. 

Não é consciente. 

Não quer conhecer a sua humanidade, com os seus méritos e defeitos. 

O medo existe para ser superado e não para ser negado. 

Esta diferença torna o homem verdadeiro.

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* Psicólogo, professor universitário
In Felizes apesar de tudo, ed. Paulinas
Fonte: http://www.snpcultura.org/a_coragem.html 14.11.13Imagem da Internet

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