Joaquim Motta*
Todas as pessoas que tentam estabelecer um relacionamento amoroso têm a
expectativa de que possam acertar, querem um vínculo gratificante e
duradouro. Se estão vivendo um namoro, seria a sequência natural evoluir
para um casamento ou uma relação estável.
No entanto, muito a contragosto dos pares, costuma acontecer um desgaste cotidiano que pode se tornar muito persistente e influente, de maneira que, se não for capaz de acabar com a relação, chega a detoná-la.
Muitos casais se acomodam em relacionamentos ruins, ora porque construíram família, os filhos e o patrimônio podem ser prejudicados, ora porque dependem financeiramente do cônjuge e outras razões semelhantes.
Infelizmente, há até pares que ficam na relação por vingança, querendo atazanar a vida daquele que foi infiel, por exemplo.
Uma porcentagem razoável de casais, por outro lado e felizmente, sustenta suas relações em excelente nível de entrosamento geral. Têm bom aproveitamento das convergências, equilibram bem as divergências e usufruem bastante do clima romântico e sexual. Haveria alguns segredos para isso?
Não querendo criar conselhos de generalização, podemos apontar quatro pontos muito importantes para a boa manutenção do relacionamento. Os três primeiros são para casais com ou sem filhos. O quarto é para os que constituíram família.
O primeiro ponto: cada um precisa sentir-se livre e acompanhado.
É extremamente agradável a convivência que não anula as personalidades dos pares. Cada um tem seu espaço e seu tempo individual, sem restrições ou controle por parte do outro. E com a certeza da presença dele, contando com a companhia para compartilhar os bons momentos, os prazeres, bem como as situações comuns, rotineiras, e as dificuldades. O par que se conduz assim é um grande aliado com amor, liberdade, cuidados e sem posse.
Sentir-se livre e acompanhado proporciona benefícios nos dois lados da questão: o companheiro não sente a pressão do compromisso, não precisa se mostrar fingido, hipócrita; e pode contar com o apoio do outro nas necessidades de cada um.
O segundo ponto: diferenciar as intimidades visceral e erótica.
No início das relações, o moço toma banho, arruma-se com esmero e vai perfumado encontrar a namorada também toda produzida. Só no motel é que revelam a lingerie, a sunga.
Muitos pares se esquecem desse capricho, vão paulatinamente relaxando suas apresentações. Muitos só se arrumam quando recebem visitas ou saem com amigos. Descuidam até de fechar a porta do banheiro - e não contêm a flatulência! Vão se tornando viscerais ao invés de se preservar para os momentos de erotismo, de revelação sexual.
Deixemos a intimidade visceral para as situações excedentes, por exemplo, em doenças que exijam atenção e cuidados diretos. Daí, é natural e até devido que um cônjuge encha o quarto de remédios e acessórios para tratar do outro.
O terceiro ponto: exercitar o amor de aprovação e o de crítica.
Amar implica elogios, reforços, estímulos positivos e aplausos. Mas também necessita de críticas e comentários construtivos. Quem ama quer promover o outro – não é possível fazer isso poupando-o, sem criticá-lo.
O quarto ponto: dedicar-se aos filhos preservando os limites do casal.
Depois que nasce uma criança, é natural que o casal se volte para ela, há aquela necessidade exigida pela puericultura, os primeiros cuidados e amamentação. Progressivamente, é essencial que os pares se favoreçam de períodos exclusivos, criando quartos para os filhos, mantendo o hábito das portas fechadas.
É claro que, diante de qualquer emergência, a prioridade será das crianças, mas a rotina, quanto mais amadurecida a descendência estiver, deve contemplar o casal.
Dentro do possível, uma fórmula prática e simples é caracterizar domingos e dias úteis ímpares para a família, enquanto sextas à noite, sábados e dias úteis pares ficam para o casal.
Sabemos que as sugestões jamais se sustentariam sem o recheio sentimental que conecta os pares. Sem amor, só mesmo as relações insuportáveis!
