Hoje,
o exterior da casa mantém aquela pátina de "velho mundo". Mas dentro, a
casa é um casamento entre acabamentos modernos e as estruturas
originais
Foto:
Andrea Wyner/ / The New York Times
Para reformar a morada de 465 metros quadrados, que foi adquirida por US$ 1 milhão, os donos gastaram quase US$ 2,6 milhões, numa obra que durou quase quatro anos
Sandy Keenan
Elisabetta Bruscolini e Giancarlo Astrólogo são verdadeiros
colecionadores de amigos, objetos e casas. Ela é gerente de uma escola
de cinema na Itália. Ele, um ex-estilista de alta costura que agora
coleciona obras de arte. Contudo, embora estejam juntos há 16 anos,
nunca sentiram a necessidade de se casarem.
– Casamento? Não acho importante. Um relacionamento é algo
que escolhemos a cada dia. Divertimos um ao outro e não nos entediamos
pois gostamos das mesmas coisas: amigos, arte, cinema, viagens – diz
Elisabetta.
E a grande comunidade de amigos que cultivaram se junta a suas
famílias estendidas (três filhos adultos e muitos netos), não apenas em
Roma, onde vivem, mas também na Toscana, onde passam parte do tempo
livre.
No começo do relacionamento, reformaram uma casa na cidade
toscana de Castelmuzio, preservando meticulosamente o exterior medieval e
transformando o interior em um espaço moderno, arrojado e limpo. Porém,
em 2007, quando caminhavam pelo interior, descobriram que uma
propriedade que namoravam há tempos, uma grande paróquia ligada a uma
velha igreja, estava à venda.
– Nós a compramos em dois dias. Fica em meio a um olival, um lugar mágico – diz ela.
A igreja de Pieve di Santo Stefano a Cennano foi consagrada
católica em 1285, mas data de cerca de 715 a.C. Durante séculos, a
residência de pedra adjacente abrigou padres, peregrinos, cavaleiros e
agricultores.
– Nos primeiros cinco meses, desfizemos tudo que havia sido feito
nos últimos cem anos e a estrutura original começou a aparecer.
Seguimos a mesma ideia da velha casa: quartos abertos e grandes – revela
Elisabetta sobre a morada que acomoda até 12 pessoas.
Acabar com odores antigos e desagradáveis não é um desafio que os
arquitetos geralmente enfrentam, mas o mau cheiro era onipresente no
andar de baixo, recorda Ilene Steingut, arquiteta americana que
trabalhou na equipe.
Durante séculos, as paredes de pedra do andar inferior criaram o local ideal para os animais fazerem as necessidades.
– Para garantir que o cheiro não ressurgisse, fizemos um sistema
de paredes com espaço entre as estruturas existentes. As novas são de
tijolos de alvenaria ocos – detalha Steingut.
Recentemente, Elisabetta especulou sobre por que a relação com
Giancarlo funcionava e sobre sua próxima parceria. Ela imagina uma casa
em alguma ilha grega perto do mar.
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THE NEW YORK TIMES
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/casa-e-cia/noticia/2013/04/
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