domingo, 19 de maio de 2013

ANJOS

 CÉLIA FARJALLAT*
 
Dizem que os bebês quando adormecidos sorriem para os anjos. Quando crescem e começam a andar, arriscando-se a todo o momento e pintando o sete como capetinhas, os anjos os amparam suavemente. Aliás, é muito popular uma estampa antiga de duas crianças colhendo flores à beira de um rio, sob a proteção das asas de um anjo. Recordo-me de uma estampa assim à cabeceira de minha cama, quando eu era criança. Provavelmente, você também teve um quadrinho assim em sua infância.

Mais tarde, costumam os adolescentes, hoje mais conhecidos como “teenagers” ou teens, dar um trabalhão medonho aos guardiões alados, que precisam desvelar-se para salvá-los. E assim, ao longo da vida, vivemos sob a proteção desses mensageiros de luz , como os chamou Terry Lynn Taylor, em um livro de sucesso enorme pelo mundo, traduzido em vários idiomas.

Em várias passagens bíblicas deparamos com os anjos com sua longas vestes drapejantes, anunciando fatos, advertindo, aconselhando e consolando os homens. Quem estuda a História Sagrada sabe disso, e passa a amar estas criaturas celestes, de imortal beleza e que pelo jeito devem formar legiões poderosas. No enfoque de Taylor, os anjos são como co-pilotos, assumindo o comando secundário na viagem da vida dos homens. Quando necessário, eles assumem o comando e guiam os homens por algum tempo

Os anjos embelezam a vida da gente exterminam preocupações, treinam os homens para a felicidade e ainda são incentivadores de boas ações. Quem nos garante tudo isso é Taylor, que na qualidade de perfeito otimista, prega as vantagens de se assumir na vida uma visão leve e esperançosa do caminho espiritual. Ele ensina: quando se é otimista , espera-se sempre bons resultados , quando se é místico busca-se a união com Deus, ora, combinando estes dois atributos , a pessoa torna-se um “otimístico” assume uma visão descontraída de sua busca espiritual da iluminação.

Quem se torna otimístico, elimina o sofrimento e fraz um treinamento para a felicidade, porque esta reside em nós mesmos. Aliás, felicidade não é algo que se vê como um arco-íris ou sentimos como o calor de uma fogueira. A felicidade é algo que somos.

Como são os anjos? Pequenos e rechonchudos como os artistas barrocos esculpiram ou pintaram no século XVIII? Jovens como os desenhados por Gustavo Doré e tantos outros artistas em diferentes épocas?

O Poema Angélico, Elisabeth Godfrey, tenta desvendar este enigma. Os anjos têm dois metros de altura, (como ela pode saber?) usam lindas vestes brancas e um halo. Guiam você a cada minuto do seu dia/Mesmo que você não possa vê-los/ têm asas longas/. E mesmo que não sejam visíveis/ E vivem tanto na terra como no céu/ Eu sei que isto é confuso/ para você / Aliás, e confuso também para mim.
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* Célia é jornalista e atualmente cronista do Correio Popular.
e-mail: correiopontocom@rac.com.br
Fonte: Correio Popular on line, 05/05/2013
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