domingo, 9 de junho de 2013

Geógrafos franceses publicam atlas da sexualidade

Obra traça a evolução dos comportamentos sexuais em todo o mundo

Em que parte do mundo a infidelidade causa mais estragos, quem usa mais brinquedos na cama ou onde é mais frequente o abuso de menores? São algumas das perguntas que geógrafos franceses tentaram responder em um atlas mundial da sexualidade. Com a ajuda de mapas, a obra traça a evolução dos comportamentos sexuais em todo o mundo, compilando pesquisas, estudos e dados.

"A sexualidade está em todos os lados em nossas cidades, nos muros como nas telas", afirma Nadine Cattan, diretora do Instituto Nacional de Pesquisa. "Quisemos estender nosso estudo ao mundo inteiro para tentar vê-lo um pouco mais claro", explicou após 18 meses de pesquisa.

Utilizando dados de cinco países europeus e de 1,5 milhão de membros do Gleeden - um site de encontros para mulheres e homens casados -, o atlas coloca Paris no topo da lista de cidades infiéis. E por que a infidelidade? A resposta mais comum é a necessidade de experimentar o poder de sedução.

No capítulo sobre os casais, o atlas explora também os hábitos sexuais (frequência, grau de satisfação etc). No Brasil, na Grécia e na Polônia, cerca de 80% da população acredita que o sexo é importante, enquanto só 38% têm a mesma opinião no Japão e na Tailândia.

O atlas reúne também estatísticas sobre prostituição, violência sexual, discriminações e abusos a menores.
Os dados trazem algumas surpresas, como o fato da Suécia, ter o maior número de denúncias por violação sexual do mundo - 53,2 por cada 100.000 habitantes - sem dúvida porque a definição jurídica de violação é muito mais ampla que em outras partes do mundo.

Na Europa, contudo, apenas 14% das denúncias de estupro acabam com uma condenação, segundo o escritório das Nações Unidas para as drogas e os crimes. Os autores do livro dedicam um interesse particular a prostituição e a pornografia. Noventa e oito por cento da pornografia vem dos Estados Unidos e Rússia, enquanto a Hungria e a República Tcheca compartilham o restante deste mercado.

O comércio sexual tem, às vezes, consequências não esperadas como, por exemplo, os danos à biodiversidade devido à fabricação de afrodisíacos com elementos naturais. A crença de que chifres de rinoceronte são poderosos afrodisíacos provoca estragos na população desses mamíferos. O animal foi dizimado na África e a demanda é tão grande que já foram roubados chifres do animal em dezenas de museus ou zoológicos da Europa e África do Sul.
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Fonte: http://portallw.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/?Noticia=500438

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