quinta-feira, 27 de junho de 2013

‘Só vou querer que façam um filme sobre meus livros se o projeto me sensibilizar’, disse Paulo Coelho


No Rio. Lucci Ferreira, como Raul Seixas, canta com Andrade no palco da Fundição Progresso, no fim de maio
Foto: Terceiro / Divulgação

No Rio. Lucci Ferreira, como Raul Seixas, canta com Andrade no palco da Fundição Progresso, no fim de maio

Autor contou que não se envolveu na produção 
de sua cinebiografia
 
RIO — Dirigindo pelas estradas da França, a caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, para participar de uma festa com a equipe de “Não pare na pista”, Paulo Coelho conversou ontem, por telefone, com O GLOBO.

Como o senhor reagiu à ideia de um longa-metragem sobre sua história?
Eu gostei de “2 filhos de Francisco”, então quando a Carolina Kotscho me procurou, eu topei, mas com uma única condição: eu não iria me envolver com nada.

Mas o senhor se encontrou com o Júlio Andrade.
Apenas uma vez, em Genebra. Mas não foi nada de significativo. A esta altura, com tudo o que eles já filmaram, o que eu vou dizer? Que eu não usava calça vermelha?

Em “O mago”, a biografia que o Fernando Morais escreveu sobre o senhor, algo o incomodou?
Não. Não houve problema algum no lado factual, mas acho que o livro não incluiu meu lado espiritual.

Como vai ser o encontro em Santiago?
Vai servir para conhecê-los. Sei menos sobre o filme que você. O curioso é que queriam fazer essa festa em Pedrafita de Cebreiro. Mas disse que lá só volto morto. Está no meu testamento que minhas cinzas devem ser jogadas lá. Então eles mudaram para Santiago.

E os projetos de adaptações de sua obra para o cinema?
Há três semanas, a atriz Zoe Saldana quis comprar os direitos de “Onze minutos”, mas não aceitei. A personagem é brasileira, não tinha a ver colocar uma americana ali. E tem “O alquimista”, cujos direitos fiz a burrice de vender no começo da carreira. Hoje, faço o possível para adiar as filmagens. Só vou querer que façam um filme sobre meus livros se o projeto me sensibilizar.

O senhor escreveu no Twitter que pensa em se desligar da comitiva brasileira na Feira de Frankfurt em função dos protestos no Brasil. Por quê?
Ah, isso foge do tema da nossa entrevista. Não é o momento de falar sobre isso.
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Reportagem por André Miranda 
Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/so-vou-querer-que-facam-um-filme-sobre-meus-livros-se-projeto-me-sensibilizar-disse-paulo-coelho-8823069#ixzz2XQYaDWxg
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