domingo, 14 de abril de 2013

Uma frase para dizer o papa Francico e a primavera da Igreja: «A bondade é o idioma que o surdo ouve e o cego vê»

Rui Jorge Martins*

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O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura considera que a frase «a bondade é o idioma que o surdo ouve e o cego vê», do escritor norte-americano Mark Twain (1835-1910), sintetiza o ambiente que se vive entre muitos católicos.

«Um mês passado da eleição do Papa Francisco, talvez essa frase, melhor do que outras, nos possibilite a compreensão da expectativa primaveril que percorre agora a Igreja, e vai até para além dela», escreve o padre José Tolentino Mendonça no mais recente editorial da Agência Ecclesia.

Ainda que o pontificado seja curto, o responsável está convicto de que os primeiros 30 dias marcam «um estilo» que tem causado «enorme entusiasmo».

«O estilo é o léxico da profecia. O estilo inspira. E o estilo do papa Francisco interpela tanto (e tantos) por ser isto: um despojado e paterno magistério da bondade. A bondade que é uma essencial gramática cristã e humana. Todos a entendem», sublinha.

No livro de entrevistas que vai ser lançado esta terça-feira em Portugal, o papa, então cardeal Jorge Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, dizia que é «fundamental o diálogo ético, mas de uma ética com bondade», acrescentando ter «pânico dos defensores de uma ética sem bondade», assinala o padre Tolentino Mendonça.

«Toca-nos muito que o sucessor de Pedro sinta que a forma evangélica de tocar o coração humano é a bondade», conclui o vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa.
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Rui Jorge Martins - colunista da SNPC
Fonte: © SNPC | 13.04.13

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