A ERA DA TECNOLOGIA reduziu distâncias e aumentou a eficiência das empresas, mas não reduziu dois principais problemas do mundo moderno: o consumo de recursos naturais e a produção de resíduos. De acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), a fabricação de um computador consome 1,8 tonelada de matéria-prima (incluídos os 1,5 mil litros de água gastos na produção de microchips). Um automóvel, por exemplo, exige “apenas” duas vezes o seu peso em insumos até a saída da linha de montagem.
Por ano, são despejados no mercado mundial 230 milhões de computadores, 1 bilhão de celulares e 45,5 milhões de tevês. Os números são assustadores, e o Brasil engatinha na redução do impacto da tecnologia sobre o meio ambiente. A Lei de Resíduos Sólidos, em tramitação no Congresso, incluiu, em outubro, itens que podem exigir tratamento específico para o lixo eletrônico. Entre eles a chamada logística reversa, que torna o fabricante responsável pelo produto até a fase do descarte. Seja por boa vontade, seja por força de lei, o “pós-consumo” e as práticas ambientalmente sustentáveis vão ter de entrar na pauta das empresas.
FONTE: Por André Siqueira – Combate ao lixo eletrônico. Revista CARTA CAPITAL, nº 573 25 NOV 2009. p.65.
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