No entanto, muito a contragosto dos pares, costuma acontecer um desgaste cotidiano que pode se tornar muito persistente e influente, de maneira que, se não for capaz de acabar com a relação, chega a detoná-la.
Muitos casais se acomodam em relacionamentos ruins, ora porque construíram família, os filhos e o patrimônio podem ser prejudicados, ora porque dependem financeiramente do cônjuge e outras razões semelhantes.
Infelizmente, há até pares que ficam na relação por vingança, querendo atazanar a vida daquele que foi infiel, por exemplo.
Uma porcentagem razoável de casais, por outro lado e felizmente, sustenta suas relações em excelente nível de entrosamento geral. Têm bom aproveitamento das convergências, equilibram bem as divergências e usufruem bastante do clima romântico e sexual. Haveria alguns segredos para isso?
Não querendo criar conselhos de generalização, podemos apontar quatro pontos muito importantes para a boa manutenção do relacionamento. Os três primeiros são para casais com ou sem filhos. O quarto é para os que constituíram família.
O primeiro ponto: cada um precisa sentir-se livre e acompanhado.
É extremamente agradável a convivência que não anula as personalidades dos pares. Cada um tem seu espaço e seu tempo individual, sem restrições ou controle por parte do outro. E com a certeza da presença dele, contando com a companhia para compartilhar os bons momentos, os prazeres, bem como as situações comuns, rotineiras, e as dificuldades. O par que se conduz assim é um grande aliado com amor, liberdade, cuidados e sem posse.
Sentir-se livre e acompanhado proporciona benefícios nos dois lados da questão: o companheiro não sente a pressão do compromisso, não precisa se mostrar fingido, hipócrita; e pode contar com o apoio do outro nas necessidades de cada um.
O segundo ponto: diferenciar as intimidades visceral e erótica.
No início das relações, o moço toma banho, arruma-se com esmero e vai perfumado encontrar a namorada também toda produzida. Só no motel é que revelam a lingerie, a sunga.
Muitos pares se esquecem desse capricho, vão paulatinamente relaxando suas apresentações. Muitos só se arrumam quando recebem visitas ou saem com amigos. Descuidam até de fechar a porta do banheiro - e não contêm a flatulência! Vão se tornando viscerais ao invés de se preservar para os momentos de erotismo, de revelação sexual.
Deixemos a intimidade visceral para as situações excedentes, por exemplo, em doenças que exijam atenção e cuidados diretos. Daí, é natural e até devido que um cônjuge encha o quarto de remédios e acessórios para tratar do outro.
O terceiro ponto: exercitar o amor de aprovação e o de crítica.
Amar implica elogios, reforços, estímulos positivos e aplausos. Mas também necessita de críticas e comentários construtivos. Quem ama quer promover o outro – não é possível fazer isso poupando-o, sem criticá-lo.
O quarto ponto: dedicar-se aos filhos preservando os limites do casal.
Depois que nasce uma criança, é natural que o casal se volte para ela, há aquela necessidade exigida pela puericultura, os primeiros cuidados e amamentação. Progressivamente, é essencial que os pares se favoreçam de períodos exclusivos, criando quartos para os filhos, mantendo o hábito das portas fechadas.
É claro que, diante de qualquer emergência, a prioridade será das crianças, mas a rotina, quanto mais amadurecida a descendência estiver, deve contemplar o casal.
Dentro do possível, uma fórmula prática e simples é caracterizar domingos e dias úteis ímpares para a família, enquanto sextas à noite, sábados e dias úteis pares ficam para o casal.
Sabemos que as sugestões jamais se sustentariam sem o recheio sentimental que conecta os pares. Sem amor, só mesmo as relações insuportáveis!
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* Psiquiatra, psicoterapeuta e sexólogo. Palestrante e congressista de vários eventos nacionais e internacionais.
Email: jzmmota@uol.com.br
Fonte: http://correio.rac.com.br/index.php?id=/colunistas/joaquim_motta/perfil/04/04/2013
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