Thays Prado, da Tato
Não faz muito tempo, constatei que “sucesso” talvez seja um dos meus
pontos fracos em minha trajetória de evolução humana. Explico: sempre
que sou bem sucedida na execução de uma tarefa – o que vai desde a
organizar minha casa impecavelmente no fim de semana a contribuir para
ganhar a concorrência de uma conta para a agência de publicidade onde
trabalho -, me sinto muito bem. E isso, por mais estranho que pareça,
independe de ser algo que eu realmente queira pra mim naquele momento ou
mesmo na vida.
Isso porque meu cérebro (ou meu ego) trabalha com algumas premissas que nem eu sei muito bem de onde vêm:
1. Thays quer ser feliz.
2. Sucesso traz felicidade.
3. Thays deve ser sinônimo de sucesso.
4. Sucesso = missão cumprida, seja ela qual for.
2. Sucesso traz felicidade.
3. Thays deve ser sinônimo de sucesso.
4. Sucesso = missão cumprida, seja ela qual for.
Logo, para ser feliz, Thays deve cumprir qualquer missão que lhe for designada.
Só que não. Cumprir as missões que se apresentam nem sempre tem me
feito verdadeiramente feliz. Ao contrário. Em muitos casos, minha alma
desejava mesmo era dizer um belo “Não, eu não sei e não quero aprender”,
“Isso não me interessa”, “Não é disso que eu gosto”, “Meu caminho não é
por aqui”, “Eu não sou assim e ponto final”.
E talvez isso poupasse muito esforço e um desvio enorme de rota. Mas,
a princípio, meu condicionamento me convence de que preciso executar,
com o mais próximo que conseguir da perfeição, o que a vida, o trabalho,
os relacionamentos, a sociedade, a cultura e minha personalidade pedem
de mim.
E sou recompensada com essa sensação de bem-estar que, agora vejo, se
deve muito mais ao fato de eu, ao terminar uma tarefa, recuperar a
imensa quantidade de energia que deposito em cada coisa que faço, do que
a uma felicidade real, capaz de satisfazer a minha essência.
Não são raras as vezes em que Catherine Wilkins, minha tutora de
Fractologia, me diz que eu (ou qualquer Ser) não preciso ser tudo, não
preciso ser outra, não preciso ser diferente, não preciso ser igual,
preciso ser apenas Quem Eu Verdadeiramente Sou. Apenas isso.
Essa é a única e verdadeira missão em que eu deveria me focar. Em
aproximar cada vez mais as manifestações do ser humano que sou agora e a
vibração que vem da minha essência.
Catherine vai além. Ela diz que não adianta nada sermos muito bem
sucedidos em algo que não está alinhado com Quem Somos de Verdade. Isso
apenas nos afasta ainda mais da nossa real trajetória.
Por isso, num exercício diário de conexão com essa minha vibração
original, estou começando a celebrar os nãos, os fracassos, as portas
fechadas, o que parece não ter dado certo, os amigos que perco pelo
caminho, o que esqueço, o que não acontece, o que eu não dou conta de
fazer tão bem. Porque, às vezes, tudo isso é apenas uma boa mão que o
Universo nos dá para evitar que nos desviemos de nós mesmos.
E o seu conceito de sucesso, te aprisiona ou te liberta?
(EcoD
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Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/o-que-e-sucesso-para-voce/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mercado-etico-hoje
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