terça-feira, 10 de julho de 2012

Google usa 16 mil chips para simular cérebro humano

O Google X, laboratório secreto comandado pelo fundador do Google Sergey Brin, é conhecido por desenvolver carros sem motorista e óculos de realidade aumentada. Agora, vem à tona outro dos projetos mirabolantes de Brin e sua turma. Eles montaram uma rede de mil computadores, totalizando 16 mil núcleos de processamento, para simular o cérebro humano. E a primeira tarefa dessa rede neural foi identificar gatinhos em vídeos do YouTube. O experimento foi primeiro revelado pelo jornal New York Times. Mas o trabalho pode ser conhecido em detalhes por meio de um artigo acadêmico disponível no site da universidade de Cornell. Trata-se da maior rede neural já construída. O desafio era criar um sistema capaz de aprender a identificar imagens sem que fosse necessário ensinar a ele os critérios exatos para essa identificação.
O sistema processou 10 milhões de imagens obtidas de cenas escolhidas aleatoriamente em vídeos do YouTube. Ele mostrou-se capaz de determinar quais delas continham gatos e outros objetos. O mais interessante é que a rede aprendeu sozinha como reconhecê-los. “Nunca dissemos ao sistema, durante o treinamento, ‘isto é um gato’”, disse ao New York Times Jeff Dean, um dos responsáveis pelo experimento.
Trata-se de uma abordagem de força bruta. O enorme poder computacional foi empregado para permitir que, apenas analisando as imagens, os computadores aprendessem a classificá-las em função dos objetos, pessoas e animais contidos nelas.
A turma do Google X encarregou o sistema de identificar 20 mil categorias diferentes de objetos. As imagens não continham rótulos e nem legendas indicando seu conteúdo. O índice de acertos foi de 16%, o que representa uma melhora de 70% em relação a resultados obtidos anteriormente em experimentos similares.
A rede neural do Google X comprova que, com recursos computacionais suficientes, as máquinas podem aprender sozinhas. As aplicações práticas disso podem ser muitas, incluindo áreas como reconhecimento de voz e tradução. É uma tecnologia que vai se tornar muito mais atraente quando a evolução tecnológica permitir colocar o poder daqueles 16 mil núcleos de processamento em alguns poucos chips.
(Info)
Nota: Usando a melhor tecnologia disponível hoje, os pesquisadores conseguiram simular apenas uma função do cérebro humano (reconhecimento de formas), com um índice de acerto de apenas 16%. Como se pode ver, estão muito longe de imitar a eficiência do mais complexo pedaço de matéria (com apenas 1,5 kg) do Universo. De qualquer forma, essa pesquisa mostra que, mesmo para imitar de longe um órgão humano, é preciso muito design inteligente.[MB]
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FONTE:  http://www.criacionismo.com.br/2012/07/

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