Evani está retornando ao Estado após uma temporada em Santa Catarina
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Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Idosa dada como desaparecida estava viajando pelo litoral catarinense
Aposentada gaúcha de 63 anos que se tornou hit na internet conta por que decidiu deixar a família e viajar pelo mundo
Dona Evani Rossal está bem. Foi curtir a vida e conhecer o mundo.
A moradora de Passo Fundo foi dada como desaparecida em 1º de outubro após uma denúncia de um filho adotivo à polícia da cidade. No entanto, ela mesma fez questão de desfazer o engano no site de notícias da Rádio Planalto.
O que seria apenas o esclarecimento de um mal entendido se tornou a exposição de vários conflitos familiares.
O caso teve repercussão nacional e rendeu à aposentada de 63 anos uma legião de apoiadores. Nas redes sociais, o público a apoiava. "Vai ser feliz", recomendava um. "Obrigado por mudar minha vida", dizia outro. Em pouco tempo, Dona Evani se tornou meme, virou tema de um Tumblr e, acima de tudo, inspiração para muitas pessoas. Agora, ela só pensa em sair do mundo em que ficou reclusa por mais de seis décadas.
— Conhecia só até Marau. Passei 40 anos trancada. Agora, vou conhecer o mundo — revela.
Confira a entrevista que Evani Maria Rocha Rossal concedeu à Zero
Hora, à beira da estrada, retornando ao Estado após uma temporada em
Santa Catarina:
Zero Hora — O que aconteceu realmente?
Evani Rossal — Eu moro sozinha no meu apartamento e meu filho adotivo mora a uma quadra e meia. Há 10 dias, eu adoeci. Tirei cinco dentes da frente e tive infecção por conta da diabetes. Estava de cama, com febre, e ele não aparecia para me ver. Resolvi conversar com uma enteada, pegar o carro e ir para Pântano do Sul (SC), na Praia da Armação. Aí ela me cuidou, estou melhor. Inclusive estou indo a Porto Alegre buscar duas sobrinhas-netas que vão viajar comigo.
Evani Rossal — Eu moro sozinha no meu apartamento e meu filho adotivo mora a uma quadra e meia. Há 10 dias, eu adoeci. Tirei cinco dentes da frente e tive infecção por conta da diabetes. Estava de cama, com febre, e ele não aparecia para me ver. Resolvi conversar com uma enteada, pegar o carro e ir para Pântano do Sul (SC), na Praia da Armação. Aí ela me cuidou, estou melhor. Inclusive estou indo a Porto Alegre buscar duas sobrinhas-netas que vão viajar comigo.
Zero Hora — A senhora vai viajar para onde?
Evani — Vou conversar com elas e ver. É a primeira
vez que saio pra viajar. Criei dois filhos adotivos e outro meu. Sou
viúva há 16 anos de um capitão da Brigada. Como tenho uma pensão
razoável, dá para viajar.
Zero Hora — Na internet, a senhora expôs problemas particulares com um de deus filhos adotivos. Qual é a sua relação com ele?
Evani — Aquele ali, que mora pertinho, saiu de casa
há uns seis meses. Ele se formou, arrumou um emprego, está trabalhando
de carteira assinada e tudo. Simplesmente foi viver a vida dele e aí me
abandonou. Ele só me visitava, dava uma passadinha. O problema é que,
quando tive febre, tirei os dentes e tive infecção. Não podia falar nem
comer. Ele simplesmente se afastou, disse que não tinha mais obrigação
de me cuidar.
Zero Hora — A senhora viu a repercussão que o caso teve?
Evani — Eu vi, mas foi o que aconteceu. Não pensei que teria uma repercussão tão grande. E não teve nada de mais. Não menti. Tudo o que eu disse é verdadeiro. Ele já tinha me feito uma. Foi no banco, fez um empréstimo de R$ 40 mil da minha conta — que era conjunta — e fugiu com a Lorrelaine para São Paulo. Ela era casada, deixou o marido. Estou pagando até hoje. Desta vez, quando saí, tudo o que tinha de valor, as jóias, deixei chaveado.
Evani — Eu vi, mas foi o que aconteceu. Não pensei que teria uma repercussão tão grande. E não teve nada de mais. Não menti. Tudo o que eu disse é verdadeiro. Ele já tinha me feito uma. Foi no banco, fez um empréstimo de R$ 40 mil da minha conta — que era conjunta — e fugiu com a Lorrelaine para São Paulo. Ela era casada, deixou o marido. Estou pagando até hoje. Desta vez, quando saí, tudo o que tinha de valor, as jóias, deixei chaveado.
Zero Hora — E agora, passado tudo isso, pretende continuar viajando?
Evani — Eu dizia que, enquanto meu filho, que é adotivo, não se formasse, eu não sairia de casa. Dei escola e faculdade para o meu filho verdadeiro e para a outra menina, que também é adotiva, por que não daria para ele também!? Ele tem 26 anos. Eu o peguei com oito dias. Era prematuro, de sete meses, e tinha só 1,6 kg. Era daquelas donas de casa que tinha de ficar em casa cuidando dos filhos. Meu marido não deixava faltar nada, mas proibia tudo. Só conhecia até Marau. Passei 40 anos trancada. Agora, vou conhecer tudo. Eu quero sair para passear, conhecer o mundo. É até um conselho do meu filho mais velho. Ele me disse para aproveitar a vida.
Evani — Eu dizia que, enquanto meu filho, que é adotivo, não se formasse, eu não sairia de casa. Dei escola e faculdade para o meu filho verdadeiro e para a outra menina, que também é adotiva, por que não daria para ele também!? Ele tem 26 anos. Eu o peguei com oito dias. Era prematuro, de sete meses, e tinha só 1,6 kg. Era daquelas donas de casa que tinha de ficar em casa cuidando dos filhos. Meu marido não deixava faltar nada, mas proibia tudo. Só conhecia até Marau. Passei 40 anos trancada. Agora, vou conhecer tudo. Eu quero sair para passear, conhecer o mundo. É até um conselho do meu filho mais velho. Ele me disse para aproveitar a vida.
Zero Hora — E onde a senhora está?
Evani — Estou na BR-101. Graças a Deus estou bem, sou eu que dirijo. Mas não sei qual é a cidade. É um restaurante onde os ônibus param, perto de Garopaba. Vou tomar alguma coisa e dar uma descansada.
Evani — Estou na BR-101. Graças a Deus estou bem, sou eu que dirijo. Mas não sei qual é a cidade. É um restaurante onde os ônibus param, perto de Garopaba. Vou tomar alguma coisa e dar uma descansada.
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