Um
dos suspeitos do ataque terrorista em Boston, o jovem de origem tchetchena
Tamerlan Tsarnaev, disse que não tinha “um único amigo” nos Estados Unidos. Ele
morreu durante uma troca de tiros com a polícia na manhã desta sexta (19). O
outro suspeito do atentado é o irmão mais novo de Tamerlan, Dzhokhar Tsaenaev,
19, que continua foragido. A ação, realizada na tarde de segunda (15), deixou
um saldo de três mortos e 176 feridos. Tamerlan era apaixonado por boxe. Em um
perfil publicado em uma revista local em 2008, o jovem estudante de engenharia
da faculdade comunitária de Bunker Hill, em Boston, afirma que deixou os
estudos por um semestre para se dedicar a campeonatos estudantis do esporte. “Se
eu ganhar um monte de lutas poderia me tornar cidadão dos Estados Unidos para
competir na Olimpíada”, disse Tamerlan Tsarnaev. Ele e sua família deixaram a
Tchetchênia no início dos anos 1990, devido ao conflito armado na região, e
chegaram a viver por alguns anos no Cazaquistão, antes de se mudarem para os
Estados Unidos.
Segundo
conta reportagem da revista Slate,
Tamerlan dizia se sentir isolado por manter um estilo de vida diferente da
maioria dos jovens norte-americanos, por não
fumar nem consumir álcool. “Eu sou muito
religioso. Deus diz ‘não’ ao álcool’, disse ele. “Mas não há mais valores e
as pessoas não se preocupam mais em se portar bem.”
Após
o anúncio dos ataques, o pai dos suspeitos, Anzor Tsarnaev, disse não acreditar
que seus filhos estejam envolvidos no ataque. Ele defendeu o filho mais novo,
que disse se tratar de um jovem inteligente e talentoso. “Meu filho é um
verdadeiro anjo. Dzhokhar é estudante do segundo ano de medicina nos Estados
Unidos. Ele é um garoto muito inteligente. Nós esperávamos ele para as férias.”
[...]
Nota:
Conforme destacou o amigo jornalista Ruben Holdorf, chama atenção o perfil do
suspeito construído pelas autoridades norte-americanas e reproduzido pelas
mídias subservientes. Tamerlan e a família dele deixaram a Tchetchênia no início dos
anos 1990, devido ao conflito armado na região, e chegaram a viver por alguns
anos no Cazaquistão, antes de se mudarem para os Estados Unidos. Segundo conta
reportagem da revista Slate, Tamerlan
dizia se sentir isolado por manter um estilo de vida diferente da maioria dos
jovens norte-americanos, por não fumar nem consumir álcool. “Eu sou muito
religioso. Deus diz ‘não’ ao álcool”, disse ele. “Mas não há mais valores e as
pessoas não se preocupam mais em se portar bem.” Esse perfil condiciona as
pessoas a pensar que ser diferente não é conveniente, é perigoso. De modo
análogo, a mídia também mata a democracia com doses homeopáticas e condiciona o
mundo a aceitar o autoritarismo ou alguma coisa em substituição à democracia
das liberdades individuais e coletivas. De certa forma, Tamerlan tem o perfil de um "fundamentalista", e esses se tornam cada vez mais indesejáveis (assista isto).[MB]
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Fonte: http://www.criacionismo.com.br/2013/04/
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