Maria Clara Lucchetti Bingemer*
"...são as profundezas do mosteiro cisterciense onde passou seus jovens
anos. Ali, na contemplação incessante e no louvor comunitário, estão as
raízes desse jeito meio “taciturno”
que nele vemos."
A Igreja Católica no Rio de Janeiro acaba de receber um
presente. Dom Orani João Tempesta, seu arcebispo, é nomeado cardeal pelo
Papa Francisco. Trata-se de uma notícia já esperada, mas que, apesar
disso, ou talvez por isso mesmo, provoca profunda alegria em todos os
católicos cariocas. E também nos não católicos, que aprenderam a
conhecer e apreciar seu arcebispo nestes anos em que está à frente da
diocese.
Desde sua chegada, foi possível sentir qual a fonte da vocação do arcebispo: são as profundezas do mosteiro cisterciense onde passou seus jovens anos. Ali, na contemplação incessante e no louvor comunitário, estão as raízes desse jeito meio “taciturno” que nele vemos: o falar pouco e escutar muito, o ter humor discreto, que só se expressa quando a ocasião se apresenta, e ser simples e estar à vontade em todos os ambientes, dos mais pobres aos mais refinados.
O mosteiro certamente também foi bom espaço para que o futuro pastor sentisse a importância da comunicação para a Igreja. Assim é que, uma vez bispo, ocupou com eficiência a coordenação do setor de comunicação da CNBB. E essa expertise o levou a capitalizar para a cidade, onde se encontra sua diocese, uma série de eventos importantes que muito valorizaram o Rio na Igreja do Brasil.
Chegando a uma diocese que perdia católicos em ritmo acelerado, agiu e reagiu rápida e eficientemente. Cercou-se de uma assessoria competente, motivou de forma intensa a colaboração da juventude e usou seu talento para a comunicação. Hoje a Igreja local fervilha de iniciativas positivas, que integram o privilegiado quadro natural de beleza no qual está situada. Com ousadia e determinação, levou adiante e a bom termo o magno evento da Jornada Mundial da Juventude. O Brasil e o mundo estiveram pendentes desse acontecimento multitudinário, no qual a fé da juventude do mundo inteiro pôde expor-se, expressar-se e demonstrar que está viva e pujante. A presença do Papa Francisco foi o centro da JMJ. Mas, se não houvesse na organização a presença competente e incansável do arcebispo, nada teria sido da mesma forma.
Hoje o Papa chama seu anfitrião para colaborar mais intimamente neste Pontificado que enche o mundo inteiro de esperança. Será uma grande alegria ver Dom Orani receber esse reconhecimento do Pontífice. Receba nosso abraço, Eminência. E que Deus o abençoe!
----------------
* Teóloga. Escritora. Professora da PUC/Rio
Fonte: Jornal o Globo online, 13/01/2014
Imagem da Internet
Desde sua chegada, foi possível sentir qual a fonte da vocação do arcebispo: são as profundezas do mosteiro cisterciense onde passou seus jovens anos. Ali, na contemplação incessante e no louvor comunitário, estão as raízes desse jeito meio “taciturno” que nele vemos: o falar pouco e escutar muito, o ter humor discreto, que só se expressa quando a ocasião se apresenta, e ser simples e estar à vontade em todos os ambientes, dos mais pobres aos mais refinados.
O mosteiro certamente também foi bom espaço para que o futuro pastor sentisse a importância da comunicação para a Igreja. Assim é que, uma vez bispo, ocupou com eficiência a coordenação do setor de comunicação da CNBB. E essa expertise o levou a capitalizar para a cidade, onde se encontra sua diocese, uma série de eventos importantes que muito valorizaram o Rio na Igreja do Brasil.
Chegando a uma diocese que perdia católicos em ritmo acelerado, agiu e reagiu rápida e eficientemente. Cercou-se de uma assessoria competente, motivou de forma intensa a colaboração da juventude e usou seu talento para a comunicação. Hoje a Igreja local fervilha de iniciativas positivas, que integram o privilegiado quadro natural de beleza no qual está situada. Com ousadia e determinação, levou adiante e a bom termo o magno evento da Jornada Mundial da Juventude. O Brasil e o mundo estiveram pendentes desse acontecimento multitudinário, no qual a fé da juventude do mundo inteiro pôde expor-se, expressar-se e demonstrar que está viva e pujante. A presença do Papa Francisco foi o centro da JMJ. Mas, se não houvesse na organização a presença competente e incansável do arcebispo, nada teria sido da mesma forma.
Hoje o Papa chama seu anfitrião para colaborar mais intimamente neste Pontificado que enche o mundo inteiro de esperança. Será uma grande alegria ver Dom Orani receber esse reconhecimento do Pontífice. Receba nosso abraço, Eminência. E que Deus o abençoe!
----------------
* Teóloga. Escritora. Professora da PUC/Rio
Fonte: Jornal o Globo online, 13/01/2014
Imagem da Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário