É possível que o trabalho intelectual seja automatizado em breve
As máquinas inteligentes estão evoluindo em uma velocidade
vertiginosa. A lei de Moore – que afirma que a capacidade computacional
disponível para dado preço dobra a cada 18 meses – continua de pé. Essa
capacidade está saltando dos computadores de mesa para os bolsos das
pessoas. Mais de 1,1 bilhão de pessoas possuem smartphones e tablets e
os fabricantes estão colocando sensores inteligentes em todo tipo de
produto. Máquinas inteligentes também alcançaram uma nova fronteira
social: trabalhadores do conhecimento agora estão no olho do furacão.
Bancários e agentes de viagem já foram relegados ao arquivo morto aos
milhares; os próximos serão os professores, pesquisadores e escritores. A
questão é se a criação compensará a destruição.
Dois acadêmicos da Sloan Business School do MIT, Erik Brynjolfsson e
Andrew McAfee, adotaram um ponto de vista surpreendente: o que não é
surpresa, uma vez que os teóricos da administração gostam de estar do lado dos vencedores e devido ao fato de que o MIT é uma das fortalezas
do tecno-utopismo. Em “Race Against the Machine”, lançado em 2011, eles
antecipam que muitos trabalhadores intelectuais estão prestes a enfrentar dificuldades. Há muitas chances de que a tecnologia venha a
destruir mais empregos do que criá-los. A probabilidade de que a
tecnologia venha a acirrar as desigualdades é ainda maior. A tecnologia
está criando ainda mais mercados nos quais inovadores, investidores e
consumidores – e não os trabalhadores – ficam com as maiores fatias dos
ganhos. A tese de Brynjolfsson-McAfee explica um dos aspectos mais
intrigantes da economia moderna: porque tanta criatividade tecnológica
pode coexistir com salários em estagnação e desemprego em massa.
Um novo estudo do McKinsey Global Institute (MGI), “Tecnologias
disruptivas: Avanços que transformarão a vida, os negócios e a economia
global”, investiga essa questão e reúne muitos exemplos de como a
internet está revolucionando o trabalho intelectual. Escritórios de
advocacia estão usando computadores para pesquisar enormes volumes de
documentos jurídicos e precedentes. Empresas do ramo financeiro estão
usando computadores para monitorar fluxos de notícias e fazer apostas
financeiras com base nesse fluxo. Hospitais estão usando robôs para
realizar cirurgias de alta precisão.
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* Texto traduzido e adaptado da Economist por Eduardo Sá
Fontes:
The Economist - The age of smart machines e http://opiniaoenoticia.com.br/economia/a-era-das-maquinas-inteligentes/
Caro Zelmar,
ResponderExcluirPorém, a criatividade humana (música e literatura) diminuiu muito.
abraços