Rui Jorge Martins*
O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da
Cultura considera que a frase «a bondade é o idioma que o surdo ouve e o
cego vê», do escritor norte-americano Mark Twain (1835-1910),
sintetiza o ambiente que se vive entre muitos católicos.
«Um mês passado da eleição do Papa Francisco, talvez
essa frase, melhor do que outras, nos possibilite a compreensão da
expectativa primaveril que percorre agora a Igreja, e vai até para além
dela», escreve o padre José Tolentino Mendonça no mais recente
editorial da Agência Ecclesia.
Ainda que o pontificado seja curto, o responsável está
convicto de que os primeiros 30 dias marcam «um estilo» que tem
causado «enorme entusiasmo».
«O estilo é o léxico da profecia. O estilo inspira. E o
estilo do papa Francisco interpela tanto (e tantos) por ser isto: um
despojado e paterno magistério da bondade. A bondade que é uma
essencial gramática cristã e humana. Todos a entendem», sublinha.
No livro de entrevistas que vai ser lançado esta
terça-feira em Portugal, o papa, então cardeal Jorge Bergoglio,
arcebispo de Buenos Aires, dizia que é «fundamental o diálogo ético,
mas de uma ética com bondade», acrescentando ter «pânico dos defensores
de uma ética sem bondade», assinala o padre Tolentino Mendonça.
«Toca-nos muito que o sucessor de Pedro sinta que a
forma evangélica de tocar o coração humano é a bondade», conclui o
vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa.
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Rui Jorge Martins - colunista da SNPC
Fonte: © SNPC | 13.04.13
Fonte: © SNPC | 13.04.13
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